sexta-feira, 31 de julho de 2009
Minha Experiência de ator
Fui convidado pelo meu colega Renato Vernaschi, do Grupo Eximia, a participar de um filme institucional de uma grande indústria alimentícia da cidade de Marília. Foi de surpresa o que para mim tem mais importância ainda, pois, não acredito no acaso. Recordei meus tempos de estudante quando fiz parte do Getamp – Grupo Estudantil de Teatro Amador de Marília – Promove; quando eu e alguns colegas que estudavam no Colégio Promove (Objetivo) fizemos algumas peças teatrais. Foi um período muito gostoso de minha vida que sinto muitas saudades pelos amigos, pelo ambiente e por ter sido muito bom para minha formação.
Admito que fiquei muito apreensivo em participar deste filme. Não sabia absolutamente nada o que encontraria. Não tinha conhecimento de enredo, texto, marcação de cena ou coisas do gênero. Se quer sabia o produto que seria filmado. Cheguei a imaginar que, talvez, nem desse certo e ficaria por isso mesmo. Tive que cancelar alguns compromissos o que ficou pesando em minha cabeça, do ponto de vista de ter trocado tempo importante por tempo ocioso. Com todo respeito aos meus clientes, mas foram tempos preciosos de aprendizagem. Conheci novos amigos, nova empresa, e estive ao lado de pessoas inteligentes e de áurea iluminada. Foram momentos mágicos que acrescentaram em minha vida.
Mas o que chamou minha atenção nesta experiência de pseudo ator, foi de ver o profissionalismo necessário num trabalho cinematográfico. Quantos equipamentos são precisos. Quantas pessoas conhecidas e anônimas são importantes para a busca da perfeição, aliando a técnica, o conhecimento, o sonho, o desejo e principalmente a arte de buscar a beleza e a harmonia de ações e poses. Fazia idéia da complexidade do trabalho, relembrando os tempos quando trabalhei na TV Record, TV Gazeta e na TV Bandeirantes, mas na área jornalística. Mas era outra época, décadas de 80 e 90, e a tecnologia evoluiu muito neste sentido, mas a busca do ser humano pela cena perfeita ainda, parece-me ser algo inatingível pelo ser humano desta área profissional.
Conheci a atriz Silvana, que ficou protagonizada pelo excelente trabalho que realizou no Programa Bambalalão, da TV Cultura. Ela é do ramo e foi quem fez a diferença, por que eu fui apenas protagonista. Não disse uma palavra o tempo todo. Só apareci fazendo o que me pediram para fazer. Os dois jovens, Matheus e Letícia, que participaram comigo, são umas graças e deram um brilho especial no filme, porque a idéia é de uma família (fictícia) utilizando produtos de uma fábrica de biscoito. Cenas na casa, no escritório e na hora do café-da-manhã. Tudo muito agradável, divertido e harmonioso. Nada de estresse, tensão, irritação ou coisas do gênero. Foram momentos muito agradáveis.
Passei a verificar que realmente qualquer tipo de produção cinematográfica, seja filme para propaganda, institucional, ou até mesmo como arte, como tem que ser caro mesmo. É muito detalhe para se preocupar. Os artistas devem ganhar muito mesmo, porque não é fácil desempenhar esse tipo de papel. Além disso, percebi a necessidade do conhecimento técnico, acadêmico e principalmente o emocional. Trabalhar nesta área deve ser difícil mesmo para um profissional do ramo, e passo a entender porque poucos dão certos e muitos fracassam. Compreendi a necessidade de que em TV tudo é imagem, e verifico que nem todos que trabalham em TV percebem isso.
Meu amigo Renato Vernaschi não faz idéia o que ele proporcionou a mim. Foram tantos os comentários que tive das fotos que coloquei no Orkut, que até conhecidos bem distantes fizeram comentários. Isto me fez pensar que: toda atividade de encenação chama a atenção de qualquer pessoa, pois, não se trata de nenhuma novela, nenhum comercial de TV, ou até mesmo pegadinha. É um filme institucional, apenas, mas que antes mesmo de ser editado, já me proporcionou excelentes momentos. Estou ansioso de ver a obra pronta.
