tag:blogger.com,1999:blog-10099742753418983872024-02-08T11:35:38.647-03:00Blogger do Márcio MedeirosEspaço para ler artigos, pensar sobre o assunto apresentado e se manifestar, para que a idéia seja ampliada.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.comBlogger53125tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-91550265271860471992013-02-25T23:47:00.002-03:002013-02-25T23:47:35.640-03:00Porque sou rotariano?<br />
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>No mês de fevereiro o Rotary International, sempre no dia 23, completa aniversário. Nos atuais 108 anos de existência a reflexão que quero provocar é no sentido de que os rotarianos pensem porque fazem parte desta organização internacional, e os não rotarianos pensem os motivos de não fazerem parte. Diante do principio de que todas as pessoas se sentem bem em ajudar as outras, porque não fazer parte de uma instituição séria que nos ensina a ajudar? Não conheço nenhuma pessoa que não sinta prazer em auxiliar o próximo, seja qual for a ação. Qualquer ação que beneficie o outro nos faz bem. Então porque não fazer isso de forma organizada, freqüente e cada vez mais intensa?<br />
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Quando fui convidado para fazer parte do Rotary International, admito que nada sabia sobre esta organização. Na qualidade de jornalista, passei a pesquisar, a ler livros, artigos e reportagens e aos poucos fui percebendo que pessoas muito mais capazes do que eu, utilizam o Rotary International para benefício próprio. Notei que milionários, autoridades, celebridades e até os anônimos, todos se beneficiavam do Rotary International. Então pensei?! Porque não eu? E foi assim que passei a usar o Rotary para o meu bem estar. Comecei a sentir, ver e perceber o prazer em praticar Rotary nas pequenas ações. <span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Notei que minha visão sobre a humanidade e principalmente o interesse em fazer um mundo melhor foi ficando cada vez mais apurado. Passei a enxergar as pessoas como instrumentos de qualidade de vida. Bastasse que eu as convencessem de que era possível viver melhor.<br />
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Quando cito a questão de aproveitar do Rotary, é porque acredito no ditado que diz: “mais se beneficia quem melhor serve”. Não existe preço em ver o que um gesto simples que eu faça, pode colaborar por um mundo melhor. É impagável ver uma pessoa sendo beneficiada por uma ação em que eu ajudei a fazer. Não tenho como agradecer as pessoas que são beneficiadas por programas e projetos em que eu tive envolvimento. Aprendi que sozinho eu não sou capaz de mudar absolutamente nada neste Mundo. Eu com todo o potencial que tenho, não represento nada perto do que a humanidade necessita para ser melhor. Então como eu devo fazer para ajudar?<br />
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Foi pensando em como ajudar sem ter dinheiro, sem ter propriedades, bens ou até mesmo o “poder material”, que freqüento o Rotary. Como eu poderia ajudar as pessoas, diante de minhas limitações? Foi ai que aprendi. Ao fazer parte de uma organização, ela me ensinará a organizar meus potencias, as minhas qualidades como pessoa e minhas ações fortalecerão o conjunto. Assim sendo, o Rotary como uma organização humanitária, me ensina a ser organizado para ajudar aos outros, sem a necessidade de dinheiro, bens ou qualquer outro tipo de poder superior. O poder que aprendi a ter é o da influência, da articulação e de ter amigos. Tendo isso, sou capaz de ajudar os outros e ser o maior beneficiado disso tudo, e sentir o verdadeiro valor de fraternidade, de companheirismo, de trabalho em equipe, de liderar líderes.<br />
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Nunca me esqueço de uma conversa que tive com um motorista de taxi em Goiânia (GO), quando estive lá participando de um evento rotário. Ele queria saber o que é o Rotary, e conversando com ele percebi que ele era mais rotariano do que eu, afinal, ele ajudava mais pessoas e sabia os nomes de cada uma delas, enquanto que eu ajudo as pessoas, através do Rotary, e não sei os nomes dos beneficiados das ações que participo. Uma diferença que pode parecer simples, mas que muda na visão de alguns que observam apenas o ato de ajudar, e não as conseqüências da ajuda. Muitas pessoas são rotarianas e não sabem, e muitos rotarianos ajudam, e muito, a humanidade e não sabem.<br />
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Praticar Rotary não é pra qualquer um. Tanto que muitas pessoas passaram pelo Rotary e por alguma razão não permaneceram. Algo de anormal aconteceu, pois, não acredito que uma pessoa de bem que queira ajudar a humanidade não se identifique com o Rotary International. Talvez falte para esta pessoa enxergar que a humanidade que nos referimos está mais próxima do que se imagina, pois, o bem que faço para a humanidade através do Rotary, meus filhos, netos e pessoas que amo, serão beneficiadas, daí a importância de eu fazer parte de uma instituição gigantesca e estruturada que me ensina a ajudar os outros, o que certamente, sozinho eu não saberia fazer, mesmo se fosse milionário, pois, dar dinheiro não é a solução para os problemas do mundo. No Rotary não se faz assistencialismo, beneficências, caridade e muito menos filantropia. Trabalhamos a dignidade, a ética e a sustentabilidade das ações.<br />
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<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Os rotarianos comemoram a data lembrando da fundação da organização, de seu fundador Paul Harris, e como fazer para continuar o trabalho de assistência ao próximo. Os não rotarianos passam a data muitas vezes sem saber que unidos, organizados e estruturados seremos mais fortes para termos um mundo melhor. O Rotary já mostrou que isto é possível, por inúmeras vezes e a história mostra isso. As ações do Rotary são fatos inquestionáveis.<br />
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Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-55076967727553308542013-02-14T20:04:00.001-02:002013-02-14T20:04:03.970-02:00A banalização dos bailes<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="color: windowtext; font-size: 11pt;">A cada baile
que participo me convenço de que todo baile é igual, todas as personagens são
iguais, conjuntos musicais semelhantes, repertório de músicas equivalentes e o
modelo de organização parecido. O que muda, talvez, é a ornamentação. Ouso
dizer que até mesmo o cardápio tem muitos detalhes copiados. Enfim, não consigo
enxergar diferença entre um baile ou outro. Estive na semana passada no baile
carnavalesco da Bagunça do Circo, e percebi diferenças interessantes em se
tratando de um baile carnavalesco com um público diferenciado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: windowtext; font-size: 11.0pt;">Já percebi,
seja em formatura, casamentos, aniversários “solenes”, e eventos de grande
exibição, de que o pessoal envolvido diretamente investe em roupas e demais
preparativos, utilizando-se de muitas horas na preparação com detalhes que
muitas vezes passam despercebidos. Início do evento sempre tudo lindo,
tranqüilo e agradável. Num determinado momento, atingimos a parte da refeição
que sempre causa certo tumulto, principalmente com as filas intermináveis em
que temos que ficar em pé com o prato vazio na mão esperando a nossa vez, mas
depois disso é tudo igual... vira tumulto, desorganização e momentos de pura
exaltação. Penso que seja nesse momento que o baile se torna banalizado,
afinal, homens e mulheres que chegaram todos “engomadinhos”, passam por uma
transformação total a ponto de homens ficarem só de calças e as mulheres todas
desmanchadas, derretidas, bagunçadas: irreconhecíveis de tão horrorosas. Seria
a bebida a culpada? A grande intensidade de felicidade que se explode sem saber
como e quando? <o:p></o:p></span></div>
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<span style="color: windowtext; font-size: 11.0pt;">Nesse
momento mistura-se todo e qualquer tipo de ritmo musical, num volume
incompreensível, com qualquer tipo de manifestação física diferente de dança. É
nesse ponto que acredito no fato de que os “bailes de salão”, deixaram de ter
valor e o verdadeiro significado. Se toda e qualquer festa termina em
“Carnaval”, ou então em “bailão”, ou então em “tecnodance”, onde está a força
de um baile característico? Até os famosos Bailes do Havai, dos Anos Dourados,
das Debutantes, ou qualquer outro que tenha um tema...??!!! se tudo vira festa
com qualquer ritmo, qualquer melodia, qualquer conjunto musical, qualquer
motivo, para que ter o baile disso ou daquilo? Realmente faz sentido os clubes
sociais não conseguirem atrair pessoas para bailes tradicionais, pois tudo
acaba em “Carnaval”. Este baile ficou banal.<o:p></o:p></span></div>
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<span style="color: windowtext; font-size: 11.0pt;">O Baile da
Bagunça do Circo se fortalece por combater tudo isso, ou seja, se mantém firme
aos princípios do baile em si. Estive no baile quando era no salão do Marília
Tênis Clube e estive no Golden Palace. Mantiveram as características temáticas
e melhoraram a recepção e principalmente a segurança. Essa é a força deste
baile, pois, em momento algum ouvi outro tipo de música a não ser carnavalesca,
e não aché, sertanejo, clássicos ou qualquer outro tipo. O pouco que tocaram
fora do ritmo das tradicionais marchinhas inocentes, percebeu-se nitidamente o
esvaziamento das pessoas no centro do salão. Até mesmo com a apresentação de
uma escola de samba da cidade, ficou claro que o desejo da maioria era o
saudosismo e as marchinhas.<o:p></o:p></span></div>
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<span style="color: windowtext; font-size: 11.0pt;">Sempre
quando vou a um baile desses em que tudo vira nada, digo que até o momento da
refeição é possível aproveitar para conversar, rever amigos, matar a saudade
com pessoas distantes, ouvir e ver o que as pessoas falam e mostram e ter
momentos agradáveis. Depois do jantar resume-se em barulho, escuridão,
desorganização e demonstração de comportamentos pessoais nada normais,
convidativos para que nos recolhemos para casa, com dor de cabeça, de ouvido e
muitas vezes com fome. Lamento que o tempo até a “sessão desmanche” seja pouco.
Poderíamos criar uma situação para estender mais este período e diminuir o
“desmanche”. Venho notando que a “sessão descarrego”, tem conseguido mais
espaço nos eventos a ponto, inclusive, de distribuírem “badulaques” que não
consigo entender pra que?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
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<div class="MsoNormal">
<span style="color: windowtext; font-size: 11.0pt;">Talvez o
peso de quase meio século de vida esteja me fazendo ver a coisa desse ângulo,
mas não posso deixar de registrar o ambiente gostoso proporcionado pelo pessoal
da Chácara O Circo, que promove este evento há anos e a cada edição tem ficado
melhor. Realmente foi um autêntico Baile de Carnaval, com fantasias, blocos
carnavalescos, pessoas de maior idade, sem álcool, sem confusão, puro momento
de muita saudade. Naturalmente os jovens não gostam e nem lá estiveram para
notar a diferença.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
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<div class="MsoNormal">
<span style="color: windowtext; font-size: 11.0pt;">Da mesma
forma que passei a freqüentar o Carnaval de Rua, com os desfiles em escolas de
samba, passarei a freqüentar o Baile do Circo, mas da próxima vez irei
fantasiado, pois, fiquei frustrado de não ter brincado a noite toda num típico
e verdadeiro baile de Carnaval, com a mulher que amo, sem a sessão desmanche ou
descarrego. Parabéns aos organizadores que não deixam a tradição acabar e que
revitalizam os sonhos dos mais antigos em relembrar tempos que não voltam mais,
mas que neste tipo de baile promovido pela Chácara O Circo nos remete a
momentos prazeirosos. </span></div>
Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-57537597546151145302013-02-07T20:33:00.002-02:002013-02-07T20:33:23.511-02:00Um passo para frente e dois para trás <br />
Fiquei muito decepcionado com as escolhas dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Confesso que após o julgamento do “Mensalão”, passei a acreditar na possibilidade de um perfil melhor para os políticos do nosso País. Cheguei acompanhar, sem muita atenção, mas vendo e ouvindo, as sessões intermináveis e os debates acalorados que o assunto proporcionava. Gostei da performance de uns, fiquei triste com o comportamento de outros e assustado com a forma de agir de determinados ministros. Aliás, tenho este costume de assistir este tipo de programação, para acompanhar o comportamento dos “artistas”, tanto do aspecto intelectual como de atitude.<br />
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As escolhas para os dois parlamentos mais importantes do Poder Legislativo foram desastrosas. Não entro no mérito pessoal, mas sim, do passado de ambos que são muito comprometedores o que me leva a crer que não houve a mudança que sonhei. Sei que estas situações são articuladas, negociadas e muito dialogada entre os líderes, mas ficou nítido para mim um acordo generalizado, um pagamento de favores e o que é pior: com cartas marcadas. Como posso passar a acreditar nos políticos? Imaginei que estivéssemos num período de metamorfose e as personagens políticas estivessem melhorando, tanto no perfil físico como moral. Pessoas novas, ideias diferentes, comportamentos mais adequados e tudo mais. Juro que cheguei a acreditar nisso.<br />
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Quando vejo e ouço esse tipo de retrocesso, fico desanimado, pois, já percebi que as mudanças necessárias para que tenhamos um mundo melhor passa pela “esfera política partidária”, e com comportamentos deste modo, não tem como acreditar em mudanças para melhor. Em minhas atividades profissionais e pessoais passei a enxergar de que é preciso se envolver com a política partidária para ajudar a promover mudanças, pois, sem este envolvimento as propostas ficam somente no discurso, e de blá...blá...blá... acho que todos nós já nos cansamos. Está na hora de agir, e rápido. Do contrário a próxima geração vai padecer como a minha geração está padecendo de comportamentos mais éticos, mais coerentes e princípios morais entre os políticos.<br />
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Assistindo um dos vários noticiários que acompanho e me chama a atenção um ministro japonês se matando porque desviou dinheiro; um ministro inglês preso porque mentiu há 10 anos por causa de uma multa de trânsito; um chefe da CIA demitido porque traiu a esposa e tantos outros exemplos no exterior inimagináveis no Brasil. Fico assustado em ver quantas diferenças de princípios, caráter, comportamento e cultura temos por aqui. Talvez eu não seja testemunha de brasileiros mais conscientes nas escolhas dos políticos que são os verdadeiros agentes de mudanças amplas, sendo melhores e mais preparados para mudar. Sou a favor sim, do voto distrital, da mudança na Lei Eleitoral e principalmente em mais exigências técnicas, moral e didática aos postulantes aos cargos eletivos.<br />
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Pior é que este cenário existente em Brasília não é diferente nas cidades. Quantas notícias de prefeitos eleitos cassados de forma antecipada, de vereadores desviando milhões de reais, de eleições ainda sendo analisadas pelo Supremo Tribunal Federal, são publicadas diariamente? Vejo que as necessidades de mudanças começam próximos de nós, para quando estiverem longe, sejam desejadas e atingíveis, porque da forma como estão sendo apresentadas, passamos a ser descrente de que seja possível existir político honesto, político de comportamento coerente, de político assumindo erros e acertos, de político ser um bem e não um mal. Quero acreditar nisso, mas está difícil.<br />
