terça-feira, 28 de abril de 2009

Vamos começar a batalha ajudando a Santa Casa

A semana que passou registrou uma série de atividades desenvolvidas por funcionários, médicos e dirigentes da Santa Casa de Marília, em função da comemoração dos 80 anos de fundação da maior e mais antiga instituição atuante no município. Foi palestra com o Ministro Tóffoli, Missa com o Bispo do Dom Osvaldo Giuntini, Inauguração da portaria e por fim a sessão solene na Câmara Municipal de Marília. Homenagens mais do que justas e ocasiões das mais importantes, para saudar uma instituição que tem a idade da cidade e presença fundamental para o atendimento público na área da saúde. O que chamou a minha atenção ouvindo tantas pessoas falarem sobre o hospital é a história de seu surgimento, através do maior benfeitor de Marília, Bento de Abreu Sampaio Vidal, que doou áreas para a construção da Santa Casa, do Asilo São Vicente de Paulo, do Educandário Bento de Abreu e da Igreja Maria Izabel, um ao lado do outro. Se observarmos a construção de todos esses edifícios, verificaremos que eles foram erguidos com o desejo de serem um complexo só, mas que o crescimento do Bairro Cascata fez com que se separassem. Tanto que as finalidades destas instituições são todas filantrópicas e voltadas para o centro do quarteirão. A história da construção do Pavilhão Infantil, com a maternidade, quando Cristiano Altenfelder presenteou a esposa com o prédio e os serviços, é outro marco que precisa sempre ser lembrado. Dom Osvaldo Giuntini, na missa celebrada na Igreja Maria Izabel, foi muito feliz ao comentar detalhes interessantíssimos da importância da igreja neste processo de cuidado especial aos necessitados com o advento das Santas Casas de Misericórdia em todo o Brasil, inclusive, em Marília. A religiosidade católica está diretamente ligada a todas as Santas Casas de Misericórdia no Mundo, com sua origem em Portugal e nada mais justo a extensão para o Brasil, desde época em que éramos colônia portuguesa. Outra parte da história muito bonita. O atual provedor da Santa Casa de Marília, o empresário Milton Tédde, foi muito feliz em seu pronunciamento na Câmara Municipal de Marília em recordar a importância dos médicos neste processo de crescimento do hospital. Não tenho dúvidas de que os médicos são os principais parceiros do hospital e são fundamentais para os investimentos e serviços prestados, mesmo com a profissionalização da administração, afinal, cada profissional deve atuar em sua área de ação, e gestores devem administrar e médicos devem medicar, operar e cuidar da saúde do outro. Ao falar da função do provedor e das pessoas que fazem parte da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Marília, Milton Tédde demonstra com riqueza de detalhes, o verdadeiro ato de voluntariado. Mostra, através da história, como era o comportamento do chamado provedor, aquele que tinha o ato de prover, originando o cargo. Milton Tédde lembrou-se de situações pitorescas de ex-provedores e a preocupação de outros voluntários na época, em zelar pelo hospital. Admito que não vejo diferença alguma da preocupação daqueles tempos com os atuais. O tempo passou, mas a preocupação em manter o atendimento da Santa Casa, com qualidade, continuou. Naturalmente com o envolvimento do Estado na gestão dos hospitais filantrópicos tenha dado a idéia para a população de que virou obrigação o atendimento gratuito na saúde. Com a criação do Sistema Único de Saúde a impressão que se tem, é que todos devem ser atendidos gratuitamente, e não parece que seja assim. Existe limite para os provedores e para os atendimentos. Passei a entender o déficit dos hospitais, a partir deste ponto, pois com a limitação dos pagamentos por parte do Estado, como não atender? Ou como continuar atendendo? Quem paga? Mesmo com essa complicação administrativa é importante para uma cidade celebrar os 80 anos de um hospital, sendo um referencial vivo da história de um município. O envolvimento da comunidade necessariamente deve ser cada vez mais intenso, pois, como bem disse o provedor em sua fala nesta semana comemorativa que passou: “um dia todos nós usaremos os serviços, os equipamentos e as acomodações da Santa Casa”. Uma verdade que nos faz refletir, pois uma vez acamado nada será possível ser feito para melhorar o atendimento que lhe será dispensado. Assim sendo, se quisermos ter um atendimento melhor quando formos clientes ou pacientes na Santa Casa, que comecemos a trabalhar agora. Ajudar a fazer do hospital um local adequado para a luta sobre a sobrevivência. Achei interessante a colocação feita ao Ministro Tóffoli, que: quando uma pessoa entra num hospital, deitado numa maca olhando para o teto e vendo paredes sujas, luminárias quebradas, lâmpadas estouradas, ou coisas parecidas, certamente a dedução é de que o tratamento não será dos melhores. Entendi que o paciente quando tem certeza de que o local é bom, os profissionais são bons, os equipamentos são os melhores, a nossa luta interna pela sobrevivência é motivada pela esperança de que no hospital será travada uma batalha de vida ou morte, com chances maiores para a vida. Que façamos este campo de guerra um local favorável a nós, e não ao adversário. É preciso começar a lutar já, para que a batalha final seja mais fácil. Pense nisto. Quando estiver deitado no hospital, poderá ser um nocaute e daí é só esperar a contagem ou a decisão dos juízes, ou melhor: dos médicos.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O exemplo das torcidas organizadas