Esta minha experiência me fez enxergar a importância dos detalhes, a busca pela imagem perfeita e ainda mais a sintonia de uma equipe numerosa de pessoas em busca do mesmo ideal: fazer o que for possível para fazer bem feito. Sinto-me recompensado pelo tanto que ganhei e desfrutei, pois, novamente aprendi que a harmonia pode e deve unir as pessoas. Não tenho dúvidas de que isto aconteceu para mim, como um sinal de que as oportunidades (das mais diferentes) aparecem em nossas vidas espontaneamente. Basta sabermos aproveitá-las da melhor forma possível: natural. Eu aproveitei e mais uma vez me diverti e aprendi.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Dia do Amigo, ideia de um rotariano
Dia 20 o mundo inteiro comemorou o Dia do Amigo. Admito que inicialmente pensei que fosse mais um tema apelativo para promover as vendas no comércio em geral. Cheguei a comentar certa vez, numa reunião na Associação Comercial de que esse dia não era tão forte, a ponto de ser uma campanha promocional de uma cidade inteira. Puro engano. Realmente a palavra AMIGO tem uma penetração muito grande no conceito entre as pessoas. É de um significado tão grande, que poucas pessoas são capazes de dizer mais do que três ou quatro nomes de pessoas que mereçam o termo AMIGO. Aprendi, então, que o dia tem um significado muito grande.
Da mesma forma que faço com outras datas comemorativas, também refleti sobre este dia do Amigo. Primeiro quis saber de onde surgiu, e para minha surpresa descobri que um rotariano foi o autor desta comemoração celebrada em mais de 100 países, inclusive no Brasil. A data marca a chegada da nave Apollo 11 à Lua, em 1969, e por isso foi escolhida pelo rotariano Enrique Febbraro, sócio do Rotary Club de Once, Argentina, do Distrito 4890 do Rotary International. Ele escolheu este marco histórico para a humanidade como forma de simbolizar a amizade universal. E realmente faz sentido, pois, pelo que soube foi a única vez no Mundo que as pessoas se concentraram em três seres humanos independentes de credo, raça, nacionalidade, poder econômico ou coisas do gênero, e a torcida pelo sucesso foi unânime.
O fim da Segunda Guerra Mundial e a fundação das Nações Unidas foram sugeridas para marcarem o Dia Internacional do Amigo, mas muito bem lembrado por Enrique Febbraro, são datas relacionadas a violência. A criação do Dia Internacional do Amigo rendeu ao rotariano duas indicações ao Prêmio Nobel da Paz. Tudo a ver com essa organização mundial, presente em 210 Países que tem na Paz e a Compreensão Mundial seus principais focos de ação em favor da humanidade. Fiquei orgulhoso quando descobri isso, pois, como ser humano passei a verificar o dia com maior importância, e como rotariano de verificar que uma simples ação pode mudar os destinos de diversos países. Tenho a absoluta certeza que muitas pessoas se desarmaram espiritualmente ao receberem um Parabéns pelo Dia Internacional do Amigo.
Certa vez ouvi do vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, Mauro Celso Rosa, de que amigo é tão raro que temos que guardá-los na palma da mão, que por sinal, é formada por cinco dedos que podem significar as cinco letras da palavra Amigo. Achei engraçada a colocação que ele fez, porém, ao pensar melhor notei que em toda a minha vida sempre pude contar com no máximo cinco pessoas, com o mérito de eu considerá-las como AMIGA. Fiz um esforço muito grande e notei que tinha dificuldade de encontrar uma quinta pessoa para formar esta equipe de anjos da guarda.
Para ficar mais fácil, comecei a relembrar pessoas importantes que passaram em minha vida e notei que sempre chega perto de cinco. Não mais que isso. Pessoas que da mesma forma natural, fizeram parte de alguns capítulos de minha vida, e que estão guardadas em minha memória e até hoje sinto falta das presenças delas. São aquelas pessoas que por mais que o tempo passe, a gente não sente que o tempo passou. Quando percebo isso agora, vejo que essas pessoas são especiais, mas atualmente a definição de amigo passa a ser bem complicada.