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Admito que não sei onde colocar parâmetros, mas tenho aprendido muito em como não agir, diante do exemplo deles. Pena que não temos “paredões” semanais, em que o povo pudesse tirar políticos na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal, baseado no comportamento deles. Os “paredões” que temos para tirar os políticos, são de quatro em quatro anos, e talvez o intervalo seja muito grande, mas certamente a imprensa de uma maneira geral tem colaborado com isso, através das denúncias publicadas, que dia a dia chegam mais próximo de pessoas que se acham inatingíveis, mas pelo que parece todo político em destaque um dia acaba desmascarado. Será que vale a pena?<br />
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Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-26238492575718959202013-01-31T15:55:00.003-02:002013-01-31T15:55:42.874-02:00O massacre de Santa Maria<div style="text-align: justify;">
Calma. Não se assuste. O acontecimento em Santa Maria com a morte de mais de 230 pessoas, e a tendência é que os números aumentem nos próximos dias, na minha opinião, não é um acidente tão pouco uma fatalidade. Nos dias de hoje em que o conhecimento, a cultura e os comportamentos são considerados mais evoluídos e estão sempre melhorando na forma de crescimento e desenvolvimento humanos, as falhas cometidas na boate, no meu modo de ver, eram esperadas e tudo aconteceria numa questão de dias. Tá certo que as proporções foram exageradas, mas aconteceriam cedo ou tarde.</div>
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Não vejo diferença entre os acontecimentos nos EUA em que mais de um maluco armado mataram dezenas de pessoas. Isto é considerado pela mídia como massacre. Massacre é quando existe carnificina, matança, esmagamento. Uma vez sem o cumprimento de tantas regras de segurança, o que aconteceu em Santa Maria não pode ser classificado como acidente, pois, não foi casual, e sim esperado quando se mistura fogo e material inflamável sem os equipamentos de segurança. Esta estória chama a atenção, em razão da quantidade de mortes, pois, não é a primeira vez que alguém morre por causa da insegurança em boates.</div>
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Sempre comparo que um acidente de avião chama mais atenção da sociedade do que os acidentes de carro. Quando cai um avião, e são poucas as vezes que isso acontece, centenas de pessoas morrem no mesmo momento causando comoção, enquanto que milhares de pessoas morrem em acidentes de trânsito diariamente, tornando-se normal, casual, rotineiro. Não devemos nos acostumar com isso. Morte é morte em qualquer circunstância e deve promover uma reflexão profunda nas pessoas, com o fim de uma vida, seja ela qual for. É preciso haver sentido e significado na vida. Quando um ser humano morre é preciso rever conceitos, e é isso que tenho feito com este fato, lamentável, em Santa Maria.</div>
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<div style="text-align: justify;">
Como posso preservar as pessoas que amo e que estão ao meu redor e a mim mesmo, num caso deste? Quando eu for num restaurante, num evento grandioso ou até mesmo em casas de show, passarei a prestar atenção neste sentido. De como é feito o ambiente em que estarei ou um de meus familiares estará? O local onde vamos é seguro no meu ponto de vista? Passo a desconfiar do Poder Público de uma maneira geral, pois, quando vejo um determinado Corpo de Bombeiros inseguro quanto a informação do alvará neste caso de Santa Maria, uma determinada Prefeitura empurrando o caso, ou até os donos, engenheiros e funcionários da boate com informações desencontradas, chego a conclusão de que não posso confiar, portanto, quem deve tomar a decisão sou eu. Pelo menos em mim.</div>
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Poderei ser antipático, mas da mesma forma que tomo os meus cuidados quando viajo de carro (depois de sofrer um grave acidente), passarei a tomar mais cuidado para onde vou. Pode ser que eu deixe de freqüentar alguns lugares, mas procurarei fazer isso de um modo que eu não seja inconveniente, mas o exemplo de Santa Maria me leva a crer que é possível evitar de ir, ou de estar, em locais que não inspiram confiança. Passarei a ser seletivo e muito mais observador, pois, como diz um amigo meu do Corpo de Bombeiros, não existe meia segurança. Ou tem ou não tem.</div>
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Passarei isso aos meus filhos, esposa e familiares, mas admito que será algo complicado, mas acredito que se cada um de nós não fizer a parte que nos cabe, esses gananciosos continuarão agindo e colocando as pessoas em risco, e matando números incontáveis de vida. Precisamos criar um conceito sobre as conseqüências. Um ônibus, um carro, um trem, um prédio, uma casa, ou até mesmo uma pessoa suspeita, algo que me ameace... qualquer fato que venha a me proporcionar medo, é sinal de que o perigo existe. Sentir medo é bom. Sinal de que o “bom senso” está ligado. Não é covardia, e sim prudência. É a limitação da capacidade. Isso é ótimo, e se passarmos a respeitar este dom divino, seremos mais seguros, e certamente viveremos mais e melhor, correndo menos riscos calculáveis.</div>
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<div style="text-align: justify;">
Que as vidas dessas pessoas do massacre de Santa Maria não tenham sido em vão. Vamos pensar, refletir, conversar com outras pessoas sobre o que aconteceu, mas não procurando culpados (esse é o trabalho da Justiça), e sim buscando alternativas de como prever o que aconteceu e evitar. Eu já comecei e algumas pessoas já perceberam isso. Não tem como medir o sofrimento das famílias que perderam pessoas queridas neste acontecimento, mas existe a chance de pararmos de ver a morte como algo banal. Nenhuma morte deve ser vista como normal e sim como uma colaboração daquela pessoa para que a humanidade seja mais ética com a própria espécie, pois, não deixa de ser uma clemência e compaixão com o outro, morrer e deixar uma lição.</div>
Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-49182174096831369202013-01-25T12:32:00.000-02:002013-01-25T12:42:34.844-02:00A mentira de pernas compridas e braços curtosFiquei surpreso com o comportamento de Lance Armstrong, em entrevista na TV, admitir o uso de doping por sete anos, quando foi campeão por sete vezes, como ciclista, da volta da França. A surpresa não é tanta pelo comportamento humano, afinal, reconhecer o erro só pode ser humano. Minha surpresa é ver como uma mentira durou tanto tempo assim. Sempre ouvi dizer que mentiras tinham pernas curtas, mas o campeão de araque Lance Armstrong, provou e comprovou, que o tamanho “dessas pernas”, são complexos. <br />
<br />
Como que uma pessoa, na posição que ocupou, sendo chamado de “Herói” pelo exemplo de superação no combate contra o câncer, da fundação que criou para ajudar os outros e pelo exemplo de que o esporte é alternativa saudável para homens e mulheres de qualquer idade, chega neste ponto vergonhoso como ser humano? Como que alguém pode mentir “sozinho” por tanto tempo assim? Para mim tem algo de errado nessa história e acredito que futuramente descobriremos mais detalhes, pois, não consigo aceitar que utilizar substâncias proibidas durante sete anos; trocar de sangue durante sete anos; adquirir produtos modernos de doping durante sete anos... alguém consiga fazer isso sozinho?<br />
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Pior ainda é fazer isso e enfrentar as pessoas no dia a dia com a maior naturalidade. Participar de campanhas, movimentos e ações humanitárias, com o status de “herói”, e posar para inúmeras reportagens, entrevistas e ser visto como modelo, exemplo e admiração de centenas de milhares de pessoas, e depois admitir com um simples “sim”, de que usou substâncias proibidas para atingir o máximo da forma física nas competições que disputou, durante sete anos? Fiquei com cara de “banana”, pra não dizer outra palavra, vendo o cidadão sendo entrevistado e admitir que ele se dopou para ser campeão, depois de sete anos e por sete anos fez tudo isso? Não acredito que ele fez sozinho.<br />
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Dizem que mentira tem pernas curtas. Talvez porque as conseqüências dela atingem as pessoas mais próximas, numa “curta” distância. Não quero imaginar o que os familiares desse Lance Armstrong vão passar nos próximos anos. O que deve passar na cabeça de um pai, de uma mãe, dos filhos e das pessoas que o amam, assistindo este comportamento vergonhoso? Percebo que o tamanho das pernas da mentira são curtas pelas conseqüências, pois são compridas quanto ao tempo, afinal, são inúmeros os casos de mentiras que são descobertas com 5, 10, 15, 20, 30, 40 e até 50 anos depois. Nestes casos a mentira teve pernas compridas e ligeiras, para se manter por tanto tempo.<br />
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Refaço meu conceito concluindo que ao afirmar que mentira poderia ter pernas curtas, pois, são as pessoas em nossa volta que sofrerão as maiores conseqüências, e que as “pernas” da mentira passam a ser compridas de acordo com o tempo de duração delas. Nossos políticos brasileiros são hábeis neste sentido, pois, quantas foram as vezes que se descobriu escândalos e mais escândalos anos depois. Imagino que muita coisa irá surgir nos próximos anos, e aos poucos estão surgindo.<br />
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Mas esse caso do ciclista é curioso, porque eu acredito que muita gente deve se envolver com ele por negócios, oportunidades e até por ter sido considerado o semideus. Será que essas pessoas não sabiam ou desconfiavam? Só ele deve ser punido? O fato de estarem com ele, perceberem e não dizerem nada não as tornam cúmplices ou até mesmo sócios na mentira? Acho que a mentira passa a ter pernas e braços, ou seja, as pessoas beneficiadas com a mentira sendo coniventes, pagariam por ela também, afinal a enganação foi generalizada.<br />
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Para a minha pequena Laura e o fortão Murilo, ensinarei sempre que mentira tem pernas compridas e braços curtos, ou seja, ela pode durar muito (pernas), mas afetará todas as pessoas que estão próximas de você (braços). Talvez desta forma meus filhos poderão formar no caráter deles, de forma mais enfática, de que mentira não é aceitável nunca. A sensação que as pessoas tem é de raiva por terem sido enganadas. Nem sei pronunciar o nome desse cara, muito menos sei qualquer coisa a mais dele, mas me senti um otário vendo a entrevista dele, com a maior cara de pau, admitir que a vida dele é uma farsa, mas que milhares de pessoas acreditavam nele em vários sentidos. Nada mudou de prático em minha vida, mas meus conceitos se fortaleceram com o exemplo dele, que deve estar se corroendo sem poder olhar para os filhos ou ter o carinho da família, pois, são os que mais estão sofrendo com a mentira dele. Os amigos sumirão e em breve ele também. Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-76923510911728091952013-01-18T19:41:00.001-02:002013-01-18T19:41:48.494-02:00O Mundo com bom humorEstá comprovado para mim de que o Mundo será melhor se tivermos bom humor em todas as nossas situações. Sei que isto não é fácil, dependendo do caso, mas em tudo é possível ver com um olhar mais descontraído, afinal, tudo nesta vida se transforma, e porque não transformar em algo agradável? Digo isso, porque percebi que as pessoas com bom humor são mais agradáveis, chegam mais rápido em soluções complexas e sempre conseguem promover uma conspiração generalizada em que tudo acaba dando certo de forma rápida.<br />
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Já li reportagens sobre o assunto e já entrevistei pessoas que superaram problemas graves, através do bom humor. Acredito que a vida é maior e melhor, quando a gente sorri mais, ri mais e principalmente procura se relacionar com as pessoas com educação e bom humor. Talvez o problema seja a forma de humor que escolhemos, que muitas vezes pode não agradar. Alguns confundem um tipo de humor como desprezo, sarcástico, ironia, gozação e até descaso. Pode acontecer de uma pessoa ser mal interpretada, e diante do humor tido como diferente, ser motivo de discussão e tudo mais.<br />
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Tenho feito um exercício mental que estou considerando interessante. Sempre quando vou responder algo, ou fazer uma pergunta, tento me lembrar se é possível fazer com bom humor. Das vezes que lembro e faço o teste, tem dado certo. A reação das pessoas tem sido mais agradável e a conversa passa a fluir melhor. É como se o humor desmontasse qualquer barreira ou qualquer dificuldade de interpretação. Mas não são em todas as situações a possibilidade de fazer isso, mas quando dá, tenho feito e dado certo, daí o questionamento que faço se não é possível nos basearmos no bom humor em tudo que por ventura vamos fazer ou falar.<br />
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A vida, por si só, não é fácil e durante o dia somos vítimas de pequenas ciladas, armadilhas e encruzilhadas que nem sempre encontramos a alternativa mais correta. Já notei, que mesmo quando erramos neste sentido, o bom humor consegue ajeitar a situação de uma forma mais favorável e o problema passa a ser resolvido de uma maneira menos traumático ou doloroso. Talvez ao buscarmos justificativas naquilo que acontece conosco, dentro do caminho do bom humor, seja uma fórmula interessante de se buscar soluções mais compreensíveis. O humor é um meio positivo de se conseguir um mundo melhor, porém, saiba diferenciá-lo de engraçado, divertido, extrovertido e brincalhão. Isto pode ser considerado irresponsável por algumas pessoas.<br />
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O bom humor que me refiro é aquilo que é dito de forma agradável. Não é preciso vir seguido de piadas, comparações, sons, gestos e tudo mais. Basta falar de uma forma sorridente, desprovido de rancor, sem maldade, braveza, ou sendo tétrico ou num tom professoral. Seria a linguagem do coração, que muitas vezes pode vir seguido de erros de concordância, mas qualquer um é capaz de entender, quando se está com o coração e a mente abertos e em sintonia. A comunicação é uma ciência, mas a prática ainda depende da emoção e do aspecto sentimental. Muitas vezes é possível ser sincero, verdadeiro, franco e dizer o que é preciso ser dito, mas com ternura, com serenidade e amor nas palavras.<br />
<br />
Já observei desentendimento em que as pessoas falavam a mesma ideia, mas em tons diferentes, formas diferentes, utilizando palavras duras, amargas e de duplo sentido. Confusão na certa. Daí a necessidade de saber o que se fala e como se fala. Utilizar as palavras corretas, e ainda com bom humor, é uma arte que somente aqueles que detém conhecimento e prática de leitura, situações pra poucos, é que se consegue, pois muitas vezes temos as palavras a disposição, mas nos esquecemos do bom humor. Assim sendo, vamos praticar fazendo, porque desta maneira passaremos a fazer com naturalidade e divertido com o passar do tempo.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-6782829156699096552013-01-10T20:03:00.004-02:002013-01-10T20:16:03.294-02:00Obesidade: a auto estima elevada<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Estive com a
família em uma das praias do litoral norte paulista. Lugar bonito, bem
agradável e ótimo para a nossa pequena Laura se divertir com segurança.