Consegui neste final de semana assistir as duas partidas das semifinais do Campeonato Paulista pela televisão. Não foi surpresa, para mim, as classificações de Santos e Corinthians, que coincidentemente não disputam campeonatos paralelos como a Taça Libertadores da América, exceto o Santos que disputa a Copa do Brasil, sendo um torneio de nível menor do que o sulamericano. Talvez esta questão deva ser refletida pelos especialistas, porém, o que chamou a minha atenção foram os comportamentos das quatro torcidas organizadas que surpreenderam a todos, principalmente aquelas que tiveram os times desclassificados da final paulista. Por quase 20 anos atuei como cronista esportivo e sempre observei a preocupação com a violência nos estádio. Cheguei a fazer coberturas jornalísticas horríveis de quebra-quebra antes, durante e depois das partidas de futebol nos estádios da capital, de Campinas, Bragança Paulista e no Rio de Janeiro. Foram poucas as vezes que registrei mortes, porém, fui testemunha de muita agressão, violência e destruição de boa parte dos estádios destas cidades. Cheguei a acompanhar muitos confrontos entre torcedores dos mais diversos com a Polícia Militar. Tiros, fogos, pancadaria, prisões e linchamentos eram freqüentes. No entanto, neste final de semana, assisti palmeirenses e sãopaulinos se comportarem como torcidas de primeiro mundo. É de se estranhar, no Brasil, ver a torcida derrotada aplaudir o time que não conseguiu prosseguir no campeonato. Isso precisa ter um destaque na mídia, principalmente, para tentar equilibrar as tantas manchetes de que estádios de futebol são violentos, inseguros e verdadeiras praças de guerra. A mídia deve, e faz, menção sempre que a violência acontece. Deve, e nem sempre faz, menção de quando a torcida se comporta de forma surpreendente como aconteceu neste final de semana, por duas vezes. Talvez se somente num dos jogos isso acontecesse, seria um caso insignificante, porém, foram em dois jogos seguidos entre times que tiveram algumas de suas torcidas organizadas banidas dos estádios, que são os casos da Mancha Verde e Torcida Independente, sinônimos de selvageria. No sábado o Palmeiras perdeu para o Santos e a torcia alviverde aplaudiu e se comportou de forma civilizada. Isto é raro, pois é sabido o quanto os palmeirenses são exigentes, principalmente com a situação delicada que a equipe se encontra na Taça Libertadores e ter sido líder do campeonato paulista inteiro, praticamente. No domingo, o São Paulo perdeu para o Corinthians e a torcida tricolor, também aplaudiu o time pela performance em campo. Ambos os times mostraram em campo garra, determinação e principalmente profissionalismo, que são exigidos pelos torcedores. A vitória é um detalhe. Os adversários foram superiores e mostraram isso com as bolas nos pés e dentro dos gols adversários. O Palmeiras ainda teve o agravante da violência em campo, que não contagiou a torcida, ou seja, os torcedores desta vez foram superiores aos jogadores desequilibrados. Faço uma leitura positiva deste comportamento, no sentido de que é possível resgatar a Paz nos estádios. O exemplo foi dado. O sinal de que isso é possível foi demonstrado no sábado e no domingo, por duas torcidas reconhecidamente violentas. Desta maneira, penso que para um País que pretende sediar uma Copa do Mundo, é possível termos uma organização dentro e fora dos campos. Da mesma forma que dizem que a preparação dos jogadores evoluiu, de que os estádios estão melhores, de que a qualidade dos espetáculos cresceu, estou vendo que o comportamento das torcidas também está num crescente, a ponto de nos fazer acreditar que: crianças, idosos, mulheres e qualquer pessoa comum, podem assistir uma partida de futebol num estádio onde dois times tradicionais se enfrentem dentro de campo. A minha lamentação continua sendo aos dirigentes. É impressionante verificar uma conspiração de evolução em uma série de detalhes quanto ao espetáculo em si, e ainda verificar que dirigentes de futebol se comportam de forma tão mesquinha, pequena, amadora e de forma despreparada. Enquanto as torcidas deixam os estádios lamentando as derrotas dos times, os dirigentes faziam fofocas, intrigas, acusações e justificativas infundadas pela desclassificação das equipes dentro de campo. Ficou comprovado, para mim, que o descrédito do dirigente é cada vez mais latente e que a torcida não agüenta mais ouvir besteiras de cartolas e de alguns cronistas esportivos, que também não perceberam que o futebol em si evolui. Ainda bem que existem muitos times de futebol para torcer e muitas emissoras de rádio e TV para escolher. Falou ou fez bobagem é só mudar. Quem tiver competência se estabelece. Ronaldo, o fenômeno, que o diga.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Feriado é para cansar ou descansar?