Fica difícil distinguir quem é amigo, colega, conhecido e companheiro. No Rotary International nós dizemos que companheiro é aquele que compartilha um propósito com a gente, enquanto que o amigo é aquele que tem intimidade de pensamento e comportamento. As definições de colegas e conhecidos são mais distantes, e penso que o amigo se confunde mais com o companheiro. Assim sendo, passei a relacionar as pessoas que estão em minha volta e me deparei com uma série de questões, do tipo: o que seria essa tal de intimidade? Ai a coisa ficou mais complicada, mas de qualquer forma, verifiquei que são muitas as pessoas que tenho que eu poderia defini-las como amigas.
Foi preciso no Dia Internacional do Amigo eu parar alguns minutos e ver que uma de minhas maiores riquezas é ter um grupo grande e seleto de amigos, pois, se é algo que sempre cultivei nesta vida é a amizade, e neste Dia do Amigo, rendo minhas homenagens àqueles que são meus amigos, pois sou capaz de ter várias mãos, e centenas de dedos. Uma vez rotariano, sou capaz de ter muitos amigos.
terça-feira, 14 de julho de 2009
As decepções que as pessoas dão são presentes de ensinamento
Ao longo dos meus 42 anos de idade já percebi que é possível converter mágoa em lição de vida. Fiz uma reflexão de todas as decepções que tive e percebi que foram ensinamentos valiosos em que eu pude evoluir ainda mais como ser humano. Naturalmente que não gosto de me decepcionar com alguém, mas notei que aqueles que por alguma razão causaram (ou tentaram) me frustrar, me prejudicar ou até mesmo me derrotar, foram os que mais ajudaram no meu crescimento como pessoa. Então pensei: se essas pessoas são as que mais me ajudaram, o que devo pensar daquelas que eu gosto e me ajudam diariamente?
A diferença que percebi entre um grupo e outro é que aqueles que eu tenho contato diariamente, que sinto um sentimento bom por essas pessoas, elas me ensinam de forma agradável, enquanto que o outro grupo me dá lições de vida de forma traumática. Não considero nenhum dos dois como ruins, apenas diferentes no sentimento que eu passo a nutrir por aquela determinada pessoa. Não devo compará-las, pois são pessoas de comportamentos diferenciados e antagônicos. Mas de qualquer forma é preciso dar o devido valor a essas pessoas que sempre estão em nossos caminhos.
Tenho por hábito não ignorar quem quer que seja. Sempre acredito que todas as pessoas são capazes de ensinar algo, seja de forma verbal ou não. Aprendi muito com as pessoas anônimas, muitos dos comportamentos adequados que adotei e muitos dos comportamentos que jamais utilizarei. Daí, talvez, minha fixação por novelas, filmes, teatro e este tipo de manifestação pela expressão, seja corporal ou facial. Desta forma, todos aqueles que um dia pensei que me prejudicaram, na verdade eles me ensinaram, ou seja, aprendo com todos que estão em minha volta: todos são meus professores.
Existe aquela situação que a pessoa por mais sem vergonha que seja, a gente gosta. Vamos deixar de lado a questão sexual. Refiro-me naquela pessoa que a gente sabe que não é aquelas coisas, mas que a gente sente algo bom por aquele ser. Tenho um grupo grande de pessoas assim. Inclusive, hoje vejo que já fui prejudicado por isso, mas que valeu a pena. Mas a decepção que qualquer pessoa pode nos causar, deve ser levado como um sinal de que a vida está nos mostrando que é chagada a hora de rever conceitos e passar a ter um outro tipo de comportamento.
Não existe nada melhor nesta vida do que pode falar, tocar, compartilhar e até conviver com pessoas ao nosso redor em que nós podemos olhar de forma profunda. Tenha a certeza de que a Vida é capaz de nos mostrar o certo e o errado. Sempre que me deparo com esta situação, ou seja, quando passo a olhar nos olhos da pessoa que me decepcionou e ela se esquiva, tenho a certeza de que eu fiz aquilo que era possível ser feito sem o sentimento de querer prejudicar.
