segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Porque sou rotariano?



No mês de fevereiro o Rotary International, sempre no dia 23, completa aniversário. Nos atuais 108 anos de existência a reflexão que quero provocar é no sentido de que os rotarianos pensem porque fazem parte desta organização internacional, e os não rotarianos pensem os motivos de não fazerem parte. Diante do principio de que todas as pessoas se sentem bem em ajudar as outras, porque não fazer parte de uma instituição séria que nos ensina a ajudar? Não conheço nenhuma pessoa que não sinta prazer em auxiliar o próximo, seja qual for a ação. Qualquer ação que beneficie o outro nos faz bem. Então porque não fazer isso de forma organizada, freqüente e cada vez mais intensa?

Quando fui convidado para fazer parte do Rotary International, admito que nada sabia sobre esta organização. Na qualidade de jornalista, passei a pesquisar, a ler livros, artigos e reportagens e aos poucos fui percebendo que pessoas muito mais capazes do que eu, utilizam o Rotary International para benefício próprio. Notei que milionários, autoridades, celebridades e até os anônimos, todos se beneficiavam do Rotary International. Então pensei?! Porque não eu? E foi assim que passei a usar o Rotary para o meu bem estar. Comecei a sentir, ver e perceber o prazer em praticar Rotary nas pequenas ações. Notei que minha visão sobre a humanidade e principalmente o interesse em fazer um mundo melhor foi ficando cada vez mais apurado. Passei a enxergar as pessoas como instrumentos de qualidade de vida. Bastasse que eu as convencessem de que era possível viver melhor.

Quando cito a questão de aproveitar do Rotary, é porque acredito no ditado que diz: “mais se beneficia quem melhor serve”. Não existe preço em ver o que um gesto simples que eu faça, pode colaborar por um mundo melhor. É impagável ver uma pessoa sendo beneficiada por uma ação em que eu ajudei a fazer. Não tenho como agradecer as pessoas que são beneficiadas por programas e projetos em que eu tive envolvimento. Aprendi que sozinho eu não sou capaz de mudar absolutamente nada neste Mundo. Eu com todo o potencial que tenho, não represento nada perto do que a humanidade necessita para ser melhor. Então como eu devo fazer para ajudar?

Foi pensando em como ajudar sem ter dinheiro, sem ter propriedades, bens ou até mesmo o “poder material”, que freqüento o Rotary. Como eu poderia ajudar as pessoas, diante de minhas limitações? Foi ai que aprendi. Ao fazer parte de uma organização, ela me ensinará a organizar meus potencias, as minhas qualidades como pessoa e minhas ações fortalecerão o conjunto. Assim sendo, o Rotary como uma organização humanitária, me ensina a ser organizado para ajudar aos outros, sem a necessidade de dinheiro, bens ou qualquer outro tipo de poder superior. O poder que aprendi a ter é o da influência, da articulação e de ter amigos. Tendo isso, sou capaz de ajudar os outros e ser o maior beneficiado disso tudo, e sentir o verdadeiro valor de fraternidade, de companheirismo, de trabalho em equipe, de liderar líderes.

Nunca me esqueço de uma conversa que tive com um motorista de taxi em Goiânia (GO), quando estive lá participando de um evento rotário. Ele queria saber o que é o Rotary, e conversando com ele percebi que ele era mais rotariano do que eu, afinal, ele ajudava mais pessoas e sabia os nomes de cada uma delas, enquanto que eu ajudo as pessoas, através do Rotary, e não sei os nomes dos beneficiados das ações que participo. Uma diferença que pode parecer simples, mas que muda na visão de alguns que observam apenas o ato de ajudar, e não as conseqüências da ajuda. Muitas pessoas são rotarianas e não sabem, e muitos rotarianos ajudam, e muito, a humanidade e não sabem.

Praticar Rotary não é pra qualquer um. Tanto que muitas pessoas passaram pelo Rotary e por alguma razão não permaneceram. Algo de anormal aconteceu, pois, não acredito que uma pessoa de bem que queira ajudar a humanidade não se identifique com o Rotary International. Talvez falte para esta pessoa enxergar que a humanidade que nos referimos está mais próxima do que se imagina, pois, o bem que faço para a humanidade através do Rotary, meus filhos, netos e pessoas que amo, serão beneficiadas, daí a importância de eu fazer parte de uma instituição gigantesca e estruturada que me ensina a ajudar os outros, o que certamente, sozinho eu não saberia fazer, mesmo se fosse milionário, pois, dar dinheiro não é a solução para os problemas do mundo. No Rotary não se faz assistencialismo, beneficências, caridade e muito menos filantropia. Trabalhamos a dignidade, a ética e a sustentabilidade das ações.

Os rotarianos comemoram a data lembrando da fundação da organização, de seu fundador Paul Harris, e como fazer para continuar o trabalho de assistência ao próximo. Os não rotarianos passam a data muitas vezes sem saber que unidos, organizados e estruturados seremos mais fortes para termos um mundo melhor. O Rotary já mostrou que isto é possível, por inúmeras vezes e a história mostra isso. As ações do Rotary são fatos inquestionáveis.

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