Neste mês de abril é o mês do ano com maior número de feriados em dias úteis. Passada a sexta-feira santa e a Páscoa, com todos que converso, o comentário é um só: “Puts... to cansado”. Pelo fato de muita gente ter dito isso, parecendo até que foi combinado, imaginei que fosse um sinal para fazer este tipo de reflexão. Afinal: feriado é para cansar ou para descansar? Faço este questionamento, porque também conclui que estou muito cansado, depois de três dias de folga sem trabalhar. Não quero entrar no mérito se o feriado é correto ou não, se prejudica ou não o comércio e tudo mais. Ou se o feriado é para pensar nos motivos da paralisação. Quero pensar na questão do aproveitamento do tempo e se isso trará qualidade de vida ou não. Muitas vezes deixamos para o final de semana, ou até mesmo para os feriados, uma série de tarefas que não gostamos e que sempre vai ficando para depois. É um conserto aqui, uma pesquisa de preço ali, uma arrumadinha lá, uma revisão de última hora e assim vai. Acredito que todos pensem assim: “Ah... no feriado eu vejo”, ou então: “Ah... no final de semana eu faço isso”, e assim vai ficando até que não tenha mais jeito, e passamos a fazer o que tem que ser feito, de qualquer maneira e a qualquer instante. Procuro ser uma pessoa planejada, mas confesso que são muitas as atividades que deixo para o feriado e final de semana, e no final, acabo tendo que admitir que não fiz nada daquilo que queria e que vou precisar de outro final de semana, ou então, esperar o próximo feriado para concluir o que queria. Sinto-me um idiota, quando chego a esta conclusão, pois percebo que aproveitei muito mal o tempo que tive e que não fui capaz de tomar a iniciativa e fazer o que me propus a fazer, mentalmente, como se eu fosse uma máquina programada para executar tarefas previamente elaboradas com dia, hora e tempo de execução. Por outro lado penso que tudo que deixamos para fazer depois, ou quando o feriado chegar, não é importante. Desta forma, acredito que o nosso cérebro não ajuda a gravar e certamente não estimula a gente a realizar aquilo que não consideramos prioritário. Assim sendo, tudo que aparecer durante a tentativa de fazer aquilo que foi pensado, passa a ser mais prioritário, ficando o que foi planejado menos importante para o final. Penso que seja um problema de foco. Será que a partir do momento que eu focar melhor os meus desejos de finais de semana ou até mesmo dos feriados, terei meu planejamento concluído? Acredito que sim. Desta forma o ideal é fazer um exercício de mentalização e buscar prazer nestas realizações, pois, sei que a partir do momento que houver prazer, meu cérebro fará com que esta atividade seja prioritária. Sou da opinião de que é preciso sentir prazer em tudo que a gente faz. Aprendi que a felicidade é o resultado de pequenos bons momentos. Assim sendo, se eu tiver muitos bons momentos, terei boa parte do meu tempo com a felicidade que tanto desejo. No emprego, na família, na Rua, na atividade voluntária, sozinho, ou qualquer coisa que eu venha a fazer, se eu acrescentar o prazer, é bem provável que eu sinta a felicidade. Não imagino felicidade e prazer separados. Penso que ambos estão ligados diretamente. Quando eu tiver um terei o outro. Não importa a ordem. Posso sentir a felicidade tendo prazer e terei prazer em sentir a felicidade... A partir de agora, seja qual for o feriado ou o final de semana, vou mentalizar atividades prazerosas para reunir os momentos felizes a maior parte do dia. Igual ao que eu faço quando estou desenvolvendo minha atividade profissional durante toda a semana. Igual ao que eu faço quando estou desenvolvendo atividade voluntária pelo Rotary International, que faço constantemente. Da mesma forma que procuro ficar ao lado de minha esposa, filho, amigos e familiares sempre provocando o prazer e a felicidade, pois estar feliz com prazer ao lado das pessoas que gosta, só pode ser algo divino. Que venham os feriados e os finais de semana...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Muitos motivos para comemorar

