sexta-feira, 31 de julho de 2009

Minha Experiência de ator

Fui convidado pelo meu colega Renato Vernaschi, do Grupo Eximia, a participar de um filme institucional de uma grande indústria alimentícia da cidade de Marília. Foi de surpresa o que para mim tem mais importância ainda, pois, não acredito no acaso. Recordei meus tempos de estudante quando fiz parte do Getamp – Grupo Estudantil de Teatro Amador de Marília – Promove; quando eu e alguns colegas que estudavam no Colégio Promove (Objetivo) fizemos algumas peças teatrais. Foi um período muito gostoso de minha vida que sinto muitas saudades pelos amigos, pelo ambiente e por ter sido muito bom para minha formação. Admito que fiquei muito apreensivo em participar deste filme. Não sabia absolutamente nada o que encontraria. Não tinha conhecimento de enredo, texto, marcação de cena ou coisas do gênero. Se quer sabia o produto que seria filmado. Cheguei a imaginar que, talvez, nem desse certo e ficaria por isso mesmo. Tive que cancelar alguns compromissos o que ficou pesando em minha cabeça, do ponto de vista de ter trocado tempo importante por tempo ocioso. Com todo respeito aos meus clientes, mas foram tempos preciosos de aprendizagem. Conheci novos amigos, nova empresa, e estive ao lado de pessoas inteligentes e de áurea iluminada. Foram momentos mágicos que acrescentaram em minha vida. Mas o que chamou minha atenção nesta experiência de pseudo ator, foi de ver o profissionalismo necessário num trabalho cinematográfico. Quantos equipamentos são precisos. Quantas pessoas conhecidas e anônimas são importantes para a busca da perfeição, aliando a técnica, o conhecimento, o sonho, o desejo e principalmente a arte de buscar a beleza e a harmonia de ações e poses. Fazia idéia da complexidade do trabalho, relembrando os tempos quando trabalhei na TV Record, TV Gazeta e na TV Bandeirantes, mas na área jornalística. Mas era outra época, décadas de 80 e 90, e a tecnologia evoluiu muito neste sentido, mas a busca do ser humano pela cena perfeita ainda, parece-me ser algo inatingível pelo ser humano desta área profissional. Conheci a atriz Silvana, que ficou protagonizada pelo excelente trabalho que realizou no Programa Bambalalão, da TV Cultura. Ela é do ramo e foi quem fez a diferença, por que eu fui apenas protagonista. Não disse uma palavra o tempo todo. Só apareci fazendo o que me pediram para fazer. Os dois jovens, Matheus e Letícia, que participaram comigo, são umas graças e deram um brilho especial no filme, porque a idéia é de uma família (fictícia) utilizando produtos de uma fábrica de biscoito. Cenas na casa, no escritório e na hora do café-da-manhã. Tudo muito agradável, divertido e harmonioso. Nada de estresse, tensão, irritação ou coisas do gênero. Foram momentos muito agradáveis. Passei a verificar que realmente qualquer tipo de produção cinematográfica, seja filme para propaganda, institucional, ou até mesmo como arte, como tem que ser caro mesmo. É muito detalhe para se preocupar. Os artistas devem ganhar muito mesmo, porque não é fácil desempenhar esse tipo de papel. Além disso, percebi a necessidade do conhecimento técnico, acadêmico e principalmente o emocional. Trabalhar nesta área deve ser difícil mesmo para um profissional do ramo, e passo a entender porque poucos dão certos e muitos fracassam. Compreendi a necessidade de que em TV tudo é imagem, e verifico que nem todos que trabalham em TV percebem isso. Meu amigo Renato Vernaschi não faz idéia o que ele proporcionou a mim. Foram tantos os comentários que tive das fotos que coloquei no Orkut, que até conhecidos bem distantes fizeram comentários. Isto me fez pensar que: toda atividade de encenação chama a atenção de qualquer pessoa, pois, não se trata de nenhuma novela, nenhum comercial de TV, ou até mesmo pegadinha. É um filme institucional, apenas, mas que antes mesmo de ser editado, já me proporcionou excelentes momentos. Estou ansioso de ver a obra pronta. Esta minha experiência me fez enxergar a importância dos detalhes, a busca pela imagem perfeita e ainda mais a sintonia de uma equipe numerosa de pessoas em busca do mesmo ideal: fazer o que for possível para fazer bem feito. Sinto-me recompensado pelo tanto que ganhei e desfrutei, pois, novamente aprendi que a harmonia pode e deve unir as pessoas. Não tenho dúvidas de que isto aconteceu para mim, como um sinal de que as oportunidades (das mais diferentes) aparecem em nossas vidas espontaneamente. Basta sabermos aproveitá-las da melhor forma possível: natural. Eu aproveitei e mais uma vez me diverti e aprendi.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Dia do Amigo, ideia de um rotariano