Confesso que não sou muito simpático a praia. Tenho dificuldades em compreender
como: sal, areia e calor podem ser agradáveis, em convívio com a família. Mas
para o bem do relacionamento familiar anualmente faço este sacrifício, mas na
verdade passo a utilizar esses dias de “caiçara” como sendo um momento de ficar
a vontade com minhas idéias e meu corpo. Sem horário, sem compromisso e sem ter
que dar satisfação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">No entanto,
entre uma leitura aqui e outra ali, fico observando o comportamento das
pessoas, pois, gosto de ver comportamentos, posturas, relacionamentos
interpessoais e coisas do gênero social. Pude notar das vezes que fui até a
praia que o comportamento do brasileiro mudou muito e principalmente o perfil
físico. Verifico que o formato dos brasileiros está cada vez mais oval, para
não dizer arredondado. Não percebi nenhuma preocupação com isso. Ao contrário.
Homens e mulheres de todas as idades se relacionamento muitíssimo bem com os
corpos obesos, desfilando maiôs decotados e cada vez mais fragmentados. Muito
menos qualquer tipo de preocupação com cicatrizes, manchas, verrugas, modelitos
de banho, combinações ou cuidados especiais que deveríamos existir ao estarmos
com tão pouca roupa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Não pensem
que fiquei assustado ou até mesmo surpreso. Fiquei admirado em ver que a auto
estima do pessoal está elevada e a preocupação maior era de se divertir e estar
a vontade. Não notei qualquer tipo de pudor desta ou daquela pessoa. Senti um
ambiente de igualdade em que as diferenças raciais, econômicas e sociais são
niveladas ao mesmo patamar quando se está numa praia. Todos comem qualquer
coisa, de qualquer jeito a qualquer hora. Todos ficam a vontade para falar,
beber e fazer o que quiserem. Risadas aos montes e bem altas, gestos dos mais
diversos e principalmente as posições nas cadeiras de deixar qualquer
contorcionista de raiva por ver que qualquer um pode sentar ou deitar de muitas
formas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Fiquei feliz
de ver um povo desprovido de qualquer vaidade, aproveitar o local. Brincar,
pular, nadar e até não fazer nada. Homens e mulheres de todas as idades
passeavam de qualquer maneira. Naturalmente se percebe aqueles com fino trato
dos objetos ou dos modos de se apresentar, mas foram poucos os que percebi que
a ostentação era mais importante, ou que ser daquele jeito, para essas pessoas
era normal. Infelizmente neste universo de “bem estar” a beleza não conta
muito. As pessoas se nivelaram no mediano, ou seja, todos redondos. Nem muito
magros e nem muito gordos. Foram poucos os corpos atléticos e bem cuidados.
Reduzido o número de metrossexual ou das “garotas de Ipanema”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Conclui então
que praia é local, na minha visão, de ficar a vontade, afinal, você
dificilmente voltará aquele local, verá aquelas pessoas e pouco se importará
com o que vai acontecer naquela praia, porque sua passagem é apenas nas férias,
e deste modo as preocupações com a saúde continuada, em todos os sentidos, são
secundárias uma vez que o prazer é a prioridade e, talvez, um excelente remédio
contra o estresse, a monotonia, as pressões de se comportar e vestir-se bem e
tudo mais. Praia é para todos, indistintamente, apesar da saudade que tive dos
meus 20 anos, quando eu observava uma beleza física, e não uma beleza moral, ou
espiritual, ou social. Acho que todos nós evoluímos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-16679131566091391172010-04-09T18:25:00.001-03:002010-04-09T18:25:42.875-03:00BBB10 - A LiçãoTenho procurado assistir a todas as entrevistas dos participantes do BBB10 para eu poder chegar a uma conclusão do que aconteceu. Ainda está estranho o programa de TV bater recorde de votação e não ir bem nas pesquisas de IBOPE, e ainda o vencedor não é a personagem mais simpática, ou pelo menos que se identifique com a população em geral. Nas edições anteriores esta empatia aconteceu. O vencedor era o queridinho da população e o comportamento dele dentro da casa era semelhante ao ambiente que a sociedade vivia na época. Mas o que aconteceu desta vez?
Tenho vários pensamentos. Não sei se pelo fato de eu estar lendo muito material sobre planejamento estratégico, tenho observado que os amigos de Marcelo Dourado foram bem organizados. Daí a explicação do recorde no número de votações, e o fato deste sujeito participar de seis eliminatórias e passar por todas com boa margem de segurança e ainda vencer a etapa final com recorde de aceitação. Chego a conclusão de que Marcelo Dourado planejou, disciplinou-se e procurou sair de todos os conflitos mais perigosos num relacionamento em grupo. Fez ar de tonto, bôbo, ignorante e muitas vezes até um pouco violento. Mas controlou-se.
Gosto do programa e procuro assistir sempre que possível, mas não como crítico contumaz, mas sim como mero observador, pois, noto que muitos dos acontecimentos que ocorrem dentro da casa, são semelhantes nas famílias, nos locais de trabalhos, nos clubes sociais, nas rodas de amigos e em qualquer grupo com mais de duas pessoas. Todos nós fazemos comentários semelhantes ao que assistimos na TV, ou até mesmo, temos comportamentos parecidos com uma das personagens. Percebo muita semelhança, e naturalmente vendo na TV ficamos confortavelmente assistindo, comentando e tirando conclusões. Diferente de quando somos a personagem do BBB no nosso dia-a-dia.
Aprendi que Marcelo Dourado não é nenhum exemplo de pessoa, caráter, comportamento e até de imagem. No entanto, ele nos mostrou que a disciplina, o poder de relacionamento, e a administração do comportamento alheio podem ser argumentos de sucesso. Não tenho nenhuma admiração por ele, afinal, torci muito pelo Cadu, que ficou em terceiro e perdeu feio a final. Até mesmo para a Fernanda, que demonstrou ser uma pessoa dissimulada o tempo todo. Mas tenho que admitir que esse Dourado roubou a cena e mesmo com o jeitão brucutu, fez com que as pessoas votassem a favor dele. Já não vimos isso nas eleições?
Acredito que os promotores do BBB devem avaliar melhor a forma de votação. Esse negócio de uma pessoa ter a possibilidade e a facilidade de votar quantas vezes quiser, parece-me não ser a mais correta e justa, pois aprendi que na votação do BBB não se trata do desejo da maioria e sim dos mais persistentes e amigos dos envolvidos. Admiro o programa pelo conteúdo e não pela fórmula de realização, pois, não concordo com muitos dos resultados das eliminatórias, tão pouco a final. Procurei desvencilhar o resultado do programa com o desejo da população, como insistiu por diversas vezes o lunático Pedro Bial.
Na final, ao abrir meu leptop e ver que o “Brasil era Dourado”, senti uma grande influencia do ditado: quanto pior, melhor. Talvez o resultado seja um sinal de que a população está cansada de assistir um programa que dure 10 anos com o mesmo formato. Diga-se de passagem, para um programa de TV durar uma década e faturar o que fatura, não pode ser considerado um programa duvidoso. Respeito isso, mas penso que a cada ano temos que fazer leituras diferentes sobre o desenvolvimento deste tipo de programa que pode ser conduzido de uma certa forma, porém, nada que seja considerado desonesto. Ou alguém acha que a TV Globo gostou do Marcelo Dourado ter vencido?Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-47974314872968845202010-03-11T18:21:00.002-03:002010-03-11T18:21:53.126-03:00O amor de Zequinha e MariquinhaZequinha é um passarinho que a minha amada Liza ganhou de um de seus alunos. Quando chegou em casa ficou minutos tímido e depois passou a cantar todos dias, em todas as horas e em todos os momentos. Basta fazer barulho em casa, seja conversando ou através de qualquer aparelho elétrico, lá vai Zequinha cantarolar. Conquistou a nossa simpatia rapidamente e contagiou os vizinhos que não cansam de elogiá-lo, tamanha disposição para cantar a qualquer momento. Não existe uma só pessoa que não admire a performance dele em todos os sentidos, pois, ao cantar desenfreadamente, passa a chamar a atenção de todos pela melodia agradável que apresenta constantemente.
Diante desta simpatia toda não é preciso dizer que ele é um passarinho mimado. Minha sogra Cleusa, por exemplo, todas as vezes que vai em casa deixa ração, água e qualquer outro alimento para canarinho, a disposição do bichinho que ainda vai explodir de tanto comer. Chegou ao ponto, certa vez, de colocar água gelada para que Zequinha se refrescasse, esquecendo o tempo a mais na geladeira, colocando o bebedouro ainda em forma de gelo. Tomar banho então, é motivo de platéia cativa, tamanha algazarra que o animalzinho faz com muita graça e beleza. Coisas que somente a natureza pode explicar.
É percebido que Zequinha é o centro das atenções em casa. Impossível não notar a presença dele. Diga-se de passagem, é o único animal permitido e que durou mais do que o esperado. Foram tantos os peixinhos que tivemos, que em razão da curta existência, desistimos. Cachorro e gato, nem pensar. Por enquanto. Zequinha continua resistente a ponto de atrair outros pássaros do bairro, como rolinhas, pombinhas, pardais, bem-te-vi, beija-flor, e outros que não sei distinguir. Passo a enxergá-lo com certa liderança, mas depois caio na realidade que se trata dos restos da ração que ficam no chão. Mas a verdade é que Zequinha é o xodó da casa.
Com os preparativos para a chegada de Laura, nossa filhinha, Liza está se esforçando ao máximo em mudar comportamentos em favor de nossa herdeira. Vegetariana que é, passou a comer carne com menos raridade... Músicas, livros, revistas, sites, telefonemas, contatos e tantos outros afazeres de uma grávida, tudo em função de Laura que chegará em julho. Até Zequinha entrou no esquema. Liza quer que Laura curta-o e por isso tratou de arrumar uma companheira para que tenhamos uma família de canarinhos. Certo dia ela chega em casa com: Mariquinha. Uma canarinha lindinha, de plumagem amarela, redondinha, perninhas claras e um olhar todo angelical. Tenho a absoluta certeza de que Zequinha e Mariquinha tiveram o amor a primeira vista, que eu acredito muito, pois aconteceu isso quando vi Liza pela primeira vez e hoje considero-me o homem mais feliz do mundo em tê-la ao meu lado, e em breve ao lado de Laura, fisicamente.
Zequinha é outro pássaro depois da chegada de Mariquinha. Tenho a impressão que passou a cantar mais grosso, está mais agitado e o que é pior: ao lado de Mariquinha ele não canta. Impressionante como é fato quando seres masculino e feminino, se encontram, ambos passam a ter uma comunicação telepática, ou através da linguagem do coração e do amor. Comecei a prestar mais atenção nesse relacionamento entre canários. Já fiquei horas observando Zequinha e Mariquinha, que ainda estão em gaiolas separadas, mas em breve ocuparão as mesmas grades. Comecei a ficar aborrecido, pois aquela cantoria que eu adoro havia terminado. Zequinha só pensa em Mariquinha, igual a qualquer apaixonado. Talvez tenha se esquecido de cantar, pois, agora tem a quem admirar.
Fazendo uma analogia das relações amorosas, passei a ver que é sempre assim: quando estamos na fase da conquista somos poderosos, fortes, incansáveis e super exibidos. Ao conquistarmos a admiração do amado ou amada, passamos a viver em função da reação do outro. Com o tempo concluímos que isso não é o ideal, porém, é preciso passar por esta fase. Sempre percebi que casais perfeitos nos relacionamentos, tem um dos lados anulado, tímido ou superado. Num casal, sempre tem um que se deixa levar pelo amor do outro. É a lei da concessão. Não se trata de medir forças, mas sim de dar pouca importância a si, para o bem da relação ou por ter amor em ver o outro mais satisfeito. É a satisfação em ver o outro mais ou igual do que a satisfação própria.
Aprendi em dois casamentos que a tolerância, as adversidades, a reunião de famílias e a aceitação dos defeitos do outro são temas delicados que não podem ser discutidos a todo instante e em locais e momentos inoportunos. São assuntos que merecem cuidados, pois colocam a relação do casal em xeque e as vezes, por impulso, medidas são tomadas de forma precipitadas. Para desfazê-las pode custar uma vida. O bom senso, o equilíbrio e a essência do amor, que é a crença de que a vida é melhor sempre com boa companhia, são diretrizes que devem ser alcançadas pelos casais verdadeiramente apaixonados e que respeitam a limitação mútua.
Zequinha quando está longe de Mariquinha, ou quando não a vê, inicialmente ficava desesperado e cantava como um louco. Passei a separá-los, através de uma toalha entre os dois, e hoje ambos perceberam que estão tão próximos que não é preciso ver. Porém, Zequinha voltou a ser o nosso tenor, enquanto que a graciosa Mariquinha demonstra ter a tranqüilidade feminina em saber que, a noite, ambos estão juntos um olhando para o outro em pleno amor. Percebo então, que o amor deve ser curtido na plenitude, independente de som ou imagem. E assim passei a beijar muitas vezes uma barriga enorme que Liza vem carregando ultimamente, sem ver e sem ouvir a pequena Laura, mas sabendo que o meu amor é vivo. Passo acreditar que realmente o amor é cego, surdo e mudo. Trata-se de uma energia vital para quem quer ser feliz, basta ter o amor, mesmo sem ver ou ouvir. E eu sou muito feliz.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-78489056745928380962010-02-18T19:48:00.002-02:002010-02-18T19:49:18.796-02:00Unidos para um bom fim. Valeu!Pelo segundo ano seguido participei do desfile das escolas de samba da cidade de Marília. O ano passado foi na ala do fogo e este ano na ala das águas. Confesso que este ano, as cores: azul, prata e branco com um pouco de dourado, foram mais animadas do que o vermelho, preto e dourado do ano passado. Mas a experiência foi interessante, pois, apesar do local ser o mesmo e com a mesma escola de samba, o grupo era diferente e o ambiente também mostrou-se melhor e mais agradável.
Não imagino quantas pessoas estiveram envolvidas neste trabalho, mas faço ideia do quanto deve ser trabalhoso. Os organizadores devem sofrer de angústia pela expectativa de quantas pessoas irão participar, pois, basta procurar uma fantasia na sede da escola e pronto. Não existe nenhum compromisso do folião ir. Desta vez chamei outros 15 colegas que engrossaram a ala, apesar de que alguns participaram de outro grupo da mesma escola. A diversão foi a mesma e a animação, na impressão que tive foi maior do que a do ano passado.
Observei, novamente, a excelente organização não só da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, como da própria escola, a Comunidade Cultural Bonfim (Unidos do Bonfim), apesar dos problemas que soube pelos jornais na quinta-feira. Notei que o carnaval de Rua não pode e não deve acabar e o Poder Público deve criar condições para que os grupos estejam incentivados a participarem, pois, no segundo dia do desfile cheguei a pensar que seria cancelado, por causa da chuva e por falta de pessoas. A chuva passou e o povo foi para Avenida em grande número assistir os desfiles. Isso é pura demonstração do fortalecimento cultural de uma comunidade.