Sempre defendi o pensamento de que ninguém erra por que quer. As pessoas comentem erros por não saberem o que é o certo. Erram por não terem a menor noção de que estão cometendo um erro e que a vida mostra isso através de sinais ou por situações difíceis. É evidente que existem casos patológicos causados por pessoas anormais. Estou observando grupos de pessoas normais e analisando a maioria, daí eu excluo os casos excepcionais.
Resolvi escrever sobre isso, pois, uma pessoa que gosto muito e que compartilhou comigo mais vitórias do que derrotas ao longo de cinco a seis anos, e que sempre fiz o que eu podia fazer para ajudar esta pessoa, o marido e a filha, surpreendeu-me de uma maneira mesquinha, maquiavélica e até certo ponto egoísta. Comportamentos que não vejo nesta pessoa, pois, recuso-me a imaginar que eu tenha sido enganado tanto assim, mas como dizem que o amor é cego, passo a enxergar (agora) que as coisas não eram como eu pensava.
Mesmo frustrado com esta pessoa, porque via nela um potencial de ser humano muito grande, passo a respeitá-la mais ainda, em virtude dela ter me ensinado a ver a vida e as pessoas de outra forma, de uma forma mais evoluída e possível no Mundo que vivemos hoje. Assim sendo, quero agradecer-lhe por ter passado em minha vida e me ensinado mais uma lição. Lição que jamais esquecerei, como muitas que tive em minha vida de forma agradável (a maioria). Desejo que ela aprenda a lição que estamos estudando juntos, pois do contrário ela continuará sofrendo, porque eu não sofro mais. Já aprendi a lição. Obrigado amiga, mais uma vez, você mostrou para mim o caminho melhor.
terça-feira, 30 de junho de 2009
O que aprendi com Michael Jackson
Tenho certeza que as pessoas da geração dos anos 60, como eu, ouviram milhares de vezes as músicas que serão eternizadas de Michael Jackson. Da mesma forma que o mundo se assustou e se encontra assustado com a morte deste ícone da música internacional, ainda estou estarrecido pelo que tenho visto e ouvido. Quando fui operador de áudio de uma emissora de rádio em Marília foram muitas as vezes que eu colocava as músicas de Michael Jackson para atender pedidos, bem como para curtir. Nos programas que eu apresentava o cantor liderava as preferências. Não tem como esquecê-lo. Mas não foi por isso que Michael Jackson marcou minha vida.
Com a morte dele são inúmeros os programas de TV que mostram com riqueza de detalhes a vida do artista. São várias as reportagens especiais mostrando como ele foi e como morreu. É neste momento que a gente observa como uma pessoa do nível de Michael Jackson era infeliz. Nos últimos dias passamos a ver a transformação que ele promoveu no próprio corpo e na vida, e os altos e baixos numa carreira artística invejável. Passei a refletir nos últimos dias como uma pessoa pode chegar na condição que ele chegou tendo tudo e não tendo nada.
A dança, os arranjos musicais, o cabelo, a maquiagem, a forma de falar, e principalmente as roupas que usava nos shows e fora deles. Michael Jackson chamava a atenção no visual num primeiro momento, depois pela música que compunha e produzia, e naturalmente pelos escândalos que protagonizou. Tudo na vida dele chamava a atenção. Será que uma pessoa consegue sobreviver a tudo isso? Porque as pessoas procuram chamar a atenção de qualquer forma? De que forma você, caro leitor, chama atenção dos outros? Devo dizer, que o desejo de chamar a atenção, parece-me natural em qualquer pessoa, pois sempre queremos a atenção e fazer com que as pessoas percebam a nossa existência.
Na verdade tenho uma tristeza muito grande quando vejo e ouço sobre a vida de Michael Jackson. O exemplo que ele deixa, no meu ponto de vista, é de que devemos tomar muito cuidado com a exposição. Procuremos fazer tudo bem feito, mas sem exagero. O que adiantou o sacrifício que ele teve ao longo da vida, brigando com irmãos, pai, e tendo uma vida isolada? O que ele queria ao se transformar numa pessoa nada original? Fico imaginando o que ele sofreu para chegar onde chegou, e não ter valido a pena.