Dia 20 o mundo inteiro comemorou o Dia do Amigo. Admito que inicialmente pensei que fosse mais um tema apelativo para promover as vendas no comércio em geral. Cheguei a comentar certa vez, numa reunião na Associação Comercial de que esse dia não era tão forte, a ponto de ser uma campanha promocional de uma cidade inteira. Puro engano. Realmente a palavra AMIGO tem uma penetração muito grande no conceito entre as pessoas. É de um significado tão grande, que poucas pessoas são capazes de dizer mais do que três ou quatro nomes de pessoas que mereçam o termo AMIGO. Aprendi, então, que o dia tem um significado muito grande. Da mesma forma que faço com outras datas comemorativas, também refleti sobre este dia do Amigo. Primeiro quis saber de onde surgiu, e para minha surpresa descobri que um rotariano foi o autor desta comemoração celebrada em mais de 100 países, inclusive no Brasil. A data marca a chegada da nave Apollo 11 à Lua, em 1969, e por isso foi escolhida pelo rotariano Enrique Febbraro, sócio do Rotary Club de Once, Argentina, do Distrito 4890 do Rotary International. Ele escolheu este marco histórico para a humanidade como forma de simbolizar a amizade universal. E realmente faz sentido, pois, pelo que soube foi a única vez no Mundo que as pessoas se concentraram em três seres humanos independentes de credo, raça, nacionalidade, poder econômico ou coisas do gênero, e a torcida pelo sucesso foi unânime. O fim da Segunda Guerra Mundial e a fundação das Nações Unidas foram sugeridas para marcarem o Dia Internacional do Amigo, mas muito bem lembrado por Enrique Febbraro, são datas relacionadas a violência. A criação do Dia Internacional do Amigo rendeu ao rotariano duas indicações ao Prêmio Nobel da Paz. Tudo a ver com essa organização mundial, presente em 210 Países que tem na Paz e a Compreensão Mundial seus principais focos de ação em favor da humanidade. Fiquei orgulhoso quando descobri isso, pois, como ser humano passei a verificar o dia com maior importância, e como rotariano de verificar que uma simples ação pode mudar os destinos de diversos países. Tenho a absoluta certeza que muitas pessoas se desarmaram espiritualmente ao receberem um Parabéns pelo Dia Internacional do Amigo. Certa vez ouvi do vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, Mauro Celso Rosa, de que amigo é tão raro que temos que guardá-los na palma da mão, que por sinal, é formada por cinco dedos que podem significar as cinco letras da palavra Amigo. Achei engraçada a colocação que ele fez, porém, ao pensar melhor notei que em toda a minha vida sempre pude contar com no máximo cinco pessoas, com o mérito de eu considerá-las como AMIGA. Fiz um esforço muito grande e notei que tinha dificuldade de encontrar uma quinta pessoa para formar esta equipe de anjos da guarda. Para ficar mais fácil, comecei a relembrar pessoas importantes que passaram em minha vida e notei que sempre chega perto de cinco. Não mais que isso. Pessoas que da mesma forma natural, fizeram parte de alguns capítulos de minha vida, e que estão guardadas em minha memória e até hoje sinto falta das presenças delas. São aquelas pessoas que por mais que o tempo passe, a gente não sente que o tempo passou. Quando percebo isso agora, vejo que essas pessoas são especiais, mas atualmente a definição de amigo passa a ser bem complicada. Fica difícil distinguir quem é amigo, colega, conhecido e companheiro. No Rotary International nós dizemos que companheiro é aquele que compartilha um propósito com a gente, enquanto que o amigo é aquele que tem intimidade de pensamento e comportamento. As definições de colegas e conhecidos são mais distantes, e penso que o amigo se confunde mais com o companheiro. Assim sendo, passei a relacionar as pessoas que estão em minha volta e me deparei com uma série de questões, do tipo: o que seria essa tal de intimidade? Ai a coisa ficou mais complicada, mas de qualquer forma, verifiquei que são muitas as pessoas que tenho que eu poderia defini-las como amigas. Foi preciso no Dia Internacional do Amigo eu parar alguns minutos e ver que uma de minhas maiores riquezas é ter um grupo grande e seleto de amigos, pois, se é algo que sempre cultivei nesta vida é a amizade, e neste Dia do Amigo, rendo minhas homenagens àqueles que são meus amigos, pois sou capaz de ter várias mãos, e centenas de dedos. Uma vez rotariano, sou capaz de ter muitos amigos.