Muitas pessoas perguntaram-me porque que eu fui as duas noites, participar dos desfiles. Minha família então, não se conforma de ver minha mudança de comportamento, pois sempre fui arredio a esse tipo de participação. A explicação é simples: Nunca fui de gostar de carnaval no salão. Considero abafado, bagunçado e um péssimo lugar para ficar muitas horas com os amigos, pois é impossível conversar. No entanto, gosto do entusiasmo, da animação e do ritmo. Com o carnaval de Rua eu vejo meus amigos, todos estão animados, o ritmo é mais vivo e o local é arejado e durante quase 60 minutos brinco o suficiente. Ou seja, excelente local para brincar o carnaval sem atropelo, riscos e bagunça.
Os amigos que convidei todos adoraram e querem repetir a dose no ano que vem. Assisti uma interação entre as pessoas muito grande, um ajudando o outro a arrumar as fantasias minutos antes de entrar na Avenida. Pessoas desconhecidas até então, e que mostravam cumplicidade. Observei pessoas, como eu, que não tem ligação alguma direta com a escola, preocupadas com o número de figurantes, em saber a letra do samba e como fazer para mostrar a escola bem. Isso chamou minha atenção e conclui que a partir do momento que você se encontra num ambiente bom, todos querem irradiar essa energia boa, independente dos interesses. Tenho certeza que 90% daquelas pessoas que convidei se quer souberam o resultado da apuração que aconteceu na quarta-feira de cinzas. Eu mesmo soube do resultado e dos detalhes, através dos jornais na quinta-feira.
Fiquei triste em ler que a Comunidade Cultural Bonfim pretende não desfilar no ano que vem. Fui testemunha de um comportamento elogiável das pessoas com quem tive contato na escola e imagino que seja assim sempre e desta maneira penso que aquelas pessoas queriam um fim bom para uma escola de samba que já foi campeã de Marília por três vezes, ou seja, faz parte da história do nosso carnaval. Desconheço os motivos que levaram a escola sucumbir, mas acredito que esta experiência não acabará por aqui. Outras oportunidades existirão, afinal pessoas como eu estão enxergando o carnaval de Rua com um outro olhar: sem críticas, preconceitos ou indiferença. Passo a ter um olhar de que realmente esses grupos são necessários para a comunidade que faço parte.
Meu envolvimento foi super agradável, mas agora vejo que foi triste, em razão de marcar o encerramento de uma possível participação da escola no Carnaval de Rua de Marília. Já não foi fácil desfilar sem a minha amada Liza, que ficou em casa assistindo pela televisão transmitindo nossa alegria a Laura que, mesmo ainda na barriga, certamente gostará de carnaval e em breve estará com o pai, a mãe e o irmão, festejando o carnaval na avenida. A superação destes meus dois sentimentos tristes e momentâneos, se devem ao fato de que vi que pessoas comprometidas com o simples desejo de participar, podem e fazem a diferença. Naturalmente que refiro-me a aqueles com que tive contato, pois, notei que eram necessárias quase 500 pessoas para manter a escola dentro do planejado, e isso não foi conseguido pelos dirigentes da escola.
A compensação foi verificar em cada rosto presente na Avenida, que o samba, aliado as cores e aos movimentos dos participantes, chamam a atenção de qualquer ser humano: novo ou velho, gordo ou magro, homem ou mulher, criança ou adulto. O povo gosta de assistir isso e existem pessoas que querem oferecer isso ao povo. Talvez falte um pouco mais de atratividade durante o ano, das chamadas escolas de samba, que na verdade são escolas da alegria, principal matéria prima de qualquer bem sucedida apresentação carnavalesca. A alegria de brincar eu verifiquei em dezenas de pessoas que se prontificaram a repassar às pessoas que estiveram na Avenida e que não sabem como fazer isso sempre.
Para mim, foi um bom fim da escola na Avenida, porque, mesmo sem saber que se tratava da última apresentação da escola no Carnaval da cidade, participei com alegria e descontração igual a muita gente. Como a perfeição não existe, e prova disso são as ausências da minha amada Liza e de meu filho Murilo desfilando comigo, quero acreditar que no ano que vem será melhor que este ano, que foi melhor do que o ano passado. Bonfim, 40 anos... valeu!!! Como diz a música que cantamos na Avenida.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-14047574288244303242010-02-12T18:38:00.001-02:002010-02-12T18:39:45.209-02:00A culpa é da natureza, porque não?Existe um ditado que diz: Deus perdoa tudo, o homem as vezes e a Natureza nunca. Penso que é exatamente isso o que vem acontecendo com o planeta que registra inúmeras manifestações violentas da Natureza, que vem sendo agredida todos os dias há tempos. Não me surpreende ver chuva de areia na Austrália, o continente africano secando, além de Europa, América do Norte, Central e Sul cada vez mais desorientados quanto as estações climáticas do ano. Está tudo bagunçado por culpa de quem? Da natureza ou do homem? Claro que a resposta é óbvia, mas todos os dias a Imprensa em geral insiste em querer mostrar o homem como vítima, e não como culpado.
Fico comovido com o sofrimento da população, que sem alternativas, passa a construir as casas em locais impróprios, e ainda da forma como consegue sem qualquer preocupação, a não ser a de ter um abrigo. São os únicos que sofrem, pois o Poder Público tem o álibi ao argumentar que o local era impróprio e que a avalanche ou a enchente eram previsíveis. Mas não é só isso. É preciso ver nas entrelinhas o que isso pode estar sinalizando para a humanidade em geral. Muita neve, muita seca, muita chuva, terremotos, maremotos, tsunamis e tantas outras catástrofes que estão cada vez mais próximas e ameaçando a raça humana.
Não entro no mérito se o aquecimento global é uma verdade ou não, mas fico refletindo como é possível viver nas cidades sem sofrer a ameaça que estamos tendo. O solo cada vez mais cimentado sem local para escoamento de água, menos arborização e sem qualquer planejamento para se evitar desgraças. Chover sempre choverá e como será? Sol sempre haverá e como vai ser? Neve tem época certa e mesmo assim surpreende. Não consigo entender isso, e mesmo a Revista Veja explicando com riqueza de detalhes na edição desta semana, os motivos de tanta chuva, fico imaginando como podemos saber disso tudo e não estar preparado? Os cientistas, os técnicos ou os especialistas não sabiam disso tudo? O que foi feito? Nada? Isso sim, para mim, é irresponsabilidade, porque sabendo que tudo isso aconteceria nada foi feito. Quem sofre é o menos favorecido, sempre.
Vivendo num país tropical não percebo qualquer movimentação dos especialistas em fazerem algo para evitar tudo isso no ano que vem, no mínimo. É como se esperássemos passar tudo isso e imaginar que tudo voltará ao normal. Penso que isso não passará e será uma constante em nossas vidas e hoje precisamos imaginar que tudo isso pode acontecer a qualquer momento, e em qualquer lugar. Sol, chuva, vento, neve, terremoto e tantas outras manifestações da natureza devem ser previsíveis, pois tudo isso não acontece de repente, e nem se trata de qualquer punição divina. Sendo assim, por que nada é feito para evitar que seres humanos morram? Talvez o problema seja o ser humano e não a relação com a natureza.
Dá para dizer para uma família necessitada que não pode fazer uma casa na encosta de uma montanha? Dá para falar para uma família que não deve cimentar a casa toda? Dá para pedir para as pessoas plantarem árvores constantemente? Dá para dizer para a população não jogar lixo em qualquer lugar? Acredito que é o homem quem provoca tudo isso, e somente ele é o responsável. O que vem acontecendo é culpa nossa, que achamos cômodo culpar os Governantes (quando muito) e até a Natureza por toda essa confusão. Temos a inteligência e ao mesmo tempo a capacidade de por a culpa onde nos convém. A culpa agora é porque chove.
Vamos refletir sobre as mortes por causas das chuvas, do calor, do terremoto. Talvez seja possível fazer algo para que isso seja cada mais difícil de acontecer, e não com a facilidade como vem surgindo e a Imprensa registrando rápido e completo. A solução a meu ver está na solidariedade. Quando o ser humano preocupar-se em ajudar seres humanos isso será possível, diferente do egoísmo que é visto quando pessoas pensam em si e no máximo no estado de conforto da própria família. Vamos olhar para mais longe. Ao ficar preocupado com o bem estar de meu vizinho, por exemplo, posso combater a Dengue. Preocupado em arborizar o meu bairro, posso ajudar no combate contra o calor e na absorção da água no solo. Ao manter a minha Rua limpa, evito entupimento no bueiro. Ações simples que dependem de mim.
Talvez não sejamos capazes de evitar um terremoto, mas onde isso é possível acontecer nós sabemos e devemos esperar que aconteça e estar preparado para quando acontecer. Sei que é possível chover, então devo estar preparado para o escoamento da água que é inevitável. Prevendo o calor posso minimizar. A pergunta é: como posso fazer isso de forma coletiva? Sozinho será impossível e assim sendo, fico refém da coletividade. Percebendo que serei prejudicado pela impotência, o que posso fazer é questionar e quem sabe mais pessoas comecem a pensar que somente com ações inteligentes e comportamentos simples é que conseguiremos sobreviver, pois, do contrário estamos mesmo ameaçados, e chegará o dia que não poderemos colocar a culpa em outro. Ou estaremos só, ou não dará tempo de culpá-lo.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-61293548778680842010-02-03T12:03:00.003-02:002010-02-03T12:03:39.296-02:00Meu nome é o meu maior patrimônioNão gosto de apelidos. Sempre que observo uma pessoa mais conhecida pelo apelido, do que com o próprio nome, fico imaginando a reação de seus pais. Já observei que muitos apelidos são colocados pelos próprios pais, para compensar o nome complicado que deram aos filhos. Como se fosse um arrependimento. Esse assunto foi tema em minha casa recentemente, em virtude de eu e minha amada Liza, termos que escolher o nome de nossa filha que nascerá em julho deste ano. Ao completar as 15 semanas de gravidez, faríamos os exames de praxe e saberíamos o sexo do nenê e teríamos que ter um nome de imediato.Percebi que Liza ficou dias pensando no assunto e eu também, afinal, temos um relacionamento participativo em nossas vidas. Não pelo fato de ser um simples nome, mas por se tratar primeiro da expectativa em saber o sexo, para consequentemente optar por um nome. Antes, porém, passamos analisar as alternativas e chegamos a conclusão de que não se tratava de uma tarefa fácil, porque era preciso escolher um nome simpático e com significado. Logo de início Liza e eu descartamos uma série de nomes por terem semelhanças em nossas famílias anteriores. Passamos a procurar significados em nossas vidas em comum e chegamos a vários nomes, quando tomamos conhecimento de que o nome seria o primeiro e mais importante presente que daríamos ao nosso nenê, antes mesmo de nascer.Este presente será levado para toda a vida e assim sendo a nossa responsabilidade aumentou e as escolhas passaram a ter cuidados redobrados. Cuidado com possíveis apelidos, comparações com outras pessoas, facilidade de pronúncia e de escrita, fonética e até de pessoas conhecidas bem próximas. Sem contar as combinações das iniciais. Não foi fácil. Passei a ver esta decisão como algo tão sério, e mais importante do que saber o sexo. Comecei a viajar nas minhas imaginações, tentando antever problemas que poderiam existir e que nós não queríamos ser os causadores. Depois de algum tempo, Liza e eu chegamos a uma conclusão para um menino e para uma menina, passando a aguardar a definição do sexo para anunciar a escolha.Neste meio tempo reparei que o nome é o nosso primeiro patrimônio que herdamos e que procuramos mantê-lo sempre digno e respeitoso. Ninguém gosta de ter o nome em piadas, chacotas, comparações desagradáveis ou ser sinônimo de comportamento inadequado, ou até mesmo ser diminutivo ou aumentativo. Temos uma vida inteira na luta diária para mantermos um nome forte e respeitoso, herdados de nossos pais, daí a minha lamentação dos apelidos que naturalmente camuflam este presente familiar. Mas como manter o nome sempre respeitoso? Entendo que seja o resultado dos comportamentos diários da pessoa. Quando um nome vira grife, chega bem próximo da perfeição desejada, mas cada vez mais sensível e vulnerável fica, devido a exposição que passa a ter.O golfista Tiger Woods é um exemplo bem atual disso tudo. Sendo o primeiro atleta bilionário no Mundo, tinha o nome como sinônimo de tudo que era bom. Patrocinadores, fortuna, respeito, admiração, idolatria e que por um comportamento inadequado, descoberto e escancarado, vem perdendo tudo um ritmo frenético. Hoje ninguém, e nenhuma empresa, quer associar a marca ou a imagem ao nome de Tiger Woods. Isto nos ensina de que a busca pelo respeito com o nosso nome é constante e qualquer deslize tudo é colocado a perder drasticamente. Confirma também que os nossos comportamentos estão atrelados as nossas companhias, pois, somos avaliados pela sociedade em geral de acordo com o grupo social em que você faz parte.Assim sendo o bom nome que temos que manter é reflexo do comportamento adequado do nosso dia a dia. Liza e eu decidimos por Laura, uma menina. Este nome tem um significado importante para mim e para minha esposa, pois, nos consideramos vitoriosos pela determinação de anos lutando para concebê-la, e agora fomos premiados. Porém, não basta apenas o nome. Teremos que a partir de agora trabalhar na assistência à nossa filha para que tenha boa formação familiar e que tenha boas companhias, para que possa fazer boas escolhas.A decisão de um simples nome não consiste apenas em dar uma referência ao filho, mas sim, a primeira palavra para que a história de vida seja iniciada. Procuro sempre evitar os apelidos, porque imagino que esta mesma preocupação e dedicação que Liza e eu tivemos, todos os pais também passaram por isso. O nome tem significado sempre, seja pela existência de um antepassado, ou pela formação ou união de palavras que se tornaram simpática. Nunca tripudiei ao ver um nome esquisito, mas sim busco compreender os motivos que levaram pessoas adultas colocarem determinado nome em pessoas inocentes, mas que devem sentir-se homenageadas por alguma razão.Para aqueles que não gostam do próprio nome, razões devem existir mais do aspecto emocional e de relacionamento com os pais, o que justifica a atitude, pois, não deve ser fácil conviver com isso. De qualquer forma o respeito, a boa educação e principalmente a simpatia, sugerem que chamemos as pessoas pelos nomes e da forma correta, afinal, ao pronunciar o nome errado certamente a pessoa ficará magoada. Quer credibilidade maior do que ter um nome de respeito?Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-8336533477315139312010-02-03T12:03:00.001-02:002013-02-07T20:40:16.949-02:00Meu nome é o meu maior patrimônio<div>Não gosto de apelidos. Sempre que observo uma pessoa mais conhecida pelo apelido, do que com o próprio nome, fico imaginando a reação de seus pais. Já observei que muitos apelidos são colocados pelos próprios pais, para compensar o nome complicado que deram aos filhos. Como se fosse um arrependimento. Esse assunto foi tema em minha casa recentemente, em virtude de eu e minha amada Liza, termos que escolher o nome de nossa filha que nascerá em julho deste ano. Ao completar as 15 semanas de gravidez, faríamos os exames de praxe e saberíamos o sexo do nenê e teríamos que ter um nome de imediato.Percebi que Liza ficou dias pensando no assunto e eu também, afinal, temos um relacionamento participativo em nossas vidas. Não pelo fato de ser um simples nome, mas por se tratar primeiro da expectativa em saber o sexo, para consequentemente optar por um nome. Antes, porém, passamos analisar as alternativas e chegamos a conclusão de que não se tratava de uma tarefa fácil, porque era preciso escolher um nome simpático e com significado. Logo de início Liza e eu descartamos uma série de nomes por terem semelhanças em nossas famílias anteriores. Passamos a procurar significados em nossas vidas em comum e chegamos a vários nomes, quando tomamos conhecimento de que o nome seria o primeiro e mais importante presente que daríamos ao nosso nenê, antes mesmo de nascer.Este presente será levado para toda a vida e assim sendo a nossa responsabilidade aumentou e as escolhas passaram a ter cuidados redobrados. Cuidado com possíveis apelidos, comparações com outras pessoas, facilidade de pronúncia e de escrita, fonética e até de pessoas conhecidas bem próximas. Sem contar as combinações das iniciais. Não foi fácil. Passei a ver esta decisão como algo tão sério, e mais importante do que saber o sexo. Comecei a viajar nas minhas imaginações, tentando antever problemas que poderiam existir e que nós não queríamos ser os causadores. Depois de algum tempo, Liza e eu chegamos a uma conclusão para um menino e para uma menina, passando a aguardar a definição do sexo para anunciar a escolha.Neste meio tempo reparei que o nome é o nosso primeiro patrimônio que herdamos e que procuramos mantê-lo sempre digno e respeitoso. Ninguém gosta de ter o nome em piadas, chacotas, comparações desagradáveis ou ser sinônimo de comportamento inadequado, ou até mesmo ser diminutivo ou aumentativo. Temos uma vida inteira na luta diária para mantermos um nome forte e respeitoso, herdados de nossos pais, daí a minha lamentação dos apelidos que naturalmente camuflam este presente familiar. Mas como manter o nome sempre respeitoso? Entendo que seja o resultado dos comportamentos diários da pessoa. Quando um nome vira grife, chega bem próximo da perfeição desejada, mas cada vez mais sensível e vulnerável fica, devido a exposição que passa a ter.O golfista Tiger Woods é um exemplo bem atual disso tudo. Sendo o primeiro atleta bilionário no Mundo, tinha o nome como sinônimo de tudo que era bom. Patrocinadores, fortuna, respeito, admiração, idolatria e que por um comportamento inadequado, descoberto e escancarado, vem perdendo tudo um ritmo frenético. Hoje ninguém, e nenhuma empresa, quer associar a marca ou a imagem ao nome de Tiger Woods. Isto nos ensina de que a busca pelo respeito com o nosso nome é constante e qualquer deslize tudo é colocado a perder drasticamente. Confirma também que os nossos comportamentos estão atrelados as nossas companhias, pois, somos avaliados pela sociedade em geral de acordo com o grupo social em que você faz parte.Assim sendo o bom nome que temos que manter é reflexo do comportamento adequado do nosso dia a dia. Liza e eu decidimos por Laura, uma menina. Este nome tem um significado importante para mim e para minha esposa, pois, nos consideramos vitoriosos pela determinação de anos lutando para concebê-la, e agora fomos premiados. Porém, não basta apenas o nome. Teremos que a partir de agora trabalhar na assistência à nossa filha para que tenha boa formação familiar e que tenha boas companhias, para que possa fazer boas escolhas.A decisão de um simples nome não consiste apenas em dar uma referência ao filho, mas sim, a primeira palavra para que a história de vida seja iniciada. Procuro sempre evitar os apelidos, porque imagino que esta mesma preocupação e dedicação que Liza e eu tivemos, todos os pais também passaram por isso. O nome tem significado sempre, seja pela existência de um antepassado, ou pela formação ou união de palavras que se tornaram simpática. Nunca tripudiei ao ver um nome esquisito, mas sim busco compreender os motivos que levaram pessoas adultas colocarem determinado nome em pessoas inocentes, mas que devem sentir-se homenageadas por alguma razão.Para aqueles que não gostam do próprio nome, razões devem existir mais do aspecto emocional e de relacionamento com os pais, o que justifica a atitude, pois, não deve ser fácil conviver com isso. De qualquer forma o respeito, a boa educação e principalmente a simpatia, sugerem que chamemos as pessoas pelos nomes e da forma correta, afinal, ao pronunciar o nome errado certamente a pessoa ficará magoada. Quer credibilidade maior do que ter um nome de respeito? </div>Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-51211383696916942872010-01-28T17:45:00.001-02:002010-01-28T17:46:55.986-02:00As lições do Haiti aqui...Não deixo de ficar emocionado todas as vezes que vejo na televisão o desastre que aconteceu no Haiti e a luta pela sobrevivência que aquele povo mostra todas as vezes que uma equipe de reportagem aparece. Penso que seja impossível não se sensibilizar por tudo aquilo. Verificar como é possível um ser humano no século 21 viver naquelas condições e chegar a comportamentos dos mais selvagens para lutar por comida, água ou pelos seus bens que sobraram.
Admito que por muitos dias imagens fortes sobre o terremoto e a luta dos haitianos me incomodaram. Choro, desespero, mortes, crianças e velhos feridos, pais e mães desesperados pelo sentimento de impotência e principalmente o olhar profundo de cada um dos que sobreviveram, sem ter uma esperança a imaginar foram detalhes que muitas pessoas perceberam. Ao ver aquelas condições lamentáveis em que o povo do Haiti vive, fiquei a pensar como isto seria possível, ainda mais com um terremoto naquelas proporções? Como pode tanta desgraça acontecer num mesmo local? Que culpa aquele povo tem, por viver em condições tão miseráveis, e ainda sofrer um terremoto arrasador?
Não encontro respostas para estas perguntas, mas consigo transportar estas minhas indagações a uma realidade que está bem próxima de mim. Ao passar em locais periféricos da cidade em que vivo, começo a recordar as imagens que as emissoras de TV insistem em mostrar, do povo do Haiti, nos principais horários da televisão constantemente. Cheguei, certa vez, pensar que estavam falando do Haiti, mas era sobre as enchentes de São Paulo, as catástrofes de Paraitinga, e até mesmo fiz confusão sobre os acidentes em Agra dos Reis. Em um dia em que Marília foi vítima de um temporal, fotos nos jornais mostravam o estrago que a população mais carente de minha cidade sofreu, e eu imaginei que fosse o Haiti.
Lembrando da música de Caetano Veloso em que ele diz que o Haiti é aqui, passei a refletir a dimensão dos problemas. Assim sendo percebi que somente grandes nações podem ajudar o povo haitiano. Navios, aviões, carros, tanques (de água), exército (segurança), e ONGs especializadas em catástrofes é que são os meios emergenciais e que farão algo por aquele povo imediatamente. Minha ajuda é ínfima. Naturalmente se eu me unir a outros, pode ser que faça alguma diferença a longo prazo, mas penso ser incapaz de fazer algo pelo povo do Haiti a qualquer momento, mas posso fazer pelo povo de Marília ou de cidades próximas, ou até mesmo dentro do meu País.
Ao assistir uma apresentação de uma voluntária que esteve em Guayaquil, no Equador, fazendo parte de uma Missão Humanitária do Rotary International, enxerguei que a minha vocação de voluntário pode ser desenvolvida na comunidade em que estou. Ou até mesmo em regiões miseráveis dentro do meu próprio País. Senti que eu seria a diferença neste sentido, e que a minha simples presença (sem fazer qualquer coisa) poderia ajudar em algo. Ao ouvir a Lilian Moraes mostrar o quanto foi importante esta missão para o povo equatoriano, fui me enchendo de motivação para fazer algo por aqui mesmo, sem a necessidade de ir tão longe.
Vendo como o Haiti está transformando o mundo em nações humanitárias, e vendo o que o Rotary International é capaz de fazer sozinho, aprendi que ao dedicar-me em ações simples, práticas e dentro de minhas possibilidades, posso ajudar qualquer um em qualquer lugar. Tenho conhecimento que as famílias carentes de minha cidade são assistidas pelo Poder Público e por diversas instituições filantrópicas e assistencialistas, em que minha presença talvez fosse desnecessária, se eu a trocasse por donativos ou alimentos. Seria mais útil e menos trabalhoso.
Ao assistir o trabalho voluntário que foi feito no Equador, imaginei as regiões mais interioranas do nordeste, sul ou até mesmo no norte do Brasil. Imaginei os problemas indígenas até hoje mal resolvidas pelas equivocadas políticas públicas, ou até mesmo pelo antigo Projeto Rondon, que sempre tive idolatria em fazer parte, em que poderia ajudar com a minha simples presença e com a pouca experiência que adquiri na vida. Ou seja: não consigo ajudar o Haiti, mas posso ajudar o Brasil.
Estou colhendo informações de como fazer isso. Naturalmente sendo rotariano convicto, farei parte de uma Missão Humanitária que a organização que faço parte pretende desenvolver, graças ao entusiasmo desta moça, Lilian Moraes, da cidade de Rancharia, que vem contagiando as pessoas que prestam atenção na essência deste trabalho realizado por ela. Quando isto acontecer, sentirei a recompensa física, moral e espiritual de como é necessário e vital para a vida de qualquer pessoa, ajudar desconhecidos com o único propósito de ajudar, seja como for. Vendo o Haiti, a África, o Equador e tantos outros locais miseráveis deste planeta, vejo o quanto é importante dar de si antes de pensar em si, que a meu ver deve ser a única razão de nossa existência. Qual a importância que existe em viver sem ajudar o outro?Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-50246334279212721222010-01-11T17:19:00.002-02:002010-01-11T17:19:59.122-02:00As mães são mais importantesVivo uma experiência extraordinária. Serei pai pela segunda vez aos 43 anos de idade. Posso afirmar que é bem diferente do que ser pai com 20 ou 30 anos. A primeira experiência que eu tive em ser pai, na época estava com 27 anos. Foi maravilhoso, mas vivia uma outra situação e enxergava o mundo com um outro olhar. Hoje, mais tarimbado, reconheço que a experiência que adquiri será benéfica em todos os sentidos. Aos 25 anos de idade qualquer pessoa se considera capaz de mudar o Mundo, enquanto que próximo dos 50, nossas forças e entusiasmos são bem diferentes.
Mas esta gravidez é totalmente diferente da anterior. Primeiro que são com mulheres diferentes, e segundo que a experiência atual se trata de uma fertilização assistida. É a quinta tentativa que eu e Liza (minha amada) estamos vivenciando, e desta vez com pleno sucesso. Desde novembro nossas vidas são bem diferentes, e admito que a partir do momento que eu soube que seria pai novamente, algo muito desejado, esperado, planejado, investido e sonhado, considero-me outra pessoa. Passei a enxergar tudo em minha volta com outras cores, formatos e sentidos.
Pela idade avançada, pelo tratamento realizado e pela quantidade de ansiedade, certamente a gestação é totalmente atípica. Mas o que tem me chamado a atenção é que ao sentir-me grávido percebo a injustiça da natureza em centralizar tudo na mulher. O homem é um mero assistente, provedor e na maioria das vezes o causador de inúmeros problemas. O homem não tem nenhuma participação direta numa gravidez. Não sente dores, incômodos, tonturas, náuseas... não tem que tomar remédios, injeções ou ter que fazer exames periódicos e tudo mais. A função masculina é pura e simplesmente de qualquer ajudante, assistente, assessor, consultor, mensageiro e provedor.
Qualquer ação masculina neste momento não tem valor algum. Não tem reconhecimento, lembrança ou até mesmo consideração. É visto por todos como uma obrigação que não importa a condição financeira, cultural, profissional, social ou até mesmo intelectual do homem, ele tem a obrigação de fazer daquele jeito e pronto. Isso tem me colocado numa situação muito ruim, pois meu sonho era ter um envolvimento maior, uma participação mais efetiva e dividir esses problemas, que muitas vezes para uma mulher pode parecer muito. Nem palpites podemos dar.
Tenho que admitir que a mulher tem um papel muito mais importante numa família, do que a do homem. Ao gerar e parir um ser humano, está sendo o centro das atenções, das valorizações e principalmente de toda e qualquer consideração futura, afinal tanto a criança quanto a mãe não tiveram a oportunidade da escolha e a partir do nascimento a relação tem que ser valiosíssima, pois trata-se de uma amor e de um sentimento gratuito. A figura da mãe tem que ser santificada com razão, pois, passar por todas as dificuldades que a mulher passa durante esses nove meses é preciso ter reconhecimento de toda uma vida. Ao observar a luta que a Liza trava todos os dias, fico imaginando a injustiça que será se o nosso filho um dia destratá-la por qualquer razão.
Neste momento fico imaginando como fui cruel com minha mãe. Quantas dores de cabeça eu causei a ela, sendo que o sofrimento que ela teve para me gerar e parir foram incalculáveis, e não chegam se quer perto do que eu causei. Não há como se desculpar disso tudo, até porque, os erros cometidos são por desconhecimento. Ninguém erra por que quer, e sim por não saber. Mas a reivindicação que faço é para que nós, pais, possamos ser reconhecidos de que o nosso sofrimento solitário e sem reconhecimento social, passe a ser visto de outra maneira, pois ao ver a pessoa que amamos sofrendo, a gente sofre também pelo sentimento de incapacidade. Quando nós homens observamos a sobrecarga de tarefas maternas, sofremos por não termos a habilidade necessária para socorrer. Isto nunca é visto pelas mulheres.
Nós homens neste momento só podemos fazer uma coisa: prover. É tendo no caso, dinheiro para proporcionar conforto, tranqüilidade, segurança, bem estar e principalmente a promoção das melhores possibilidades para que tudo dê certo. Mas dinheiro não é tudo, afinal, na natureza não existe dinheiro, que é uma criação do homem. Nós homens temos que amar... e amar além do que nós somos capazes. Amar na essência, com tolerância, com cumplicidade, com ternura, com delicadeza, com silêncio e até com dúvidas, pois, a mulher, que é um ser imaculado, é capaz de sentir tudo que é de bom para um filho, o mesmo para com o marido, afinal dois se unem para formar outro. A palavra de ordem é: comprometimento.