Sempre que vejo uma pessoa com um penteado estranho, uma tatuagem diferente, um piercing visível, uma argola na orelha ou no nariz, ao conversar com esta pessoa, ela em determinado momento diz que é tímida. Como assim? Tímida? Volto a questão da exposição exagerada. Ouvi Michael Jackson dizer que era tímido. É estranho imaginar uma pessoa como ele se achar tímida. Talvez tenhamos que tomar um cuidado especial com pessoas deste gênero, pois mostram e falam o que não são, e daí todo o discurso de Michael Jackson, a meu ver, cai em descrédito e não consigo acreditar na inocência dele em todos os escândalos e passo a duvidar, até mesmo, do que ele fala sobre a vida que teve.
De qualquer forma Michael Jackson foi um exemplo para mim, de como não devo agir. Gosto da obra musical que ele proporciona para a humanidade, mas não concordo com as escolhas que ele fez. Admiro a obra, mas não o autor. E neste instante passo a verificar que todas as pessoas que atingem o status que Michael Jackson atingiu, são pessoas estranhas, de famílias dilaceradas, de comportamentos duvidosos, e de exemplo de pessoas que conseguiram a riqueza e a pobreza nos mesmos níveis. Será que esta é a sina dos “fora de séries”? Pode ser que sim, pois, toda a genialidade que uma pessoa é capaz de agüentar, ainda é muito para saber equilibrar-se. Talvez seja uma escolha: ser gênio ou ser medíocre (sem relevo; comum, ordinário, vulgar, mediano, meão)?
Mas a conclusão melhor que cheguei, foi de ver que faltou a ele boas companhias. Tenho certeza que se ele tivesse boas pessoas ao lado, ele seria uma pessoa melhor. Se ele tivesse pessoas do bem, dando bons conselhos, ele erraria menos. Se ele tivesse sido amado pelo que é e não pelo que tinha e representava, com certeza, a vida dele seria melhor. Assim sendo, ele confirma para mim, que as companhias são tudo na vida de gênios e medíocres. Vovó já tinha razão: diga-me com quem tu andas, que lhe direi quem és... Michael Jackson me convence na obra, mas não no que fez, falou e tentou passar.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Onde está o quarto poder?
Muita gente tem me perguntado sobre o lamentável comportamento da Suprema Corte em não reforçar a necessidade do diploma de jornalismo para desempenhar as funções de jornalista profissional. Mal tinha refletido sobre a revogação da Lei de Imprensa, e agora vem essa situação desconfortável para vivenciar. A decepção é natural diante daqueles que amam a profissão de jornalista. Sinto-me frustrado, mas em nenhum momento tenho observado a manifestação dos veículos de comunicação sobre o assunto. Tenho visto reclamações, desabafos, lamentações e somente a mobilização dos profissionais, que naturalmente, são os diretamente atingidos de forma prática, juntamente com os acadêmicos. Mas e os veículos de comunicação que são atingidos de forma moral? Não vão defender o fortalecimento do profissional básico para o bom jornalismo?
Ao ser questionado por minha família sobre a situação, afinal tenho uma sobrinha que está cursando a Faculdade Cásper Líbero, na disciplina de Jornalismo, em São Paulo, percebi a revolta de minha irmã e cunhado, e a decepção de minha mãe que sempre esteve envolvida com jornalistas, pois meu pai e meu irmão também estão inseridos nesta atividade que praticamente é a base original da família Cavalca Medeiros. Pois bem, procurei mostrar a eles que o tempo é que mostrará se esta medida foi positiva ou não, apesar de verificar que até o momento não encontrei uma só pessoa que fosse favorável a este comportamento terrorista do Supremo Tribunal Federal.
Não estou desesperado. Sinto que seja um momento de transição com tantas mídias aparecendo de forma muita rápida. Só para se ter uma idéia, a cidade de Marília passou a contar com cinco jornais diários em menos de três meses e com quatro canais de emissoras de TV de sinal fechado. Sem contar os inúmeros portais na Internet. Ou seja: mercado jornalístico em plena ebulição. Não entro no mérito se é muito ou pouco, se é bom ou ruim, ou coisas do gênero. Penso que quanto mais meios de comunicação tivermos, melhor a condição de análise da situação a população terá. O foco deve estar no público e não nos meios de comunicação.
