segunda-feira, 6 de abril de 2009

Muitos motivos para comemorar

A cidade de Marília tem muitos motivos para comemorar o aniversário de 80 anos. Ao ser comparada com cidades centenárias e com grande importância no interior paulista, penso que isso seja um boa razão. Sempre que ouço comparações com Bauru, Araçatuba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente e tantas outras cidades com mais de um século de história, fico orgulhoso. É como se fosse aquele caso do jovem entre adultos. Todos pensam que aquele jovem é do mesmo nível que os demais, e na verdade não é. No caso de nossa cidade, estar sempre no grupo de cidades importantes, lhe dá crédito para ser tão importante quanto as demais. Pior seria se estivéssemos num grupo de cidades fracas, pequenas e sem perspectivas. Conheço detalhes da cidade de Marília graças ao incansável trabalho que a historiadora Rosalina Tanuri desenvolve em nossa cidade. Costumo dizer que ela é um patrimônio vivo do município (título que ela não gosta muito), e fiquei maravilhado com a homenagem feita pela rede municipal de ensino, ao desfilar no dia 4 de abril, com uma enorme faixa de agradecimento à ela. Reconhecimento pelo trabalho que ela desenvolve com paixão e encantamento. É impossível não se envolver com a história que ela nos conta sobre o princípio de nossa cidade. Os detalhes que ela apresenta nos conflitos entre os bandeirantes e os índios que aqui viviam são cheios de nuances que só tornam a história mais emocionante. Já li e reli todos os livros que ela escreveu sobre os índios e a nossa história. Fico emocionado todas as vezes. Sempre que passo pelo centro da cidade e me deparo com o trânsito complicado, fico satisfeito. Vejo isso como um sinal do nosso crescimento e desenvolvimento. Ao passar pelos bairros da cidade e ter a sensação de que estou perdido, também fico feliz, pois demonstra que a cidade já não é só feita pelos centros comerciais ou prédios históricos. Quando ouço dizer que as Zonas Norte e Sul já são autosuficientes, fico feliz em observar que a cidade já está num crescente demográfico autosustentável, característico de uma grande cidade. Vejo tudo isso como sinais do desenvolvimento e que toda grande cidade é obrigada a suportar. O que mais encanta-me na cidade é o seu clima agradável e o carisma que a envolve. Não conheço uma só pessoa, que tenha passado por Marília que não fale com ternura o nome de Marília. Conheço muitas pessoas que tiveram a experiência de virem para Marília por causa dos negócios, por estudo, passeando ou até de passagem rápida... Todos falam bem, independente da questão política, social ou profissional. O falar bem é com carinho, com o desejo de voltar e sempre destacando o comportamento acolhedor do seu povo. Os olhos das pessoas chegam a brilhar. Reparem!!! Mesmo admitindo que não somos uma cidade planejada, com visão futurística e principalmente com infra-estrutura adequada, conseguimos passar uma boa imagem, e como diz o ditado: a primeira impressão é a que fica. E nisso, a cidade de Marília com os marilienses são muito eficiente. Temos nossos problemas internos, políticos, preconceituosos e o desnível intelectual e social. Também frutos do desenvolvimento. Temos miséria, desemprego, injustiças e desmandos. Também vejo isso como sinais do progresso. Temos falta de espaço para crescer, distância dos mananciais de água e principalmente área agrícola reduzida para acompanhar o crescimento demográfico. Vejo que são problemas preocupantes para uma cidade que quer crescer e superar as dificuldades, os obstáculos e até mesmo a crença de alguns de que não dá para se desenvolver. Admito que por muito tempo o nosso slogan: Símbolo de Amor e Liberdade incomodou-me. Hoje ouço ou leio esta frase com uma enorme simpatia, pois procurei na história e no dia-a-dia a entender o que o poeta quis dizer com essa frase profunda e que sempre deve nos remeter para uma reflexão sobre o que queremos (tipo de amor) e onde poderemos chegar (tipo de liberdade). Sinto do símbolo do amor, esta empatia que a cidade causa a qualquer um. Observo na liberdade, o desejo de crescer sem ter por onde, sem depender de um segmento e o caminhar forte para o progresso de forma contínua. Sempre digo que nossa cidade não depende de um segmento comercial, industrial e social para se manter crescendo. Marília está na quinta onda do desenvolvimento. Fomos agrícola, somos industrial, temos a tecnologia com as universidades, somos pólo regional do comércio e hoje crescemos na era da prestação de serviço. Já estamos nos preparando para a sexta onda: tecnologia. Acredito serem ingredientes para muito crescimento e desenvolvimento. É por isso que eu acredito nesta cidade e em seu povo, e apesar de não ser mariliense, não aceito que falem que Marília e os marilienses são ruins.Sempre que acontece isso, faço questão de questionar e mostro que a minha cidade com 80 anos de idade está melhor do que muitas cidades com 100, 150 ou 200 anos de existência. E se continuarmos neste ritmo, as nossas comemorações de 100, 150 e 200 anos serão muito melhores do que estamos vendo hoje em municípios visinhos. Alguém duvida?

Um comentário:

  1. É maravilhoso ver uma pessoa falar com tanto amor e entuziasmo de sua cidade principalmente quando este comentário vem de uma pessoa que ama Marília sem ser Mariliense.Sou Mariliense e amo minha cidade simbolo de Amor e Liberdade!agora a Prof.Rosalina Tanuri é uma figura maravilhosa que sempre lutou para manter viva a memoria de Marilia!hoje Marília não só se sustenta econômicamente como da emprego a muitos da região que desfrutam do crescimento desta cidade menina!!!

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