Quer observar se um casal promove o amor, veja a qualidade dos filhos produzidos por eles. Os filhos nada mais são do que reflexo do sentimento que os pais depositam no dia a dia. Hoje eu entendo que para existir seres humanos adequados, é preciso que haja boa família. E isso não é fácil, pois homens bem forjados é preciso ter famílias bem estruturas e nossa sociedade caminha para um lado contrário.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-24938852647229579572010-01-04T19:34:00.001-02:002010-01-04T19:35:35.047-02:00O medo da aposentadoriaNeste dias de muitas festas assisti uma cena que me chamou atenção por vários motivos. Meu cunhado vai se aposentar e ao invés de estar feliz, demonstrou muita preocupação. Estou com 43 anos de idade e nunca me passou pela cabeça chegar até a aposentadoria. Vou recorrer a previdência privada, pois certamente a do Governo não me é possível. Mas para meu cunhado não. Ele sempre recolheu a aposentadoria, onde trabalha também fazem o recolhimento e o que seria algo de muita alegria, percebi um tom de frustração e medo da parte dele.
Num primeiro instante imaginei a queda do ritmo de vida dele. Depois mudei de idéia em virtude de que cheguei a conclusão de que quem decide esse ritmo somos nós, e não nossa atividade profissional. Então, pensei que seria o fato dele deixar de fazer o que gosta, que no caso é ser dentista. Também mudei de idéia, até porque ele pode perfeitamente continuar a fazer os atendimentos numa quantidade menor. Cheguei a pensar que seria algum problema físico, mental ou até algo mais complexo distante de minha compreensão, porém, diante da cumplicidade que tenho com minha irmã, talvez eu soubesse de algo neste sentido. Então porque a preocupação?
Marotamente aproximei-me dele e na primeira oportunidade que tive toquei no assunto. Daí veio a explicação: meu cunhado Rolando Battistetti Filho, que vai se aposentar, não acredita na manutenção da aposentadoria por parte do Governo Federal. Puro descrédito político-administrativo. Nunca imaginei que meu cunhado, conhecido na família como “Rolagaiver”, numa referência aquele seriado da televisão “Profissão Perigo”, que tinha na personagem Macgyver, o solucionador de todos os problemas com engenhocas e improviso em todos os momentos, tivesse esse tipo de preocupação didática. Meu cunhado é capaz de resolver todos os problemas que existam. Da maneira dele, mas resolve. Será que, agora, aposentado ele vai deixar de buscar soluções para curtir melhor a vida? Será que ele deixa de ser solução para ser problema?
Se bem conheço meu cunhado (e olha que este grau de parentesco não é dos mais simpáticos), ele encontrará uma solução para esta situação que tornou-se uma tormenta na vida dele, pois, mesmo contribuindo para a previdência por longos anos, nunca achou que chegaria na melhor idade tão rápido. Ele já superou meio século de vivência e certamente terá outro meio século para ser o elixir da revitalização de nossa família. Afinal, com mais de 50 anos é de dar inveja a qualquer jovem, com o físico que tem, rapidez de raciocínio e agilidade incomuns, que certamente devem ser os problemas visíveis da aceitação da aposentadoria.
O descrédito do Dr. Rolando Battistetti Filho é igual a de centenas de milhares de brasileiros que sonhavam em ter uma qualidade de vida melhor, e passaram a ser visto como algo descartável por culpa de um Governo que trata muito mal as pessoas que acreditaram no programa desenvolvido pelos governantes. O preconceito, penso que seja ainda o problema maior, antes mesmo da péssima administração pública quanto a previdência social, e a desigualdade entre recolhimento e recebimento. Minha mãe Marlene, ao se aposentar encontrou uma qualidade de vida melhor, mas sem filhos. O marido dela, o figuraça do Arnaldo, esbanja sabedoria quanto a aposentadoria, pois aposentou-se muito cedo, e tenho certeza que meu cunhado, em breve encontrará a disposição e a coragem de assumir a idade, a nova fase da vida e a visão dos verdadeiros professores da vida, pois não será do ganho da aposentadoria que ele deixará de cuidar da família e principalmente de assessorar minha irmã.
Também não acredito na aposentadoria pública, por isso dou preferência para a privada, no entanto acredito que o dom maior é chegar bem a este estágio, afinal ninguém consegue ter vitalidade, disposição, saúde, inteligência, motivação, físico, e tantas outras necessidades simples que dependem de nós mesmos, por 100 anos. Isso mesmo 100 anos, que é a idade que temos que almejar. Existem exemplos de que é possível ser muito, mas muito mesmo, feliz com 60, 70, 80, 90 ou 100 anos. É uma questão de desejo aliado a conhecimento com disciplina. Isto pode ser chamado de Sabedoria Plena.
Talvez o que meu cunhado não percebeu é que será difícil se aposentar com qualidade de vida se continuar fumando. Mas este é um outro assunto, afinal, ninguém é perfeito e meu cunhado é prova de que não existe perfeição entre seres humanos. Relaxe e aproveite esta conquista “cunhadão”, pois não são muito que atingem a sua marca, e isso deve ser celebrado.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-49867012962194361272009-12-07T12:45:00.000-02:002009-12-07T12:46:25.074-02:00A Caminhada para o bem-estarSempre tive dificuldades em praticar qualquer tipo de esporte. Não que eu não admira, mas por não colocar a atividade física como uma de minhas prioridades. Meu cardiologista sempre exigiu isso de mim, bem como percebi meu peso elevar-se e já sinto que não posso mais remediar. Ao descobrir que serei pai novamente e agora depois dos 40 anos de idade, conclui que se quiser acompanhar o crescimento deste filho que nascerá, terei que estar bem fisicamente. Só por essa razão já sinto disposição, porém, fiquei envergonhado de ser obrigado a me exercitar por esse motivo. Eu deveria ter esta consciência antes deste novo fato.
Ao acordar de madrugada, horário que percebi ser o melhor possível em meu dia a dia, arquitetei um plano com relógios, roupas adequadas, cronômetros e desenvolvi um planejamento do percurso urbano. Caminho agora 40 minutos diariamente no bairro onde moro. Saio cedinho, e com o horário de verão, muitas vezes antes do sol começar a iluminar. Confesso que é muito complicado, mas percebo que meu corpo, além de gostar ele faz este tipo de exigência. Comecei então a procurar outros motivos para poder incluir este tipo de programação dentro dos meus afazeres cotidianos.
Já descobri técnicas novas de caminhar e tenho diminuído meu tempo a cada dia. Penso, inclusive em aumentar a distância em um novo percurso. O que tem me chamado a atenção hoje em dia não é o fato de caminhar e sim como será a caminhada. Em pouco tempo já identifiquei cinco tipo de pássaros existentes no bairro que me deparo diariamente; já sei onde os gatos dormem e quais os cachorros que existem no meu trajeto; veículos estão estacionados sempre nos mesmos locais, bem como as mesmas pessoas acordam naquele período e fazem coisas automáticas, como eu. Alunos, profissionais liberais, ou até mesmo os funcionários, também se levantam cedo. Como aqueles que levam os filhos para a escola e vão e voltam para casa ainda com cara de sono. Em breve será minha vez.
Hoje sinto falta disso. Os dias que não vou caminhar, seja por causa da chuva ou por culpa do relógio (essa é a melhor desculpa para não sair da cama), fico imaginando como foi o dia desse pessoal sem mim, pois, considero-me parte integrante deste processo de iniciação do dia, porque não me sinto diferente deles, em esperar que tudo isso aconteça automaticamente. Ao caminhar, fico esperando ver todos os tipos de pássaro, os gatos, os cachorros, as pessoas que limpam as frentes das casas ou levam o lixo para a Rua, os carros saindo das garagens e os empregados caminhando para o serviço. Quero acreditar que as mesmas pessoas que vejo, me vêem e esperam que eu passe por ali naquela manhã.
Descobri com isso a força que existe na frase: Bom Dia. Ao dizer isso cinco ou seis vezes logo no começo do dia, sinto que realmente meu dia será bom. Tornei-me dependente deste cumprimento que sempre achei um chavão filosófico de bons costumes, e que hoje sinto na prática como é importante e a força que tem. Mentalmente passo a dizer bom dia, ao longo da minha caminhada aos pássaros, aos gatos, aos cachorros e especialmente as pessoas, que neste caso é verbal. É como se eu caminhasse para isso: desejar e receber um Bom Dia. Foi então que percebi que este meu exercício não é apenas físico e mental: é também espiritual.
Não sei dizer quantos gramas eu perdi nesta caminhada, mas posso garantir o quanto eu ganho ao caminhar todos os dias, na esperança de que minha vida será longa, pois, o que mais quero neste momento é ter saúde para longos anos de prazer com minha família. Cada passo que dou é por mim e pelos outros, e cada satisfação que tenho, acredito compartilhar isso com outras pessoas e mais futuramente com mais pessoas, estando pessoalmente ao lado das que amo sendo saudável, feliz e realizado em ter aprendido mais uma lição que somente a vida oferece às pessoas que buscam conhecimento em tudo que lhe é oferecido. Hoje o exercício que faço é planejar a minha vida aos 50, 60, 70, 80, 90 e depois dos 100 anos de idade, pois caminhar tornou-se uma necessidade e vício espiritual. Minha caminha é para meu centenário.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-8035424999690136942009-10-16T14:57:00.001-03:002009-10-16T14:58:36.422-03:00A paralisia infantil em breve atacará às nossas criançasAo observar o desinteresse da população em vacinar as crianças contra a paralisia infantil, começo a acreditar que em breve o Brasil voltará a ter casos de paralisia infantil registrados. Da mesma forma que a febre aftosa voltou, a dengue voltou, a gripe voltou e assim sucessivamente. Tudo por falta de envolvimento da sociedade e de doenças em que a mudança no comportamento humano é a maior arma contra esses vírus que matam. Fiquei decepcionado em ver que a Secretaria Municipal da Saúde teve que adiar por três vezes o encerramento da campanha, e mesmo assim não atingiu a meta de 100% de vacinação, tão pouco a meta aceitável pela Organização Mundial da Saúde. Uma vergonha.
Para quem não sabe de primeiro de janeiro a primeiro de julho de 2009, foram registrados 600 casos de paralisia infantil (poliomielite) em todo o Mundo, contra 714 no mesmo período de 2008. No total, o mundo contabilizou 1.652 casos de pólio no ano passado, e as estimativas para 2009 ficam em torno de 1.200 casos, mostrando que a doença continua recuando, diante de todo o esforço que os agentes de saúde, os rotarianos, voluntários, os médicos e enfermeiros se dedicam nesta causa.
Segundo estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), de primeiro de janeiro a primeiro de julho deste ano, tivemos 160 vítimas da paralisia infantil nos chamados países reinfectados. E que fique claro: a pólio hoje em dia é realmente considerada endêmica em apenas quatro países: Índia, Nigéria, Afeganistão e Paquistão. Mas para a minha surpresa, 15 países africanos, onde a doença vem sendo registradas, mesmo que com poucos casos, voltaram a ter a paralisia infantil como problema preocupante. Agora são 19 Países em que o vírus é uma ameaça.
O que assusta é que estes 160 casos contabilizados nos países reinfectados, neste primeiro semestre de 2009, já ultrapassaram a soma de todos os casos registrados nessas mesmas áreas ao longo de todo o ano de 2008, que foi de 146 casos, ou seja, em termos absolutos, a pólio está recuando, não há dúvidas, mas o vírus voltou a se alastrar, ainda que de forma tímida, em áreas onde já havia sido controlado. Não atingir a meta estabelecida para vacinar todas as crianças é uma ameaça para que este malefício volte a afetar seres humanos dos mais vulneráveis e que carregarão esta marca pelo resto de nossas vidas.
Como bem diz o médico ortopedista, Darci Cavalca, que faz uma série de palestras de alerta sobre a paralisia infantil, inclusive mostrando fotos chocantes da doença, não podemos baixar a guarda. A qualquer momento esse vírus pode chegar até aqui, em questão de horas, e se as nossas crianças não estiverem protegidas, serão vítimas da doença. Para que uma criança contraia a pólio, mesmo num país onde a doença é considerada erradicada, e onde a maioria absoluta da população está sendo vacinada, como é o caso do Brasil, basta que ela não tenha tomado a vacina e entre em contato com o vírus que só ataca seres humanos, ou seja, havendo os cuidados de saneamento básico, fica mais difícil do vírus sobreviver, porém, não são essas as nossas realidades no Brasil, no Estado de São Paulo e em Marília.
Ao observar a volta da Dengue, que apenas o comportamento humano pode combater o mosquito, e agora ver o que a Gripe está fazendo com a humanidade, passo a temer pela paralisia infantil que também depende da mudança do comportamento humano para ser evitada, seja nas políticas públicas de saneamento como o de vacinação. O primeiro caso, depende dos nossos governantes, mas o segundo não. Um pai ou uma mãe que não leva uma criança para ser vacinada contra a paralisia infantil deveria ser processada na Justiça como ameaça à sociedade como qualquer outro irresponsável é punido na Justiça Criminal, o que não me parece ser uma preocupação das nossas autoridades, que preferem multar e punir quem não tirou um título de eleitor do que um adulto que não protegeu o próprio filho e colocou em risco as demais crianças.
É lamentável o ponto que a ignorância humana chega. Sem contar os problemas que uma criança com paralisia infantil provoca na sociedade, além os dela próprio. Daí o pai ou mãe aparece com cara de piedade e boa parte da sociedade fica com pena da família. Concordo com o ato de solidariedade com a criança, mas defendo que o pai ou a mãe deveriam ser punidos por não terem se preocupados com o próprio filho, pois as campanhas de vacinação são amplas, gratuitas e estão cada vez mais próximos dos mais ameaçados.