O que me surpreende é que Emissoras de Televisão e Empresas Jornalísticas não tomaram partido desta situação. Não tenho dúvidas que se o chamado Quarto Poder se posicionasse favorável a exigência do diploma, o STF dificilmente tomaria esta posição, e sem medo de errar: Senadores e Deputados já teriam gritado em favor da moralização jornalística. Mas a quem interessa isso? Aos veículos poderosos que passam a buscar mais maquiagem nos telejornais, rostos bonitinhos nos programas, vaquinhas de presépios nas redações e qualquer outro tipo de pessoas que se submeta a fazer o que patrão quer, para aparecer na mídia? Aos políticos que terão cabeças-de-bagres nas coberturas do Senado, das Câmaras, dos Tribunais e por ai em diante? Menos investigações, menos questionamentos, menos denúncias, menos inteligência com o trato da notícia.
Tenho a certeza de que esta situação vai virar. O ano que vem (2010) é ano político. Será a primeira vez neste País que vamos ter uma eleição sem a Lei de Imprensa e sem profissionais gabaritados. Será uma meleca, e os tribunais vão trabalhar muito e muitos políticos serão orientados por oportunistas. Eles não perdem por esperar, e verão que o profissional de comunicação é fundamental em todo o processo de educação, orientação, instrução e informação em geral para qualquer pessoa ou empresa que queira se posicionar de forma positiva junto a sociedade.
Colegas jornalistas não se desesperem. Tenho certeza que este momento é necessário para que sejamos mais valorizados, pois como diz o pensamento: depois que perdemos algo, que não parecia importante, é que passamos a dar valor. Será preciso aguardar a gritaria, as brigas, os problemas e tudo mais, para a sociedade perceber que informação desorganizada é um excelente instrumento para bandidos, pessoas nefastas e empresas sem escrúpulos. Os veículos de comunicação terão textos, fotos, filmes, reportagens sempre em tom duvidoso, sem contar que aparecerão mais jornais, mais rádios, mais emissoras de TV e tudo mais. Será ruim não selecionar as equipes de trabalho, e por conseqüência ter um trabalho duvidoso.
Novamente os jornalistas mostrarão o caminho para a adequação, pois, em nenhum momento questionou-se a liberdade de expressão, e sim a forma, o exagero e os desmandos destas expressões. Liberdade há de existir, mas com responsabilidade que somente um especialista pode oferecer, do contrário será a autêntica libertinagem. Se existe o Quarto Poder, que ele se manifeste agora para não ser cúmplice e perder o respeito dos profissionais que o mantém.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
O Poder da Fixação
Sempre acreditei que a nossa mente é capaz de coisas espantosas. Sei que conhecemos bem pouco sobre o potencial deste órgão que considero fantástico pela capacidade de fazer só o que nos faz bem. Mas admito que muitas vezes sou surpreendido com situações que muitas vezes ficam sem explicações naturais, coerentes e que somente partindo do princípio que a nossa mente ainda é pouco explorada, é que aceitamos fatos estranhos.
Já tinha percebido que todas as vezes que estou querendo algo, procurando alguma coisa que pretendo adquirir, tudo em minha volta passa a destacar este produto. Por exemplo: quando a gente quer comprar um carro e temos a preferência de um modelo ou marca, mas ainda estamos naquele processo de finalização do negócio, é impressionante como todos os carros da cidade se transformam naquele modelo pretendido. O que normalmente não se via com regularidade, passa a chamar a atenção pela quantidade.
É assim com carro, casa, roupa, acessório ou qualquer produto que desejamos muito. Quando a gente imagina ter algo, mas que por alguma razão ainda não temos, a impressão que eu tenho é que essa imagem fica fixada em nossa mente fazendo com que a nossa atenção seja voltada para essa imagem. Ou até mesmo que conduza para que a gente observe essa imagem em locais que normalmente a gente na repara. Realmente é algo assustador.
