sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Restabelecida a ordem em favor da saúde contra o cigarro

Considerei excelente esta nova lei estadual contra o cigarro. Imagino o quanto será complicado fiscalizar ou até mesmo conscientizar de que se trata de algo bom. Afinal, o perfil do fumante é ser diferente dos demais, e assim sendo será complicado manter esse relacionamento pacífico entre os fumantes e não fumantes. Eu já criei muita confusão por causa disso, e já me indispus com colegas sobre o assunto. Naquela época, certamente fique em situação inferior, pois, o antipático fui eu, que me manifestei contra o exagero do cigarro. Num mundo em que quase tudo é permitido, percebo que esta lei demonstra que os seres humanos estão melhorando. Nunca gostei de cigarro e nunca tive qualquer intenção de ser fumante. Meus pais sempre me educaram no sentido de que cigarro não faz bem. Cresci vendo que isso era uma verdade e sempre procurei mostrar minha rebeldia de outras formas. Também nunca fui de beber álcool, ou seja, minha contestação como jovem sempre foi na argumentação e nos comportamentos pautados dentro de regras sociais e familiares e tendo o respeito e a hierarquia como sendo indiscutíveis. Penso que esta forma como minha mãe, Dona Marlene, me educou é motivo de eterna gratidão, pois, com todas as dificuldades que ela teve para educar três filhos, após ser viúva precocemente, nem eu e meus irmãos buscamos no cigarro ou na bebida qualquer alento. Sou da geração saúde, e felizmente vejo que meu filho Murilo, segue este pensamento, sendo um excelente atleta da natação brilhando nas piscinas de Curitiba e do Brasil. Lamento pelos meus amigos e colegas que fumam. Terão problemas a partir desta lei que dá muitos poderes para os não fumantes. No entanto, fico feliz que isto aconteça, pois trata de mais uma demonstração de que o cigarro faz muito prejuízo à saúde. Pessoas que amo muito, que fumam, me deixam frustrados com este tipo de comportamento. Meu amor por eles não aumenta nem diminui por causa disso, afinal, também tenho meus defeitos e vícios, e sinto-me amado por eles. Porém, o cigarro é algo que está sendo colocado como inimigo número dois da humanidade, sendo as drogas ilícitas como a do primeiro posto. Televisão, Cinema, Esportes, Lazer estão rapidamente abolindo o cigarro de participação. Penso que a Lei Estadual contra o fumo se não for o penúltimo golpe contra este vício maldito, certamente será o antepenúltimo, pois o último é a morte. Minha frustração é de observar que pessoas intelectualizadas, de mentes privilegiadas utilizam o cigarro como um dos prazeres. Nunca entendi isso, apesar de respeitar. Sempre coloquei esta questão como fraqueza, mas normalmente a gente esconde as fraquezas, enquanto que os fumantes sentiam até prazer em mostrar que fumam, e que de forma aberta diziam que eram fracos. Hoje vejo que muitos se envergonham, e agora além de sentirem envergonhados serão incomodados. Pode parecer radical, mas acredito que este tipo de proibição é benéfica, dentro das regras de subsistência dos seres humanos em se manterem vivos cada vez mais. Digo isso, porque fumar é uma opção e as conseqüências são inevitáveis. Pior: comprovadamente de que faz mal para quem fuma e para que não fuma e fica perto. Assim sendo, vejo esta proibição como um respeito para quem não fuma, ou seja, a ordem foi colocada de forma correta. Quem quer fumar e se auto prejudicar, que faça isso longe daqueles que querem ser saudáveis, sem a ameaça da nicotina. Acredito que os fumantes terão seu gesto de fraqueza agora escondidos, como qualquer outro comportamento que temos. Não acredito que esta lei acabará com o fumo, porém, diminuirá a prática de fumar. Que passemos a ter leis iguais a esta do fumo com: bebida, som, ambulantes, panfletagem, guardadores de carro, flanelinhas e tantos outros comportamentos que ameaçam a nossa qualidade de vida. Sem esquecer do eterno combate às drogas ilícitas, que continuam sendo a inimiga número um da humanidade, e nem por isso estão diminuindo. Vamos continuar vigilante contra a ameaça número dois, que também pode não acabar.

5 comentários:

  1. MÁRCIO...QUE MENSAGEM CONSCIENTIZADORA QUE ESTA PASSANDO..FICO GRATA DE TER ALGUÉM QUE PENSA EXATAMENTE COMO EU EM DETERMINADO ASSUNTO, A MUITOS ANOS LEVANTO ESTA BANDEIRA E JÁ CONSEGUI QUE MUITAS PESSOAS TENHA UMA QUALIDADE DE VIDA MELHOR..PARABÉNS!!!!SANDRA CRAVEIRO.

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  2. Obrigado por me enviar.

    Parabéns pelo seu comentário.

    Ser cidadão é fazer algo como você fez, ou seja participar e não somente votar e achar que está tudo feito.

    Bom final de semana.

    Cap Sergio

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  3. Boa Noite Márcio

    Parabéns pelo artigo, concordo plenamente com suas considerações

    Também não sou fumante, assim entendo que essa lei me favorece bastante. Por outro lado entendo também que ela não é contra os que fumam e sim deseja ela, entre outros objetivos, contribuir para que o fumante deixe esse vício que pode levar à morte.

    O dinheiro que o Estado vai deixar de gastar com tratamento de saúde das pessoas que adoeçem por conto do fumo, poderá (espero) que seja usado para melhorar a própria saude pública.

    Um abraço

    Conte comigo nessa luta contra o tabagismo.

    Sgt Mauricio

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  4. Márcio, sou absolutamente antitabagista! Em matéria do JC de Bauru (07.08.09), o pres. da OAB de SP questiona: por que uma lei contra o cigarro e não contra outras coisas que tb fazem mal? Ora, porque o cigarro afeta DIRETAMENTE a saúde alheia. Eu, particularmente, já sofri muito com o fumo passivo. Se uma pessoa quer fazer tatuagem, por ex., é problema dela, não me afeta. Mas se fuma diante de mim, eu sofro as consequências. Por isso, a lei é pertinente e necessária. Só observei uma consequência negativa, Márcio: mais pessoas fumando nas calçadas, nas quais temos necessidade de passar! Uma pena. Leis ajudam a melhorar o mundo, mas só a inteligência pode salvá-lo!
    Abraços, Érika de Moraes.

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  5. PARABÉNS! Texto forte, porem, sem perder a ternura.

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