Penso que chegará o dia que a campanha terá que ser em porta em porta. Mas para isso o vírus terá que voltar a ser um problema. Hoje é apenas uma ameaça, mas como dizem: é preciso que o mal aconteça para que providências sejam tomadas. Quando é que aprenderemos que a prevenção tem menos custo financeiro e logístico? Será preciso mais crianças morrerem ou serem vítimas da paralisia infantil para que a sociedade desperte? Enquanto que o problema não for seu, não se faz algo. Aliás, o que o amigo leitor ou leitora fez para que a campanha atingisse os 100% das crianças? Só levou para vacinar as próprias crianças? Acha que isso é o suficiente? É melhor do que nada, mas ainda não resolve. É preciso levar as próprias crianças e fazer com que outras sejam vacinadas também, senão os conceitos de fraternidade, conscientização social, humanidade, dentre outros, terão que ser revistos.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-68405551237547593302009-10-02T21:03:00.002-03:002009-10-02T21:04:03.520-03:00Trabalhar em equipe chega a ser antiéticoAssisti com atenção a entrevista do tricampeão mundial de Fórmula 1, o brasileiro Nelson Piquet, em defesa do filho, que foi o pivô do banimento do chefe da equipe dele, na época, Flávio Briatore, do automobilismo mundial. Recordo-me da batida no ano passado, mas sendo um carro de fórmula 1, naturalmente espera-se sempre algo destruidor. A preocupação sempre é se o piloto sofreu algum ferimento fatal ou não. Talvez todos os telespectadores até gostem de ver batidas, trombadas e quebras dos carros. Coisas que são anormais. Natural do ser humano, pois, o que é anormal sempre chama e chamará a atenção, até o fim dos tempos.
Considero o comentarista Reginaldo Leme, com quem tive o prazer de viajar junto muitas vezes quando ele acompanhava o futebol nos anos 80, um dos melhores e maiores especialistas do mundo, no que se refere automobilismo. Inclusive, ele é sobrinho de um ex-técnico de futebol, o folclórico João Avelino, aqui da cidade de São José do Rio Preto. A entrevista, conduzida por ele, foi muito fraca. Ficou nítido para mim, que Nelson Piquet, que nunca gostou de entrevistas, convidou Reginaldo Leme, que “dizem”, foi o primeiro a denunciar a trama de Briatore envolvendo Piquet Filho. Percebi que o tricampeão Nelson Piquet quis demonstrar que foi ele quem fez a denúncia e não o filho, inocentando o jovem piloto do que acontecera. Talvez tenha ficado pior, pois, se o menino aceitou e cumpriu, passa a ser parte envolvida. No entanto, sendo subordinado à Briatore, ele foi “obrigado” a fazer a manobra do acidente. Considero essa obrigação correta. Não entendo muito a questão de denunciar isso, depois que o dispensaram da equipe Renault.
Já assistimos comportamentos semelhantes. Um manda e outro obedece, ainda mais esporte da F-1. Barrichelo foi o campeão da submissão. Não tenho dúvidas de que se ele enfrentasse esse poder hierárquico, já teria sido campeão mundial, mais de uma vez. Ele é um excelente piloto. Mas, também, aceitou ordem do chefão e teve a carreira rifada. Senna e Prost fizeram isso mais de uma vez. O próprio Schumaker fez isso de forma até mais vergonhosa. Hamilton fez recentemente uma barberagem proposital, de olho no campeonato. E o Alonso, então? Fez coisas parecidas. Isto quer dizer que: na competição acontecem coisas estranhas, que a meu ver é o trabalho de equipe, ou seja, quando se trabalha em equipe atitudes antiéticas são possíveis? Não podem ser desta maneira.
Acompanhando o esporte por muitos anos, quando tive oportunidade de trabalhar na Rádio e TV Bandeirantes, Rádio e TV Record e Rádio e TV Gazeta, todas de São Paulo, vi coisas que me fizeram desacreditar em esporte profissional. Os resultados são maqueados, sempre que houver necessidade e que a maioria será beneficiada. No futebol, por exemplo, isto acontece, porém, muitas vezes o combinado dá errado, e daí a gente observa alguns absurdos em finais de título brasileiro ou estadual. Futebol não tem lógica e daí o combinado nem sempre dá certo.
Conheço pessoalmente o Nelson Piquet Filho. Quando eu acompanhava a performance do piloto mariliense João Barion Neto, nas pistas de Kart, vi esse garoto filho de um tricampeão subir em muitos pódiuns, sempre de forma educada, pois é uma pessoa super educada, mas que foi obrigado a obedecer o chefão Briatore, o que qualquer um de nós faria da mesma forma, como campeões mundiais já fizeram e muitos farão. Não é esta a observação que faço da entrevista. O que me chamou a atenção foi ver um pai, super correto em sua carreira, não aceitar esse tipo de situação, sendo campeão três vezes nunca aceitou e sempre peitou os chefões, e percebeu a situação ridícula do filho que tem um grande potencial para o automobilismo. Pai nenhum agüenta isso, sem fazer nada.
Piquet pai e Piquet filho não viveram juntos. Senti um pai desesperado em ajudar o filho, e promover um depoimento no Fantástico querendo ajudar o filho de alguma maneira, pois a palavra dele pesa no automobilismo mundial, como pesou. Espero que este episódio venha a unir pai e filho, como sempre deveria ser independente do que aconteceu com a família. Nada justifica a distância de um pai com o filho. Como disse a um grande empresário de Bauru, que me ligou estarrecido com a entrevista de domingo: Quem admira o tricampeão Piquet, continue admirando, pois, a entrevista foi o desespero de um pai, querendo que o filho tenha outra oportunidade. Que o filho cometeu um erro (que muitos cometem) e que aprendeu a lição: que no esporte é preciso ser mais do que campeão, e que muitas vezes, ao pensar na equipe agimos de forma antiética.
Constantemente a vida nos dá sinais estranhos que custamos a entender, e que no final dá tudo certo. Como diz o ditado: No final dá tudo certo. Se não der, é porque não chegou o final. Espero que Piquet pai e Piquet Filho estejam mais unidos, pois essa união vai nos trazer um super campeão de Fórmula 1. A tendência é que os filhos sejam melhores que os pais. Se forem bem preparados, todos com certeza serão.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-89071353519545122512009-09-24T19:55:00.001-03:002009-09-24T19:56:17.733-03:00ARTIGO - O que será que está acontecendo?Fiquei assustado quando vi as imagens na TV da chuva de areia que invadiu a Austrália. De um lado, água. De outro, seca. E agora vem a areia. Passei a refletir o que pode estar acontecendo de tão sério para que a natureza reaja desta forma tão violenta. Seca, enchentes, degelo, tsunamis e outras formas terríveis de manifestações naturais, que não deixam de ser sinais para que o ser humano passe a prestar mais atenção no que vem fazendo com o Planeta Terra.
É cansativo dizer, mas há tempos que esta agressão vem sendo demonstrado de diversas formas. As denúncias são tantas que as imagens que aparecem na TV todos os dias, passaram a ser tão corriqueiras que nem prestamos mais atenção. Essa chuva de areia me fez parar para perceber isso. Tem gente que acha linda a imagem das geleiras se derretendo, ou até mesmo de áreas desérticas. Não tenho dúvidas de que tudo isso é um alerta de que é preciso fazer alguma coisa.
Coincidentemente os líderes de todas as nações estão reunidos na ONU, em New York, para falar sobre o assunto. Coincidência? Não acredito. A vida é feita de sinais, e pelo visto não estamos sabendo interpretar a reação da natureza. Acredito que os problemas que vivemos hoje, com chuvas exageradas, secas intermináveis, ventos cada vez mais velozes, e agora a chuva de areia nos centros urbanos, são demonstrações de que é preciso fazer algo para que tenhamos um Planeta Terra melhor para os nossos filhos. Mas o que eu posso fazer?
Sinto-me escravo de uma série de hábitos que não consigo mudar. Estou esta semana sem meu carro, que está na oficina graças a um motorista de caminhão desatento que me encontrou no caminho, e percebeu isso tarde de mais. Estou aleijado. Não consigo ir a lugar algum a pé, ou ficar na dependência do outro. Como posso viver sem um automóvel? Observo que este é o maior equipamento que tenho que ajuda acabar com a camada de ozônio, porém, tenho uma dependência umbilical com este equipamento que não consigo viver sem. Será que eu me desfazendo do carro ajudaria em algo, para preservar o Planeta Terra do super aquecimento? Penso que não.
Mais uma vez chego a conclusão que sozinho não posso fazer nada. Achei interessante a manifestação do Dia Internacional Sem o Carro. Justamente na semana que fiquei, inteirinha, sem meu carro. Que horror. Acredito que terei que pensar em outra forma de ajudar, pois o pouco que tenho acesso, sempre chegarei a conclusão de que minha ação é infinitamente pequena, da necessidade que o Planeta pede. Mas farei minha parte: vou procurar utilizar cada vez menos o meu automóvel. Vou ressuscitar minha bicicleta, comprar um tênis muito bom e investir nas caminhadas... epa!?... desta maneira posso aproveitar e perder uns quilos de gordura, melhorar minha condição física e revitalizar meus hormônios. Vi vantagem.
É sempre assim: é preciso ter vantagens para promover mudanças de comportamentos radicais. Ao investir na saúde poderei fazer a minha parte para diminuir o aquecimento global que por conseqüência agredir menos a natureza. E mais: com a diminuição do uso de meu carro, passarei a investir menos em manutenção do veículo, ou seja, tenho inúmeras vantagens caso eu me proponha ajudar a diminuir o aquecimento global. Assim sendo, vou procurar investir em mim, que ajudarei o Planeta Terra. Mas espere ai? Então quer dizer que eu investindo em mim, ajudo o Planeta? Como sou burro mesmo... Mas será que sou o único?Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-17058179918983593712009-09-15T21:34:00.001-03:002009-09-15T21:35:29.669-03:00Pensei que não fosse possível, mas éImpressionante como todos nós custamos a acreditar em algo que nos é falado da boca para fora. Sempre ouvi dizer que em determinados países a conscientização no trânsito era diferente no Brasil. Sabe aquelas histórias de que o brasileiro é o pior motorista do mundo e que os estrangeiros é que são maravilhosos? Pois bem. Estive recentemente na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, e tive a oportunidade de testemunhar algo surpreendente: motorista de carro brasileiro com consciência e educação no trânsito. Isto quer dizer que eu pensava que não fosse possível ver isso, e acabei vendo e participando do fato.A cidade de Gramado é encantadora. Nada é parecido com qualquer cidade paulista. A arquitetura é diferente, o clima é especial, as ruas e calçadas devidamente planejadas, lojas encantadoras, flores.... muitas flores.... e em todos os lugares... realmente é uma cidade nada brasileira. Dois detalhes que me chamaram muita atenção: semáforos e fios elétricos suspensos. Simplesmente não existem. A Avenida principal, chamada de Borges de Medeiros, é a mais longa, a mais larga e a que reúne os principais estabelecimentos comerciais. Toda nivelada, sem um semáforo e todos os fios (elétricos e de telefonia) embutidos.Pode parece coisa de arquiteto, ou urbanista maluco, mas realmente a impressão é outra sem aquela teia de fios em todos os postes de Rua. A impressão que se dá, aqui no Estado de São Paulo, é que tendo poste é para pendurar fios. Seja qual for: cordas, fios elétricos, telefonia, TV a cabo, iluminação e por ai vai. Em Gramado o poste tem somente lâmpadas. Todos eles são padronizados, e ainda de uma forma que a arquitetura da Rua absorva de forma natural, sendo imperceptível na visão do cidadão.Uma cidade em que o turismo é o principal produto do município, taxi e carros especiais de transporte são muito comuns transitarem para lá e para cá. Existe até um restaurante que oferece uma “limusine” para buscar os clientes e levá-los de volta. Diante de tanto carro, imagina-se que qualquer cabeça de bagre é o motorista. Engano. Os que eu tive oportunidade de conhecer, eram todos bem educados, solícitos e sempre demonstrando interesse em ajudar e auxiliar no que fosse preciso. Uma simpatia a toda prova.Numa das corridas entre o local do evento que fui e o hotel, peguei um taxi e conversava com o motorista durante o trajeto. Enrolei, até perguntar: “Esta cidade não tem semáforo?”, para minha surpresa o rapaz respondeu: “Não”. Curioso que eu estava, indaguei: “Porque não?”. Pacientemente o motorista, sem se irritar e sem olhar com aquele pensamento que me acusara de imbecil, respondeu: “Aqui a gente acredita que povo educado não precisa de semáforo”. Não foi preciso me dizer mais nada. Entendi perfeitamente a mensagem e parabenizei não só ele pelo comportamento, mas a forma dele pensar.Realmente em Gramado (em Porto Alegre também percebi isso), quando o pedestre pisa na Rua ou Avenida, o motorista reduz ou pára o veículo. A velocidade não é exagerada e existe tempo para tudo, sem a necessidade de buzinar ou gritar. Fiquei impressionado com o comportamento e a forma de pensar neste sentido daquelas pessoas, pois já assisti em São Paulo e até mesmo na cidade de Marília, cenas bárbaras de pura selvageria.Ainda não acreditando que havia percebido isso, pensei que fosse algo de minha imaginação e ainda contaminado com o entusiasmo e ansiedade que me acompanham em todas as viagens que faço. Ao encontrar Liza, minha esposa e amada, ela faz o mesmo tipo de comentário que o meu, mas antes que eu pudesse lhe contar a experiência que presenciei. Se eu que sou um “búfalo”, percebi isso, imagine Liza, que mais parece uma “borboleta”. Conclui que o comportamento do motorista é comum naquela cidade e região, o que me faz crer que seja possível um dia enxergar isso nos motoristas paulistas.Para aqueles que ficaram pensando o que eu fazia sozinho no Taxi? Respondo de imediato: Enquanto eu participa do evento, Liza foi conhecer todas as lojas da cidade, e para minha surpresa não comprou quase nada. Pensei que isso não fosse possível, mas é.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-86714049338171721302009-09-09T16:53:00.000-03:002009-09-09T16:54:10.071-03:00Não é possível viver sem InternetSei que muitas pessoas podem não concordar comigo, mas a cada dia que passa percebo que a Internet chegou para ficar e fazer parte de nossas vidas. Ao participar recentemente de um evento específico sobre comunicação na Web, em São Paulo, fiquei surpreso ao notar que este comportamento a cada dia que passa está se tornando um hábito comum entre os seres humanos. Vejo que as facilidades de comunicação estão cada vez mais intensas e só não se comunica de forma rápida, direta, prática e objetiva quem não quer ou quem não sabe. O fato de não querer é uma alternativa, mas não se comunicar por não saber, é algo preocupante.
Fico assustado toda vez que ouço de uma pessoa, conhecida ou não, que afirma não gostar de computador e Internet. Neste mesmo instante, passa em minha mente se aquela pessoa é normal ou não, pois, como é possível viver bem sem lidar com tudo isso? Pode parecer meio neurótico, mas não consigo imaginar uma pessoa que não tenha conhecimento de Internet, ou lidar com um computador para troca de e-mails, ler sites e fazer pesquisas. Essas pessoas que afirmam não gostar, ao avaliá-las melhor percebo que existem outras dificuldades no dia-a-dia daquela pessoa, e a afirmação de que não gosta, na verdade é de que desconhece o trato com tantos equipamentos.