Sou uma pessoa realista e tenho muita dificuldade em relacionar-me com o imaginário ou com coisas impossíveis ou inexistentes, fora dos padrões normais e possíveis. Assim sendo, sempre quando estou neste estado de fixação, meu comportamento é alterado e passo a ficar vigilante no que eu vejo e faço. Já fiz esta experiência ao trocar de carro, ao desejar um equipamento ou até mesmo quando estou prospectando um novo cliente. Será que é a tal da conspiração universal? Aquele livro, “O Segredo”, bastante propagado explica um pouco sobre isso, mas mostra um conceito que vai mais para o imaginário.
Dia desses ouvi um barulho em uma das rodas do meu carro. A ponto de eu parar várias vezes com receito de que fosse algo sério. Levei ao mecânico e para minha frustração, o especialista não ouviu nada. Fiquei super sem graça. Continuei ouvindo o barulho, e sempre tentava não ouvir, mas não tinha como. Retornei ao mecânico e afirmei que o barulho existia e que incomodava. Para a minha alegria, o especialista era paciente, calmo e muito tranqüilo. Ele falou o que eu queria ouvir, ou seja, que o barulho existia e que o problema poderia ser isso ou aquilo e que ele precisava verificar melhor. Resolveu meu problema. Sai da oficina super seguro, agendado dia, hora e o tempo em que o carro ficaria no conserto.
Estou assustado. Depois deste dia não consigo mais ouvir o barulho. Cheguei a ficar debaixo do carro procurando, procurando e procurando alguma coisa. Nada foi feito, ninguém mexeu e simplesmente o barulho sumiu. Acredito que eu tenha desligado a fixação que eu estava com aquilo e agora estou com dúvidas se realmente o barulho existia.
Digo isso, porque muitas vezes quando fixamos algo ou em alguma coisa, a impressão que tenho é que a vida nos mostra alternativas sempre viáveis e que o desespero nunca é a melhor saída. Que todo problema tem a solução certa no momento ideal. Nada será feito fora do próprio tempo e assim sendo, chego a conclusão que é preciso ter tranqüilidade, serenidade e estar de bem com a vida, para enxergar solução em tudo que está pendente.
Muita gente acha estranha a minha forma tranqüila de ser, mas nunca fiquei desesperado a procura de uma solução para um problema e assim sendo, utilizo o meu Poder de Fixação a procura de uma saída. Como diz a música: Deus pode fechar a porta, mas deixa a janela aberta. Ou seja, sempre existirá uma alternativa em que a gente encontrará se tivermos condição de enxergar. Em clima hostil a saída mais viável nunca será vista. Por isso, acalme-se. Respire fundo, sorria e acredite: a solução aparecerá. Basta utilizar o seu Poder de Fixação. Faça o teste.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Quem ensina a ser rico
Sempre questionei esta questão. Dá para ensinar as pessoas a serem ricas? Dias desses ao assistir mais um capítulo do seriado Sex and City, este assunto foi o tema central daquele episódio. Assisti atentamente para observar qual seria o pensamento do escritor e o comportamento das personagens. Continuei na mesma, mas gostei do que vi, pois, mais uma vez conclui que esta questão é muito difícil de ser esclarecida, porque existem várias nuances e formas de interpretar o que é ser rico e como ensinar comportamentos.
Todas as vezes que me encontro apertado com as finanças imagino onde eu poderia aprender a ganhar muito dinheiro. Eu disse: muito dinheiro. Estudei para ser jornalista e fui radialista por muitos anos. Não fiz curso de administração, tão pouco de gestão. Hoje minha empresa é administrada por uma administradora e eu desenvolvo apenas o trabalho que, imagino, ter desenvolvido o dom profissional, que é o de jornalista. Em toda a minha carreira nunca fui capaz de ganhar dinheiro, e já fiz várias tentativas.
