domingo, 8 de março de 2009

A mulher é parceira e não adversária

Dizem que todos nós temos um dia especial. Geralmente é o dia do nosso aniversário, pois dos 365 dias do ano, um é dedicado especialmente para nós. Quando temos uma data específica para destacar, seja através de feriado, de homenagens, de reflexão, de ponto facultativo, ou qualquer outra forma, na verdade serve para chamar a atenção de todos, para que pensem sobre aquele dia, aquela personalidade ou aquela história. O comércio aproveita e utiliza isso como motivação para aumentar as vendas, mas não se trata do único motivo, imaginando que existam muitas formas de se marcar um dia especial, e que normalmente é comprando alguma lembrança. Na passagem do Dia Internacional da Mulher, penso que a data sirva para que as pessoas façam a reflexão sobre a participação do sexo feminino no contexto geral de nossa sociedade. Não é para se fazer média com a mulher que está conosco (homens). Também não é o único motivo para se comprar um presente para uma mulher, que pode ser mãe, tia, avó, esposa, namorada, colega de trabalho, amiga ou coisas do gênero. A data tem um significado histórico e a presença da mulher na sociedade ainda está longe de ser igual ao homem. Aliás, sou da opinião de que essa briga de igualdade é utopia, pois nada nesse mundo é igual, e porque sexos diferentes teriam o tratamento igual na sociedade? Sendo diferentes na concepção, diferente será em tudo. Nunca um ocupará o espaço do outro, porque na origem já se constituíram diferentes, portanto, nada será igual. Talvez a palavra que mais se encaixe neste processo é o princípio da Justiça. Numa sociedade em que homens brancos, são tratados diferentes dos homens negros, ou então, homens ocidentais são diferenciados dos orientais, como posso acreditar que um dia homens e mulheres serão iguais? Não consigo entender, mas compreendo que seres humanos (homens e mulheres, brancos e negros, ocidentais e orientais) podem ter o mesmo senso de justiça, que dependerá de comportamentos e não de sexo, cor ou credo. Talvez o que falte aos homens e mulheres sejam os sensos de: justiça, ética e humanidade, e não diferenças físicas. Existe aquela piadinha barata de que: se existe o dia da mulher, deveria existir o dia do homem. Pior ainda é o argumento de que dos 365 dias de um ano, as mulheres têm um dia especial e os homens 364 dias. Se existe Delegacia da Mulher, deveria existir a Delegacia do Homem. É lamentável ouvir isso. Verifico ser mais uma alegação machista do que de diversão, pois é sábio pensar que no fundo de toda brincadeira existe um fundo de verdade. O Dia Internacional da Mulher é para que pensemos em figuras marcantes como: de Rute e Judite, no antigo testamento, quando se arriscaram para salvar o povo hebreu; de Estér, que enfrentou o Rei Assuero, com o pedido de liberdade há 3 mil anos; Joana D’Arc, o mito da era medieval; Florece Nightingale, que se tornou o símbolo da enfermeira pela forma como tratava os enfermos; Maria Quitéria, a heroína brasileira; Anita Garibaldi, que foi uma legenda no Brasil e na Itália; Princesa Isabel, que entra para história com a Lei Áurea, libertando os escravos; Anita Manfaldi, com a Semana da Arte Moderna; Maria Ester Bueno, a tenista campeã do mundo; a jogadora de futebol Marta, três vezes a melhor do Mundo e a incomparável: Madre Teresa de Calcutá, que dispensa comentários. Mulheres que mudaram o mundo em suas respectivas época. Sempre que viajo pelo interior paulista e passo por uma penitenciária (e não são poucas no centro-oeste paulista), sempre vejo filas e filas de pessoas aguardando para visitarem presos. Detalhe: somente mulheres. Nos hospitais sempre são mulheres as acompanhantes de pessoas acamadas. Em restaurantes, maioria mulher. Atendimento ao público, em qualquer grande empresa: são mulheres. Existem atividades que se tornaram característica serem mulheres, como existem tantas outras que são genuinamente para homens. É assim que funciona. Um sexo tem habilidade para determinadas ações e outros com afinidade para certas atividades. Não dá para um sexo ser capaz de fazer todas as funções com perfeição. Entendo que o Dia Internacional da Mulher sirva para chamar atenção de homens e mulheres, que a diferença existe e que não devemos competir. Ao ler livros como: Elas são de Venus, eles são de Marte... ou então: Eles fazem sexo, elas fazem amor... Passei a entender melhor o sexo feminino, e sugiro sempre esses livros como uma espécie de manual de instrução de como entender um pouco as mulheres. É preciso ver a mulher como mulher e homem como homem. Parar com esse negócio da mulher estar atrás, ao lado, na frente, acima ou abaixo. Homens e mulheres devem estar juntos, no sentido de ajuda mútua. Quando somos duplas, um ajuda o outro. Não tem competição. E também não tem essa de um completar o outro, pois somos seres perfeitos e diferentes, não precisamos de complemento e sim de ajuda. Comportamentos iguais se atraem. Vamos utilizar a data, em todos os anos, para refletir de que a mulher é importante. Tão importante quanto o homem. Digo até que nós homens não precisamos entendê-las (que é impossível) e sim compreendê-las e amá-las sob todas as coisas, pois não existe homem neste mundo que não ame uma mulher, mais do que a própria mulher. A imagem que sintetiza a mulher, a meu ver, seria a imagem da Virgem Maria, que nos deu o Deus homem, e que nos pediu apenas que amassemos uns aos outros. Márcio C Medeiros, é radialista e jornalista

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