Ao ouvir a professora Elizabeth Nicolau Saad Corrêa, uma autoridade em comunicação digital, tive a certeza de que somos obrigados a entender todos esses mecanismos, por bem ou por mal. Melhor que seja por bem, pois desta forma o que seria uma briga com a máquina, passa a ser algo prazeroso. Carolina Frazon Terra em seu livro: Blogs corporativos – modismo ou tendência? Comenta exatamente sobre esta comunicação direta e mais informal com diversos públicos. Orkut, Faceboock, Twetter, MSN, e tantas outras ferramentas de Internet, são instrumentos que precisaremos saber manipular para poder nos comunicar de forma adequada.
Ouço dizer que as páginas de relacionamento na Internet são perigosas. Uma faca também é perigosa, porém serve para passar manteiga no pão, até matar uma pessoa. Depende da forma como utilizá-la. Não acredito que um site pessoal seja perigoso, mas o que nada vida não é perigoso? Carro? Avião? Bebida? Cigarro? Comida? Respirar? Enfim, para andar para frente é preciso se desequilibrar, e assim sendo, como diz a propaganda do famoso jornal: o que movimenta o mundo são as perguntas e não as respostas.
Amigo leitor nunca diga que não sabe mexer com Internet, que não gosta de computador e que não se liga muito para as páginas de relacionamento. Você pode ser caracterizado como uma pessoa ignorante. Não saber usar telefone celular para enviar mensagens, também é outro indicativo que você faz parte do passado, e por tudo isso, pode não ser levado a sério. Assim sendo, esforce-se. Procure entender, manipular e até utilizar essas ferramentas de comunicação que são espetaculares, e tenho certeza de que a partir do momento que você começar a entrar no “Mundo da Net”, você encontrará amigos, pessoas iguais a você e saberá interagir com os seus defeitos virtuais e verás que para evoluir é preciso fazer muitas coisas de que não gosta e que talvez traga até uma certa dor... Que essa dor não seja de indiferença, pois se todos navegam pela Internet, você vai querer ficar fora disso? A Internet não tem volta, sendo assim, passe a aceita-la e enfrente mais esse desafio. Tenho certeza que vai gostar.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-7144935957051165022009-08-26T19:29:00.002-03:002009-08-26T19:31:11.981-03:00O Rio de Janeiro continua lindoTive a oportunidade de visitar recentemente as cidades de Volta Redonda e o Rio de Janeiro. Novamente fui me apresentar numa de minhas palestras e retornei mais encantado do que fui. Não conhecia a cidade de Volta Redonda, que detém o título de: a Cidade do Aço, em razão da usina da CSN ter uma grande influência naquele município. Além de fazer novos amigos fiquei encantado com a beleza da cidade, a organização e a qualidade das pessoas. O Rio de Janeiro, como diz a música de Gilberto Gil: continua lindo. Estive na capital do Rio há 20 anos atrás, nas minhas andanças pelos campos de futebol de todo o Brasil, quando fui cronista esportivo da capital paulista. Mas por falta de cultura e conhecimento na época, não pude aproveitar este período para conhecer as capitais e cidades que tive oportunidade de visitar como eu deveria. O Rio de Janeiro é mais conhecido por mim, pela televisão do que pessoalmente, pois conhecia muito bem o trajeto do hotel até o estádio, e só.
Ao lado de duas pessoas iluminadas que tive o prazer de conhecer em Volta Redonda, Mara e Carlos Freire, fui apresentado a uma série de locais da cidade do Rio de Janeiro que só conhecia por fotografia, filmes e comentários. Pude perceber o motivo de chamar a cidade do Rio de Janeiro, como a Cidade Maravilhosa. Admito que eu pensava que se tratava de marketing, de propaganda e de pura campanha da TV Globo em favor do Rio de Janeiro, do que a realidade pura e simples. O Rio de Janeiro é simplesmente maravilhoso por um conjunto de situações que pude sentir e perceber nos dias que passei.
Os meus cicerones me levaram em muitos lugares com riqueza de explicações e demonstrações. O que eu adorei é que eles além de mostrarem para mim o local, falavam sobre ele. Senti muitas saudades da companhia da Professora Rosalina Tanuri, a historiadora de Marília, nesta ocasião, pois sempre que é possível conversamos a respeito da história das cidades. No entanto, vi ruas e avenidas largas, calçadas planejadas, prédios encantadores, muita arborização, limpeza, pavimentação boa, e uma receptividade incomum do carioca. Aliás, penso que a simpatia do Rio esteja no trato do carioca. Como eles sabem ser simpáticos e receptivos. Todos com quem abordei fui muito bem atendido.
Conheci o centro da cidade e fiquei assustado com aquelas ruas estreitas e ainda com paralelepípedos e em alguns casos até amedrontado ao passar por pequenas arestas entre um prédio e outro, cenas que eu via na televisão, mas achava se tratar de exagero de minha parte. Realmente muito do período do império é possível ser visto nos dias de hoje no centro do Rio de Janeiro, bem diferente do que observo no centro da capital paulista. As travessas do Rio de Janeiro são diferentes de São Paulo, sem contar a arquitetura que é incomparável em solo fluminense.
Devo dizer que adorei conhecer este lado do Rio de Janeiro. Sei dos problemas sociais e econômicos que a cidade e o estado enfrentam, mas penso que seja o preço que pagam pela falta de planejamento. Aliás, ao conversar com várias pessoas formadoras de opinião naquela cidade, senti a existência de uma certa diferença entre o carioca e o fluminense. Resquício de um preconceito ainda do período em que o Rio de Janeiro era a capital federal, apartada do estado, sendo unificada de forma obrigada e sem muita explicação.
Percebi a existência de um movimento no sentido de tornar o Estado do Rio de Janeiro de um único povo, o que para mim, pode ser a explicação de tanta indiferença que senti entre determinados segmentos do interior com a capital. Mas fora este aspecto político, quero dizer que o Rio de Janeiro conquistou mais um admirador. Tenho dúvidas se fui influenciado por pessoas apaixonadas pela cidade, ou até mesmo, por companheiros que defendem o Rio de Janeiro por tudo que é mais sagrado, mas quero concordar que a cidade encanta qualquer pessoa que esteja disponível a admirá-la. Pode ser que o diferente nisso tudo seja eu, que estive aberto para receber o Rio de Janeiro como deveria ser, afinal, a cidade faz parte da história do nosso País, e isso é inquestionável. Enxergo, a partir de agora, o Rio com outros olhos.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-18450686643050810682009-08-20T10:55:00.001-03:002009-08-20T10:56:34.261-03:00É preciso saber se relacionar com computadoresNão tenho a menor dúvida de que ainda seremos classificados como sendo do grupo que sabe mexer em computadores e os que não sabem. Tive uma experiência muito interessante esta semana e senti profundamente como a ignorância em lidar com computadores é dolorosa. Fui convidado para uma palestra em Blumenau, em Santa Catarina. Mais de 700 quilômetros de distância, e como meu filho está morando em Curitiba, resolvi ir de carro para passar um dia com ele no sul do País. Eu e Liza (minha esposa) nos arrumamos e nos preparamos, e a minha ansiedade era maior em estrear uma viagem com o GPS de navegação.
Confesso que meu primeiro erro foi achar que a máquina faria tudo por mim. Percebi que ela só faz aquilo que está programado, como eu não tive muito tempo de estudar o manual, resolvi arriscar. Fiz as operações básicas e fomos para estrada. Até Curitiba não haveria problema, pois, conheço a estrada e já fomos várias vezes. Meu receio era para o período após Curitiba. Não sei por qual razão só tinha em mente a estrada BR 116 para Blumenau. Ao chegar em Curitiba a máquina pedia para eu fazer um caminho e eu resolvi ver as placas, como antigamente. Não deu outra: eu e o GPS passamos a não nos entender mais.
A irritação se dava em função de que a máquina me pedia para fazer uma manobra e eu não fazia, pois seguia a placa da BR 116. Depois de admitir que estava perdido, pois as placas sobre Blumenau sumiram e de irritar-me com o GPS que me contrariava, resolvi informar-me na Polícia Rodoviária, e descobri que estava quase 200 quilômetros de distância de Blumenau, que teria que seguir a BR 101 e não a 116. Por eu não estudar o caminho e não ler o manual do equipamento, sofri para entender que todo e qualquer computador foi criado para servir, desde que a pessoa saiba o que quer. Neste caso eu não sabia manusear bem a máquina e tão pouco conhecimento do caminho que eu tinha que percorrer.
O ensinamento maior foi de que as relações humanas sempre prevalecerão. As máquinas certamente vão facilitar nossas vidas, mas é preciso que nós saibamos manipular o equipamento. De nada adianta ter e não saber usar. Nada adianta ter a tecnologia a disposição, e ser resistente ao uso da máquina para a melhora na qualidade de vida. Das vezes que tive que perguntar para uma pessoa onde eu estava, senti que a abordagem humana ainda é a melhor, mas é possível ter ambas. Nada impede de eu ter o GPS, devidamente programado, e ainda manter contato com outras pessoas.
Depois de devorar o manual de instrução e decorar o mapa do caminho de volta, foi quando senti o prazer de ser assessorado por um computador. O mesmo prazer de utilizar um computador, leptop, câmara digital, microndas, aparelhos de DVD, CD, MP3, celular e tudo mais. Esses equipamentos servem para que tenhamos qualidade de vida, e não estresse, raiva, nervosismo ou sentimento de ignorância. O GPS será incorporado em nossas vidas da mesma forma que outros equipamentos essenciais nos dias de hoje, por isso, não adianta resistir: aprenda a manuseá-los senão irá sofrer, e muito.
Esta viagem com o GPS proporcionou a mim e a Liza, mais tempo para conversarmos durante o trajeto que foi prolongado, conhecemos lugares que não estavam no programa, bem como tivemos a sensação de que nestes momentos ruins, nos aproximamos mais ainda, afinal, os problemas também servem para unir pessoas, mesmo elas se amando mutuamente como o nosso caso. Tenho certeza de que esta viagem para Blumenau nunca será esquecida por nós, por várias razões, mas esta parte do uso inadequado do GPS foi a parte que será diferente e certamente a mais engraçada.
Chego a conclusão que temos que enfrentar essas barreiras tecnológicas. Nunca diga que não sabe ou que não gosta, pois isso pode deixar você naquele grupo de “analfamicros”, ou seja, os analfabetos de microcomputadores. Veja como um desafio, pois, enfrentar uma máquina ainda pode ser divertido. Hoje eu domino o GPS, e para ser sincero sinto-me melhor.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1009974275341898387.post-41963841608627399052009-08-07T18:18:00.001-03:002009-08-07T18:20:17.899-03:00Restabelecida a ordem em favor da saúde contra o cigarroConsiderei excelente esta nova lei estadual contra o cigarro. Imagino o quanto será complicado fiscalizar ou até mesmo conscientizar de que se trata de algo bom. Afinal, o perfil do fumante é ser diferente dos demais, e assim sendo será complicado manter esse relacionamento pacífico entre os fumantes e não fumantes. Eu já criei muita confusão por causa disso, e já me indispus com colegas sobre o assunto. Naquela época, certamente fique em situação inferior, pois, o antipático fui eu, que me manifestei contra o exagero do cigarro.
Num mundo em que quase tudo é permitido, percebo que esta lei demonstra que os seres humanos estão melhorando. Nunca gostei de cigarro e nunca tive qualquer intenção de ser fumante. Meus pais sempre me educaram no sentido de que cigarro não faz bem. Cresci vendo que isso era uma verdade e sempre procurei mostrar minha rebeldia de outras formas. Também nunca fui de beber álcool, ou seja, minha contestação como jovem sempre foi na argumentação e nos comportamentos pautados dentro de regras sociais e familiares e tendo o respeito e a hierarquia como sendo indiscutíveis.
Penso que esta forma como minha mãe, Dona Marlene, me educou é motivo de eterna gratidão, pois, com todas as dificuldades que ela teve para educar três filhos, após ser viúva precocemente, nem eu e meus irmãos buscamos no cigarro ou na bebida qualquer alento. Sou da geração saúde, e felizmente vejo que meu filho Murilo, segue este pensamento, sendo um excelente atleta da natação brilhando nas piscinas de Curitiba e do Brasil.
Lamento pelos meus amigos e colegas que fumam. Terão problemas a partir desta lei que dá muitos poderes para os não fumantes. No entanto, fico feliz que isto aconteça, pois trata de mais uma demonstração de que o cigarro faz muito prejuízo à saúde. Pessoas que amo muito, que fumam, me deixam frustrados com este tipo de comportamento. Meu amor por eles não aumenta nem diminui por causa disso, afinal, também tenho meus defeitos e vícios, e sinto-me amado por eles. Porém, o cigarro é algo que está sendo colocado como inimigo número dois da humanidade, sendo as drogas ilícitas como a do primeiro posto. Televisão, Cinema, Esportes, Lazer estão rapidamente abolindo o cigarro de participação.
Penso que a Lei Estadual contra o fumo se não for o penúltimo golpe contra este vício maldito, certamente será o antepenúltimo, pois o último é a morte. Minha frustração é de observar que pessoas intelectualizadas, de mentes privilegiadas utilizam o cigarro como um dos prazeres. Nunca entendi isso, apesar de respeitar. Sempre coloquei esta questão como fraqueza, mas normalmente a gente esconde as fraquezas, enquanto que os fumantes sentiam até prazer em mostrar que fumam, e que de forma aberta diziam que eram fracos. Hoje vejo que muitos se envergonham, e agora além de sentirem envergonhados serão incomodados.
Pode parecer radical, mas acredito que este tipo de proibição é benéfica, dentro das regras de subsistência dos seres humanos em se manterem vivos cada vez mais. Digo isso, porque fumar é uma opção e as conseqüências são inevitáveis. Pior: comprovadamente de que faz mal para quem fuma e para que não fuma e fica perto. Assim sendo, vejo esta proibição como um respeito para quem não fuma, ou seja, a ordem foi colocada de forma correta. Quem quer fumar e se auto prejudicar, que faça isso longe daqueles que querem ser saudáveis, sem a ameaça da nicotina.
Acredito que os fumantes terão seu gesto de fraqueza agora escondidos, como qualquer outro comportamento que temos. Não acredito que esta lei acabará com o fumo, porém, diminuirá a prática de fumar. Que passemos a ter leis iguais a esta do fumo com: bebida, som, ambulantes, panfletagem, guardadores de carro, flanelinhas e tantos outros comportamentos que ameaçam a nossa qualidade de vida. Sem esquecer do eterno combate às drogas ilícitas, que continuam sendo a inimiga número um da humanidade, e nem por isso estão diminuindo. Vamos continuar vigilante contra a ameaça número dois, que também pode não acabar.Márcio C Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/12066658711715199309noreply@blogger.com5