Uma vez perguntei a um amigo como eu poderia aumentar meus rendimentos. A resposta que tive foi o de investir na Bolsa de Valores. Com pouco dinheiro e em pouco tempo, meus dividendos seriam maiores. Comecei a querer entender o funcionamento disso, e percebi que eu teria que dedicar muito tempo, estudar muito mais e estar plugado nos altos e baixos do mercado financeiro e arriscar. Cheguei a conclusão que para isso eu teria que ter um capital razoável (o que eu não tenho) e esperar muito para os lucros verdadeiros, além de ter uma dedicação incomum. Não conseguiria.
Perguntei para um amigo meu muito rico, como é ser rico e tive uma resposta de amigo, mesmo. Disse ele: “Não sei como é. Já nasci rico”. Muito objetivo este meu colega, que me deixou mais ainda perplexo, e sem saber como fazer para ser rico.Resolvi perguntar a um outro amigo, já de idade avançada que nasceu pobre e se tornou rico. A resposta não poderia ser diferente: trabalhar muito, ser honesto e sempre ajudar as pessoas. Gostei do conselho, mas isso eu já faço. Sou um fanático por trabalho, imagino que eu seja honesto e sempre dediquei ajudar aos outros. Não consegui ser rico desta maneira, ainda.
O que me deixa intrigado é que eu quero ter dinheiro de sobra. Não precisa ser muito não. O dinheiro que eu tenho é contado, e muitas vezes dependo de mês a mês e o que é pior, nunca sobra. Na profissão que exerço é difícil encontrar milionários, desde que não se envolvam pelo lado político, ou ser laranja de algum corrupto ou ainda fazer parte de comportamentos duvidosos. Quero deixar claro que estou falando de muito dinheiro, pois tenho colegas jornalistas que vivem bem (não sei se com sobras) e trabalham honestamente.
Comecei a observar pessoas ricas daquelas que são consideradas pobres, dentro dos padrões sociais atualmente. Pude perceber que os ricos vivem com muitas dificuldades: muitas vezes família desunida, problemas de relacionamento, isolamento por questões de segurança, falta de desejos e tantas outras coisas. Vi famílias pobre que fazem churrasco todo final de semana, família numerosa e sempre perto um dos outros, e muita gente envolta. Parece-me que os pobres são mais unidos que os ricos. Dificilmente vejo muitos ricos juntos, mas sempre vejo muitos pobres unidos. Claro que isso não é regra. Sei de famílias ricas maravilhosas e de família pobres super problemáticas. Estou generalizando as situações.
Ensinar a ser rico é uma situação difícil. Aprender então, nem se fale. Fui percebendo que minha dúvida não é quanto ao ato de aprender ou de alguém ensinar, é dimensionar o que é riqueza. Ter saúde, família estável e saudável, ser rodeado de amigos, ter oportunidade de comer, beber e fazer o que quiser, não ser escravo do relógio e coisas do gênero. Penso que isso seja riqueza. Comecei a olhar em minha volta e ver que tenho tudo isso, e mais um pouco. Amo minha esposa Liza, e sou muito bem amado por ela; minha família é divertida e não temos nenhum problema de ordem social e sou super, hiper, mega, blaster apaixonado pela minha profissão. Meu filho, Murilo, só me dá alegrias, e consigo ajudar a comunidade carente com o meu trabalho e sempre tenho amigos em minha volta. Rico então é saber ter prazer naquilo que é capaz de ter? Então posso me considerar bilionário. Maravilhoso isso.
Mas falta o dinheiro. Tenho certeza que eu seria uma pessoa melhor, se além de ter tudo isso eu tivesse dinheiro sobrando mensalmente, para ter a tranqüilidade de uma sobrevida. Acredito que igual a mim exista muitas pessoas assim, ou a maioria, mas pensemos juntos: o que nos falta, além do dinheiro? Quanto de dinheiro? Existem R$ 6 milhões que alguém ganhou na loteria e ainda não foi buscar. Tem aquele norte-americano que ganhou sozinho somente: US$ 400 milhões. Será que eu deveria arriscar mais, em jogos deste tipo? Talvez seja a saída. Vou tentar e futuramente transmitirei a experiência. Espero que com muito dinheiro em minha conta corrente, senão, as coisas continuarão a ser como são. Quero ser rico, com dinheiro..
Assinar:
Postagens (Atom)