terça-feira, 31 de março de 2009

A profissão do prazer

Tenho conversado muito com jovens em fase de escolha da profissão e sempre digo que a melhor alternativa é aquela em que você tenha prazer em desenvolver. Escolher uma profissão não é fácil. Geralmente optamos pelo emprego que o Pai ou a Mãe desenvolvem. Isto se deve em razão de que a profissão deles é vista a todo instante, e a tendência é sempre optar pelo estado de conforto agradável. O jovem cresce vendo este tipo de profissão dos pais, sendo comum optar por ela. Mas onde fica o prazer da realização? Falo sempre aos jovens quando sou questionado em minhas apresentações pelo Rotary International e até mesmo pela Fundação Bradesco, ou nas Universidades que sou visitante, de que a profissão deve ser escolhida através da satisfação de realizá-la, do valor social que ela tenha junto a comunidade e principalmente aquela que lhe dê ganho financeiro satisfatório. Ainda sou da opinião que o prazer, a satisfação e os desejos de ser e fazer, são os critérios básicos para a escolha, afinal estamos falando de algo que normalmente será feito a vida toda, e seria um sofrimento fazer algo que não goste na maior parte da vida.Quando comemos e bebemos, dois prazeres básicos, ou até mesmo o sexo, são por pouco tempo. Ao escolher uma atividade profissional que lhe dê prazer, a pessoa terá este sentimento maior parte do dia, e de forma prolongada. Dá para imaginar fazendo algo prazerosamente por horas? É algo divino e que é possível, desde que você no dia-a-dia faça aquilo que goste, e o que é melhor: a produtividade será certa, pois, praticará uma profissão sendo eficiente, eficaz e efetivo. Esses três “E” também são critérios a serem analisados na hora de escolher uma profissão, pois é preciso avaliar se a pessoa será capaz de fazer a coisa certa, obter os resultados necessários e que tudo isso afete a vida das pessoas de forma positiva.Ao explicar as diferenças entre emprego e trabalho (um é prazer e o outro é sacrifício) os jovens passam a entender melhor a importância da escolha. Vão perceber que ao escolherem o emprego agradável e prazeroso, não terão que trabalhar e sim empregar aquilo que conhecem na atividade que gostam. O ensinamento é melhor, o envolvimento é maior e os resultados são naturais. Por isso que sempre pergunto à eles o que gostam de fazer? A partir daí dá para começar a refletir sobre a atividade profissional que gostariam de fazer, e deste ponto em diante o planejamento é investir no conhecimento específico e técnico da atividade desejada.Não posso deixar escapar a oportunidade de ressaltar mais uma vez que toda e qualquer profissão escolhida vai exigir algo que atualmente faz a diferença entre os profissionais: saber lidar com pessoas. Penso que este tipo de comportamento teria que ser disciplina básica em qualquer curso universitário. Aliás, as grades universitárias devem ter duas atividades fundamentais do começo ao fim dos cursos universitários: gestão de negócios e psicologia aplicada. São duas atividades que o profissional liberal é obrigado aprender, e quando aprende é na marra e na base de muito sofrimento.Ao escolher a atividade profissional que lhe dá prazer, a pessoa perceberá que o Mundo vai conspirar para uma qualidade de vida melhor. Afinal, quando estamos satisfeitos com aquilo que fazemos, passamos a enxergar o mundo colorido e como sendo um local para ser feliz. Fomos feitos para sermos felizes, se não somos é porque não estamos sabendo aproveitar. Faça o teste. Nunca é tarde para ser feliz.

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