A cidade de Marília tem muitos motivos para comemorar o aniversário de 80 anos. Ao ser comparada com cidades centenárias e com grande importância no interior paulista, penso que isso seja um boa razão. Sempre que ouço comparações com Bauru, Araçatuba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente e tantas outras cidades com mais de um século de história, fico orgulhoso. É como se fosse aquele caso do jovem entre adultos. Todos pensam que aquele jovem é do mesmo nível que os demais, e na verdade não é. No caso de nossa cidade, estar sempre no grupo de cidades importantes, lhe dá crédito para ser tão importante quanto as demais. Pior seria se estivéssemos num grupo de cidades fracas, pequenas e sem perspectivas. Conheço detalhes da cidade de Marília graças ao incansável trabalho que a historiadora Rosalina Tanuri desenvolve em nossa cidade. Costumo dizer que ela é um patrimônio vivo do município (título que ela não gosta muito), e fiquei maravilhado com a homenagem feita pela rede municipal de ensino, ao desfilar no dia 4 de abril, com uma enorme faixa de agradecimento à ela. Reconhecimento pelo trabalho que ela desenvolve com paixão e encantamento. É impossível não se envolver com a história que ela nos conta sobre o princípio de nossa cidade. Os detalhes que ela apresenta nos conflitos entre os bandeirantes e os índios que aqui viviam são cheios de nuances que só tornam a história mais emocionante. Já li e reli todos os livros que ela escreveu sobre os índios e a nossa história. Fico emocionado todas as vezes. Sempre que passo pelo centro da cidade e me deparo com o trânsito complicado, fico satisfeito. Vejo isso como um sinal do nosso crescimento e desenvolvimento. Ao passar pelos bairros da cidade e ter a sensação de que estou perdido, também fico feliz, pois demonstra que a cidade já não é só feita pelos centros comerciais ou prédios históricos. Quando ouço dizer que as Zonas Norte e Sul já são autosuficientes, fico feliz em observar que a cidade já está num crescente demográfico autosustentável, característico de uma grande cidade. Vejo tudo isso como sinais do desenvolvimento e que toda grande cidade é obrigada a suportar. O que mais encanta-me na cidade é o seu clima agradável e o carisma que a envolve. Não conheço uma só pessoa, que tenha passado por Marília que não fale com ternura o nome de Marília. Conheço muitas pessoas que tiveram a experiência de virem para Marília por causa dos negócios, por estudo, passeando ou até de passagem rápida... Todos falam bem, independente da questão política, social ou profissional. O falar bem é com carinho, com o desejo de voltar e sempre destacando o comportamento acolhedor do seu povo. Os olhos das pessoas chegam a brilhar. Reparem!!! Mesmo admitindo que não somos uma cidade planejada, com visão futurística e principalmente com infra-estrutura adequada, conseguimos passar uma boa imagem, e como diz o ditado: a primeira impressão é a que fica. E nisso, a cidade de Marília com os marilienses são muito eficiente. Temos nossos problemas internos, políticos, preconceituosos e o desnível intelectual e social. Também frutos do desenvolvimento. Temos miséria, desemprego, injustiças e desmandos. Também vejo isso como sinais do progresso. Temos falta de espaço para crescer, distância dos mananciais de água e principalmente área agrícola reduzida para acompanhar o crescimento demográfico. Vejo que são problemas preocupantes para uma cidade que quer crescer e superar as dificuldades, os obstáculos e até mesmo a crença de alguns de que não dá para se desenvolver. Admito que por muito tempo o nosso slogan: Símbolo de Amor e Liberdade incomodou-me. Hoje ouço ou leio esta frase com uma enorme simpatia, pois procurei na história e no dia-a-dia a entender o que o poeta quis dizer com essa frase profunda e que sempre deve nos remeter para uma reflexão sobre o que queremos (tipo de amor) e onde poderemos chegar (tipo de liberdade). Sinto do símbolo do amor, esta empatia que a cidade causa a qualquer um. Observo na liberdade, o desejo de crescer sem ter por onde, sem depender de um segmento e o caminhar forte para o progresso de forma contínua. Sempre digo que nossa cidade não depende de um segmento comercial, industrial e social para se manter crescendo. Marília está na quinta onda do desenvolvimento. Fomos agrícola, somos industrial, temos a tecnologia com as universidades, somos pólo regional do comércio e hoje crescemos na era da prestação de serviço. Já estamos nos preparando para a sexta onda: tecnologia. Acredito serem ingredientes para muito crescimento e desenvolvimento. É por isso que eu acredito nesta cidade e em seu povo, e apesar de não ser mariliense, não aceito que falem que Marília e os marilienses são ruins.Sempre que acontece isso, faço questão de questionar e mostro que a minha cidade com 80 anos de idade está melhor do que muitas cidades com 100, 150 ou 200 anos de existência. E se continuarmos neste ritmo, as nossas comemorações de 100, 150 e 200 anos serão muito melhores do que estamos vendo hoje em municípios visinhos. Alguém duvida?