terça-feira, 14 de julho de 2009

As decepções que as pessoas dão são presentes de ensinamento

Ao longo dos meus 42 anos de idade já percebi que é possível converter mágoa em lição de vida. Fiz uma reflexão de todas as decepções que tive e percebi que foram ensinamentos valiosos em que eu pude evoluir ainda mais como ser humano. Naturalmente que não gosto de me decepcionar com alguém, mas notei que aqueles que por alguma razão causaram (ou tentaram) me frustrar, me prejudicar ou até mesmo me derrotar, foram os que mais ajudaram no meu crescimento como pessoa. Então pensei: se essas pessoas são as que mais me ajudaram, o que devo pensar daquelas que eu gosto e me ajudam diariamente? A diferença que percebi entre um grupo e outro é que aqueles que eu tenho contato diariamente, que sinto um sentimento bom por essas pessoas, elas me ensinam de forma agradável, enquanto que o outro grupo me dá lições de vida de forma traumática. Não considero nenhum dos dois como ruins, apenas diferentes no sentimento que eu passo a nutrir por aquela determinada pessoa. Não devo compará-las, pois são pessoas de comportamentos diferenciados e antagônicos. Mas de qualquer forma é preciso dar o devido valor a essas pessoas que sempre estão em nossos caminhos. Tenho por hábito não ignorar quem quer que seja. Sempre acredito que todas as pessoas são capazes de ensinar algo, seja de forma verbal ou não. Aprendi muito com as pessoas anônimas, muitos dos comportamentos adequados que adotei e muitos dos comportamentos que jamais utilizarei. Daí, talvez, minha fixação por novelas, filmes, teatro e este tipo de manifestação pela expressão, seja corporal ou facial. Desta forma, todos aqueles que um dia pensei que me prejudicaram, na verdade eles me ensinaram, ou seja, aprendo com todos que estão em minha volta: todos são meus professores. Existe aquela situação que a pessoa por mais sem vergonha que seja, a gente gosta. Vamos deixar de lado a questão sexual. Refiro-me naquela pessoa que a gente sabe que não é aquelas coisas, mas que a gente sente algo bom por aquele ser. Tenho um grupo grande de pessoas assim. Inclusive, hoje vejo que já fui prejudicado por isso, mas que valeu a pena. Mas a decepção que qualquer pessoa pode nos causar, deve ser levado como um sinal de que a vida está nos mostrando que é chagada a hora de rever conceitos e passar a ter um outro tipo de comportamento. Não existe nada melhor nesta vida do que pode falar, tocar, compartilhar e até conviver com pessoas ao nosso redor em que nós podemos olhar de forma profunda. Tenha a certeza de que a Vida é capaz de nos mostrar o certo e o errado. Sempre que me deparo com esta situação, ou seja, quando passo a olhar nos olhos da pessoa que me decepcionou e ela se esquiva, tenho a certeza de que eu fiz aquilo que era possível ser feito sem o sentimento de querer prejudicar. Sempre defendi o pensamento de que ninguém erra por que quer. As pessoas comentem erros por não saberem o que é o certo. Erram por não terem a menor noção de que estão cometendo um erro e que a vida mostra isso através de sinais ou por situações difíceis. É evidente que existem casos patológicos causados por pessoas anormais. Estou observando grupos de pessoas normais e analisando a maioria, daí eu excluo os casos excepcionais. Resolvi escrever sobre isso, pois, uma pessoa que gosto muito e que compartilhou comigo mais vitórias do que derrotas ao longo de cinco a seis anos, e que sempre fiz o que eu podia fazer para ajudar esta pessoa, o marido e a filha, surpreendeu-me de uma maneira mesquinha, maquiavélica e até certo ponto egoísta. Comportamentos que não vejo nesta pessoa, pois, recuso-me a imaginar que eu tenha sido enganado tanto assim, mas como dizem que o amor é cego, passo a enxergar (agora) que as coisas não eram como eu pensava. Mesmo frustrado com esta pessoa, porque via nela um potencial de ser humano muito grande, passo a respeitá-la mais ainda, em virtude dela ter me ensinado a ver a vida e as pessoas de outra forma, de uma forma mais evoluída e possível no Mundo que vivemos hoje. Assim sendo, quero agradecer-lhe por ter passado em minha vida e me ensinado mais uma lição. Lição que jamais esquecerei, como muitas que tive em minha vida de forma agradável (a maioria). Desejo que ela aprenda a lição que estamos estudando juntos, pois do contrário ela continuará sofrendo, porque eu não sofro mais. Já aprendi a lição. Obrigado amiga, mais uma vez, você mostrou para mim o caminho melhor.